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terça-feira, outubro 03, 2006

Ter família

Foto: Yogeshwar Kanu

Ontem o Daniel aflorou este tema pela rama, mas eu creio que ele merece um pouco mais de atenção.
Foi autorizada, em Espanha, a primeira adopção de uma criança por um casal homossexual, em que nenhum dos pais é progenitor da criança. Já antes tinham sido entregues crianças, filhos de um dos elementos do casal.
Como habitualmente estamos a anos luz, sequer, de discutir estes assuntos. Como habitualmente, o Governo de Sócrates está a anos luz do Governo de Zapatero.

Este é um daqueles caso em que eu nunca entendi as objecções “morais”. Não se trata da vida, ou do direito a depôr dela, como na eutanásia, não implica discussões mais ou menos metafísicas de quando começa a vida, como no caso do aborto, então o que é que está verdadeiramente em causa?
As crianças a adoptar vivem, na maioria dos casos, em Instituições, umas louváveis outras nem tanto, mas em que seguramente o conceito de família está arredado. A justificação da necessidade de uma figura materna e paterna, cai por terra, logo no início da discussão. Primeiro porque não a têm, necessariamente, nas Instituições onde vivem, depois porque a realidade mostra que está errada (não gostaria de entrar em exemplos pessoais, mas garanto-vos que os poderia, sem nenhum problema, dar) e a própria Lei da Adopção desmente esta “desculpa” ao permitir a adopção por homens ou mulheres sozinhos.Então está em causa o quê?

Porque é que os valores cristãos de que as relações afectivas têm que ter como objectivo a procriação, que institucionalizam os casais heterossexuais, se hão-de sobrepôr aos valores humanos de que todas as crianças têm direito a uma família? E porque é que a Lei tem que continuar a comtemplar valores de alguns e não objectivos colectivos: o nosso dever de dar uma casa, um lar, afecto, uma família, às nossas crianças?

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5Comenta Este Post

At 10/03/2006 3:36 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Ainda bem que foste tu que fizeste esta posta. Eu estava á espera dos argumentos que foram prometidos lá mais em baixo e podes ter a certeza que seria muito mais duro e menos diplomático do que tu foste.
Detesto a hipocrisia de quem nega um lar, amor e afecto a crianças em nome de uns qualquer valores seculares, divinos ou ideológicos.

 
At 10/03/2006 4:09 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Daniel, eu sou muito diplomática...:)))

Estou a brincar. Acredita que este caso é daqueles em que normalmente não tenho muita paciência para discutir. Porque nunca descobri do outro lado argumentos que permitam a discussão.
Mas sou por sistema uma tipa calmita (isto não é para rir, ok???), por isso tento sempre dar a minha opinião sem ser muito dura...
Mas ainda bem que apesar de não ser o teu estilo, concordas com os argumentos...

 
At 10/04/2006 12:05 da manhã, Blogger Isabel Faria escreveu...

Não estou a entender o porqu~e de aparecerem aqui comentários apagados do António Parente. Eu não os apageui e pensava que só um de nós o pudesse fazer depois de publicados.
António, sinceramente não sei o que se passa. Tinha lido os teus comentários (adorei a história do Jardim da Estrela) e depois voltei aqui para te responder e desapareceram...vou pedir ao meu mestre de Blogspot como é que isto se passa...garanto, como é lógico, que nunca apagaria os teus comentários. Se há coisa porque me pelo é por uma boa discussão com quem também goste de discutir.

Pois Émiéle, para mim essa é a questão fundamental.Ou a única?

 
At 10/04/2006 12:38 da manhã, Blogger Isabel Faria escreveu...

Bem, António, tiraste-me um peso de cima...andava para aqui ás voltas sem saber o que se poderia ter passado (não fazia ideia dessa gentileza da Blogspot e fiquei mesmo de olhas arregalados...ainda por cima sabia que não tinha sonhado. Não bebi nada ao jantar...cum caraças, quase fui tentada a contratar o Comissário Maigret (já tinha enviado um email ao meu anjo da guarda da Blogspot, mas ainda não tinha tido resposta).
Pelo que consegui ler não eram assim mauzinhos nada...e não ias entrar em guerra com ninguém. Aqui não, garanto-te. De qualquer modo compreendo que a barreira dos 10000 deve ser difícil de ultrapassar...9999 até se aguentam bem...mas 10000, cum caraças, tadinho de ti!!!
Olha eu não me ofereço para te salvar, porque possivelmente seria pior a emenda que o soneto...

Ainda bem que gostas de nós...eu também gosto de ti. Possivelmente o Daniel entende :))))

De qualquer forma fica um pedido: quando acabares as outras guerras vem para aqui bater na gente...já nos estás a dever a eutanásia e adopção por cassis homossexuias...quando acabares as outras guerras tens que alugar um lugar cativo aqui no Troll para a gente te dar porrada :)))

 
At 10/04/2006 8:36 da manhã, Blogger Daniel Arruda escreveu...

António, pela mnha parte não se trata de guerras. Gosto de discutir, mas normalmente não me chateio nem me torno agressivo ao ponto de estragar uma bo discussão.

Mas fico feliz por gostares um cadinho de mim tb :)

 

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