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terça-feira, dezembro 12, 2006

O Prós e Contras

O Prós e Contras de ontem dividiu-se em duas partes. A 1ª e depois a 2ª e a 3ª.
A primeira foi uma desgraça e, sinceramente, acredito que quem estivesse em casa a ver, ou deverá ter adormecido ou mudado de canal, para evitar adormecer. Fátima Campos Ferreira tentou reduzir a discussão a Carmona e a Maria José Nogueira Pinto. Deu a palavra aos convidados (qualquer dels falou mais tempo do que Ruben de Carvalho, Sá Fernandes e José Maria Carrilho, juntos). Os convidados ouvidos parece terem sido escolhidos a dedo...para contribuir para o adormecimento geral. E houve momentos caricatos como aquele em que Teté, lembrou que tinha sido da LUAR e que ...Carmona até tem sido amigo do Chapitô..ás tantas já ninguém deve ter percebido do que é que ela falava, no caso de alguém ainda se manter acordado...
Bem quando chegou a 2ª parte e não quero ser má língua mas parece que um telefonema deve ter avisado a apresentadora que as audiências não eram compatíveis com a tentativa de satisfazer os seus gostos pessoais, como aquela teimosia de querer passar horas a ouvir o João Miranda a discutir a nossa Lei Autárquica, como se fosse para isso que ali estavam todos, a coisa lá mexeu...

Carmona esteve mal. Não estudou a lição. Quando questionado directamente perdeu-se em considerações técnicas ou simplesmente não soube responder...Sá Fernandes perguntou-lhe quantas bibliotecas pensava criar, Carmona não fazia ideia. Carrilho pediu-lhe o nome de uma grande empresa que se tenha instalado em Lisboa, nos últimos anos, Carmona assobiou para o lado.
Carmona usou a ausência de Carrilho das sessões da Câmara, mas foi tão persistente que acabou por ser contraproducente.

Carrilho, que , de facto, nunca está nas sessões da Câmara, estudou a lição. Sabia o que se passava...qualquer pessoa que não leia jornais, até podia pensar que Carrilho fazia oposição a Carmona...nas sessões da Câmara. Saiu a ganhar. Conseguiu controlar a arrogãncia habitual e, perante, um Carmona, completamente baralhado, conseguiu sair-se bem .

Ruben de Carvalho esteve muito bem aquando da discussão com João Miranda, mas depois, talvez influenciado pela posição habitual do PCP, nos executivos do PSD, adormeceu...Ruben de Carvalho esteve ausente em grande parte de 2ª e da 3ª partes do debate. Contestou os números do Fontão de Carvalho, mas com eles à frente não sacou deles...e depois o PCP e o PS, têm o problema comum dos rabos de palha...do qual não se conseguem safar com facilidade.

Maria José Nogueira Pinto, falhou no essencial: conseguir explicar porque viabiliza um orçamento «ininteligível, inquietante, imobilista e incoerente».Como ficou sem muito tempo para falar na menina dos olhos do Chiado acabou por sair dali, na posição desconfortável de ser oposição...sem ser oposição.

Sá Fernandes esteve igual a si próprio. Foi a oposição que tem sido no último ano. Incómoda. Acutilante. Algumas vezes se perdeu um pouco, porque a pressão do tempo, o leva a tentar falar em muitas coisas ...ao mesmo tempo. E creio que deveria ter focado dois pontos: a comédia que antecedeu a sua ida ao Prós e Contras e o facto de, nas guerras de quem é o responsável de quê, quem deixou dívidas, quem adiou decisões, quem escondeu dívidas, haver uma única força politica que seguramente não pode ser responsabilizada pelo passado e que apenas está disponível para tentar construir o futuro. A que ele representa na Câmara.

O que fica...a certeza que nestes moldes a maioria das pessoas não fica até às duas da manhã a ver discutir o futuro da sua cidade...até porque o futuro da sua cidade foi o grande ausente da discussão. Valeu a pena ter ousado batermo-nos contra a discriminação e a desigualdade...mas não podemos ter ilusões. Os problemas reais de Lisboa, não podem ser discutidos no Prós e Contras, da Fátima Campos Ferreira.
Ah e fica aquela claque...Carmona levou os Presidentes da Juntas e os Veradores do PSD atràs...mas não me parece que tenham ensaiado bem...às tantas, já batiam as palmas...mesmo quando Carmona dizia asneiras ou não respondia...ou metia os pés pelas mãos. Enfim, um pouco mais de treino, seria desejável...

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6Comenta Este Post

At 12/12/2006 2:12 da tarde, Blogger COMTRA escreveu...

A Tété foi da LUAR mas foi quando ela era tótó. Afinal o que é que lea disse? Nada.
Depois acabei por adormecer no final da 1ª parte.
Porque é que arranjam estas larachas com tanto doutor e engenheiro e professores da mula russa e fica sempre tudo na mesma? Já repararam? O que é que adiantou para a maneira como a Câmara de Lisboa governa os nossos dinheiros? Zero!
Eles fazem estas cenas para a gente ter "visões" de democracia dentro da nossa cabeça. Ora isso são, quando muito, ilusões de democracia, de discussão, de encontro.
Quando é que será que aparece na TV alguma coisa que não seja "combinada", que não satisfaça estes ou aqueles "interesses", que não seja apenas uma "encomenda"?
uando é que a gente cresce?

 
At 12/12/2006 4:18 da tarde, Blogger cereja escreveu...

Ora até que enfim, estava a ver que nunca mais aparecia aqui o post!
:D
Realmente ao princípio parecia que o «O Futuro de Lisboa» o fim da coligação PPD/CDS. Um ping-pong que teria merecido uns minutos mas parecia estar a monopolizar as atenções todas. E já aí o Carmona meteu os pés pelas mãos. Ele deve fazer yoga ou coisa assim, porque essa postura de «pés pelas mãos» parece ser a sua preferida...
Como dizes, custa a acreditar como é que, sabendo ao que ia, não se deu ao trabalho de estudar a lição! Até aquele sorriso fixo já nem vale nada. Porque até posso aceitar que ele fosse apanhado a não conhecer alguns dados que lhe perguntavam, mas seria mais digno reconhecê-lo e dizer «Olhe, não sei exactamente quantas bibliotecas há, quem está dentro do assunto é o vereador do pelouro da cultura» por exemplo, do que perguntar em gozo «Quantas quer?»
O balanço final foi muito mau para este senhor, com claque ou sem claque.
O Sá Fernandes via-se que queria falar em muitas coisas e o tempo não lhe chegava... mas cumpriu o que eu esperava dele. E, como dizes, neste caso ao contrário do Carmona, o Carrilho tinha estudado a lição. Ficou a ganhar com isso.
Quanto à «sociedade civil», que dó. Não havia melhor do que aquilo????

 
At 12/12/2006 5:06 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Bem descrito, pois o que se passou foi básicamente o que dizes.
Quanto ao programa, mantenho o que já disse antes, é uma vergonha descarada.

 
At 12/12/2006 5:57 da tarde, Blogger a.pacheco escreveu...

A Tété está XÉXÈ....

O Miranda trouxe a debate uma questão BIZANTINA, os executivos monocolor, como se o poder autarquico, não tenha funcionado,sem essas bizantinisses.

O Carmona parecia a vedette já fanada de revista, que leva a claque com bilhetes pagos, para baterem palmas por tudo e nada.

Em suma, e Lisboa.....

Quase nada, depois das trapalhadas , para silenciarem o Sá Fernandes, tivemos uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.

Mais valia que a RTP, tivesse levado a censura até ao fim, ver o Sá Fernandes presente num programeca e quinta-ordem , não me agradou nada.

Aliás o excelente trabalho de denuncia, MAS TAMBEM DE PROPOSTAS que ele tem feito, valem por si, e o povo de Lisboa não é parvo.

 
At 12/12/2006 11:33 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Contra, claro que na Televisão só aparecem coisas destas combinadas...para fazer as pessoas adormecerem ou mudarem para a telenovela da TVI no 1º intervalo...mas é a televisão que temos. E, apesar de tudo, não podemos mesmo não aproveitar as "combinações" deles, para tentar mostrar as nossas diferenças.Era bom que nos pudessemos dar ao luxo de recusar os termos deles, as imposições deles...mas antes temos mesmo que crescer mais um cadito...

Émièle, isto de ter voltado ao trabalho tem muito que se lhe diga...nem deixam uma pessoa meter os posts a horas decentes :)))
Concordo com a análise que fazes, como vês...Carmona foi um desastre, e mesmo que outros méritos não tivesse tido (e acho que teve) o programa valeu por isso. Os (poucos) lisboetas que viram o programa até ao fim, devem ter tido a certeza a quem entregaram o destino da sua cidade...

José, tens razão...nada safa um programa daqueles !!!

A.Pacheco, se quisermos ver as coisas de uma forma "cinica", poderiamos concluir que Sá Fernandes e o Bloco teriam ganho mais se a RTP tivesse mantido a censura...mas devemos tentar não o fazer. Porque a politica não deve ser vivida só a pensar em ganhos, mas também em principios e porque isso seria injusto para com Sá Fernandes e com quem gastou o seu tempo a fazer com que ele lá estivesse. Por imperativos da vontade de milhares de lisboetas, Sá Fernandes esteve onde devia estar. E o principio de não abdicarmos de lutar contra a censura e a discriminação, venceu.
Claro que o programa é aquilo...mas se não nos esquecermos que Sá Fernandes, contrariamente a todos os outros intervenientes, não teve tempo para se preparar para o programa, que, mesmo assim e a muito custo, conseguiu fazer ouvir a sua voz, que por várias vezes conseguiu falar das nossas propostas para a cidade, que foi o únoco (como me fazia há pouco notar uma amiga) que falou sempre em nome da sua equipa e não em seu nome pessoal (pormenor não insignificante, para quem teima em pensar e sentir a cidade colectivamente), não me parece que tenha sido uma perda de tempo...
Claro que o futuro de Lisboa passa pelas propostas e pelas denuncias que ele faz todos os dias e não pela Fátima Campos Ferreira...mas isso já sabiamos antes, não é?

 
At 12/12/2006 11:48 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

"Porque a politica não deve ser vivida só a pensar em ganhos, mas também em principios", claro que em vez do "também", deveria estar escrito "sobretudo". Não é de forma nenhuma indiferente...

 

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