Obrigação versus capacidade
Ontem à noite, ouvi no Telejornal da TVI , a propósito, de uns novos e rápidos testes de despistagem da Sida, Henrique Barros, coordenador nacional VIH/Sida, afirmar, perante a preocupação manifestada por alguns médicos que, «na urgência, há médicos, há enfermeiros, há ajudantes de vária ordem, há espaço, há obrigação de encontrar as condições». Os médicos tinham manifestado a sua preocupação em saber se numas Urgências de um Hospital há capacidade para informar alguém que lá se desloca por uma Gripe ou uma dor numa perna, que é Seropositivo.
Não sei o que me chocou mais. Se o desconhecimento total do que são as urgências num Hospital. Se a insensibilidade perante o estigma que ainda hoje significa a Seropositividade. Se o desconhecimento do que essa notícia significa em termos de perspectivas de futuro para quem descobre o seu estado sem dele suspeitar (e dave haver por aí milhares de casos desses). Se o termo "obrigação" em contraponto ao termo "capacidade", usado pelos médicos. Se o "ajudantes de vária ordem", por não saber em quem o Sr. está a pensar. Se, finalmente, estas palavras algo levianas e razoavelmente insensíveis terem vindo do responsável pelo combate à Sida em Portugal.
Não sei o que me chocou mais. Se o desconhecimento total do que são as urgências num Hospital. Se a insensibilidade perante o estigma que ainda hoje significa a Seropositividade. Se o desconhecimento do que essa notícia significa em termos de perspectivas de futuro para quem descobre o seu estado sem dele suspeitar (e dave haver por aí milhares de casos desses). Se o termo "obrigação" em contraponto ao termo "capacidade", usado pelos médicos. Se o "ajudantes de vária ordem", por não saber em quem o Sr. está a pensar. Se, finalmente, estas palavras algo levianas e razoavelmente insensíveis terem vindo do responsável pelo combate à Sida em Portugal.
Etiquetas: Isabel Faria
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