É que ontem foi mesmo muito mau III
O CDS/PP na ansia de ficar realmente conhecido como o Partido da proposta chega ao ponto de defender hoje o contrário do que defendeu ontem para amanhã apresentar ainda algo mais diferente.
Depois de defender que as horas extraordinárias não deveriam ser tributadas em sede de IRS, contesta a subida do desemprego. Ou seja, por um lado apela ao uso do trabalho suplementar em vez de defender a criação de mais emprego para depois se queixar da taxa de desemprego. Mas, pior ainda, nem uma palavra se ouviu sobre os salários. Depois de ter defendido que os prémios de produtividade e afins que, enquanto rendimentos (embora indirectos) são obviamente tributados, não foi capaz de dizer que o problema dos portugueses é que não podemos estar dependentes de receitas indirectas para viver condignamente e que a questão está nos salários baixos que têm de ser combatidos.
Para o bolo ficar completo só faltava mesmo era a bandeira da redução do horário de trabalho e, nessa altura, o Parlamento ficava esmagado.
É no que dá quando a direita se arma em populista a falar sobre uma temática que não conhece, a não ser que falemos de patrões, como a do trabalho.
Etiquetas: Daniel Arruda
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