Feira da Golegã...nem vê-la !!!
Nunca fui uma ribatejana de gema, creio. Acho que fui à Feira da Golegã duas vezes, apesar de ter nascido a menos de 40Km. Nunca achei piada a amazonas, a cavaleiros, àqueles ares afectados a àquelas roupas rídiculas, a marialvas, não gosto de touradas, curto ver cavalos em liberdade na extensa planície verde com o Tejo ao fundo, e não no meio daqueles quadrados de madeira ridiculos e gosto de ver espectáculos de cavalos e cavaleios, mas quando é arte e não pose, desportos equestres, mas quando é desporto e não pose...
Depois, detesto aquela confusão, andar na rua a fugir dos cavalos e de charretes e das meninas com ar de fantasmas duma época que já passou mas elas não sabem...
Das duas vezes que fui à Golegã, a última, para além destas desgraças todas ainda me dei , assim de caras, mais ou menos atrás duma esquina qualquer com uma mentira em forma de quatro pernas, quatro braços e duas cabeças...e como ainda não tinha bebido água pé, tenho a certeza que eram mesmo quatro, quatro, duas...
Razões mais que suficientes para vos aconselhar a não irem à Golegã nestes dias...
Comprem umas castanhas, um garrafão de água pé, juntem uns amigos, aproveitem o Verão do dito santo...mas afastem-se daquele marialvismo balofo e bolorento. Conselho de ribatejana desnaturada.
Etiquetas: Isabel Faria
7Comenta Este Post
Apesar de achar que não estás a ser totalmente justa, porque penso que a feira do cavalo da Golegã é uma mostra importante para divulgar o nosso LUSITANO, no entanto a parte de encenação, e sobretudo ,a feira de vaidades balofas é sempre negativa.
O teu texto fez-me lembar o filme o Leopardo do Visconti, em que o principe da Salina e a familia assistem á missa na Sicilia, e em que aquelas personagens todas cobertas de poeira da viagem, parecem tiradas de uma fotografia do passado.
Realmente no Ribatejo por vezes confunde-se, o manter das tradições, com uma visão parada no tempo, do pais e da região, e isso tem um nome, reacionarismo.
Boooommmm.
Que é que posso dizer? Não sou nada ribatejana, e só comecei a ir à Golegã há dois ou três anos, mas olha que vou com muito gosto. É certo que no meu caso a Feira é só um pretexto, vou pra conviver numa casa de uns amigos, contudo dou uma voltinha pela feira que me parece igual a qualquer uma outra com essa diferença de passarem uns cavalos no meio da multidão.
Há realmente umas pessoas que «se mascaram» como se quisessem brincar a cem anos atrás, mas levei aquilo para a paródia. Achei que era brincadeira, como os turistas que dão uma voltinha de charrete nas ruas de Sintra.
Acho que a tua segunda ida à Golegã foi mesmo fatal! Não devia ter ido, é o que é!!!
Eu não sei se com vocês isto acontece mas tive oportunidade de conhecer e conviver com pessoas que lidam com cavalos todos oos dias e o que posso afirmar é que pobres cavalos!
Reconheço que deve haver excepções, tem que haver, mas como compreendo o post da Isabel!
E vão dois!!! Se não tivesse sido por um motivo bem forte, no passado sábado, não teria quebrado o "jejum" de mais de dez anos sem ir à Feira da Golegã apesar de viver ianda mais perto da Golegã do que a Isabel.
A.Pacheco, eu tenho consciência da importãncia da Feira da Golegã. ´
Mas tive oportunidade de conhecer de perto alguns dos ditos "amantes" do cavalo. E é uma desgraça. Claro que como diz o bancário há honrosas excepções...se queres que te diga entre algumas dezenas, que num dado momento por motivos pessoais convivi mais ou menos de perto, conheci...duas excepções. Pessoas tradicionalistas, mas de uma humanidade e de uma autenticidade tocantes.
O resto, representava o pior desse marialvismo e desse tradicionalismo que se deixa mostrar na pose, nos termos.
Emiéle, tens um bocadinho de razão...a mimha segunda e última ida à Golegã, foi tão mázita que acabou com qualquer vontade de lá voltar. E concordo que não teve só a ver com a pobre feira e os pobres mascarados. Mas, independenetemente disso. durante anos, ali pertinho, nunca fui tentada. Como tu dizes, tu vais lá a casa de amigos. A feira é um pretexto, não o objectivo. Achas que irias lá com a Feira como objetivo?
Pois, Bancário. Como eu disse ao A.Pacheco, são tão poucas as excepções que tive oportunidade de conhecer. E sim, pobres cavalos.
Oliveirinha, eu quando lá fui também já jejuava há uns anos...depois o meu filho que, na altura andava numa Reserva no Ribatejo que tinha (creio que ainda tem) uma escola de equitação, apaixonou-se pelos cavalos e acabei por aceder a irmos à feira com uns amigos. Foi a confirmação. Nada tinha mudado, em muitos anos.
Talvez porque o meu filho estava com pessoas demasiado perto do "meio" eu tive que conviver de perto com elas...foi vacina completa e definitiva.
Não pertenço nem quero pertencer àquele mundo.
Felizmente a paixão por cavalo continuou mas o meu filho acabou por se afastar daquelas pessoas. Creio que também lhe chegou de Feira da Golegã. Hoje, os cavalos são para ele uma paixão. Mas em liberdade.E continua a gostar de montar. De vez em quando. Por prazer e por desporto. Sem operetas e sem bailes de máscaras à volta.
Tenho de concordar k a Feira e uma confusao! Fumo, pessoas, animais e terra por todo o lado...E mt dificil andar por la a cavalo ou a pe.
Monto desde os 3anos e o meu padrasto cria Lusitanos e, digo-vos, sabe-me bem levar (por 1dia) com aquele banho de "portuguesice". Este ano la estarei outra vez e, especialmente pk vivo fora de Portugal, vou gostar de cada bocadinho.
Outra coisa, muito do "marialvismo" e pura fachada. Os homens brutos e arrogantes k vemos nas feiras,etc, tem mt orgulho e respeito pelos seus cavalos (claro k ha excepcoes). Estou no meio ha mts anos para saber, sinceramente, o que vos estou a dizer.
Enviar um comentário
<< Home