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sexta-feira, outubro 06, 2006

A lição

Ontem os professores saíram à rua. Ma maior manifestação de professores depois do 25 de Abril, dizia a Comunicação Social. E até o Ministério, desta vez, não ousou contestar.
Foi uma jornada de luta. E não apenas de protesto. E este ponto parece-me fundamental. Realizada antes de ser aplicado o novo Estatuto. Para pressionar para que não seja, para obrigar o Governo a negociar, não para manifestar descontentamento por ter sido. Repito que esta diferença nos deveria a todos, os que acreditamos que a defesa dos nosso direitos passa pela mobilização, servir de lição.

Foi uma manifestação a um Feriado. Outra lição. Consegue-se mobilizar num Feriado. Basta as pessoas estarem convictas que vale a pena. E, para mim, mata dois coelhos de uma cajadada, para meter aqui uma expressão popular, que resume o que penso: mostra à opinião pública que não se fazem manifestações para não ir trabalhar, contrariando a propaganda do Governo que aposta na via de colocar todos contra todos para melhor levar a cabo a sua politica, e, por outro lado, os trabalhadores não são condicionados por pré-avisos de greve que implicam perda de vencimento e força para dizer “estou em greve”, algumas vezes, isoladamente nos lugares de trabalho, com todas as consequências pessoais que isso lhes trará no futuro ou, no presente, com todas as consequências colectivas que isto implica, nomeadamente em empresas privadas, em alturas de negociações próprias.

A manifestação de ontem foi uma jornada de unidade. Juntou todos os Sindicatos e professores de todos os graus de ensino. E de mobilização. Mostrou que é possível mobilizar, hoje, em Portugal em 2006. Quando as pessoas vêem o seu presente e o seu futuro ameaçados, quando são tratadas sem o mínimo de respeito, quando estão convictas que vale a pena mas também quando a mobilização é feita duma forma inteligente. Sem cartilhas. Partindo duma análise da situação que se vive hoje no mundo do trabalho.
Deveria servir de lição, repito.

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3Comenta Este Post

At 10/06/2006 6:40 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Espero que saiba, Émiéle.
O futuro do movimento sindical em Portugal, creio sinceramentee, está dependente de se saber ou não ouvir os sinais, dar resposta ás novas realidades, sobretudo, regressar às empresas. Às reais, às de hoje.

 
At 10/06/2006 7:29 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Isabel, Como é que eu sabia que tu ias fazer esta posta, assim desta forma com este conteudo? Porque se calhar ainda no dia anterior tinhas deixado esta certeza. Se fosse eu diria no fim. Eu detesto ter razão.

 
At 10/06/2006 9:25 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Pois Daniel, na volta, nem sou muito imprevisivel...eu também sabia que ia fazer este post. O pior é que acho que mais gente sabe, normalmente a gente prefere é não ver...
Só não tens razão numa coisa. Eu sou um bocadito convencida. Adoro ter razão. :))))

 

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