Presidenciais na Bulgária
Uma abstenção de 60% que não pernitiu que as Presidenciais se decidissem na 1ª volta (seriam necessários 50% de votantes para validar o escrutínio) e que levou o candidato da extrema-direita com quase 25% dos votos, a disputar a 2º volta, levanta algumas questões, no mínimo, preocupantes.
Na Bulgária como em grande parte da ex-Europa de Leste o alheamento e o desencato proliferam. E são, como no resto da Europa, aproveitados pela extema-direita.
Depois de anos a esperaram pelos amanhãs que cantam, os povos dos países do ex-Pacto de Varsóvia viram na queda da URSS e do Muro, o futuro risonho que lhes vendiam de fora.
A pucos meses da entrada na União Europeia, os bulgaros baixam os braços dos seus destinos. E, muitos deles, refugiam-se no perigo que representa o avanço da extrema-direita. O capitalismo também não foi o paraíso que lhe prometeram.
Talvez os ex-países da Europa de Leste nos devessem fazer seriamente pensar que a alternativa à falta de liberdade do dito "socialismo" e ao agravamento das desigualdades sociais do capitalismo, pode passar pelo recrudescimento da intolerância, do ódio à diferença, das perseguições das minorias do chauvinismo da extrema-direita. E do alheamento. Talvez nos devessem fazer parar para pensar na urgência de encontrar uma alternativa de futuro para os desencantos e para o fim dos "salvadores".
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Cabe a nós essa procura. Urgente. Afinal, é para isso que somos de Esquerda, ou não?
Etiquetas: Isabel Faria
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