Talvez o problema seja a mesa

Na era da imagem e apesar de haver quem se recuse a sobreestimá-la às palavras, a imagem entra-nos em casa e retem-se na memória.

Ontem, nos Telejornais, enquanto Helena Roseta, questionava directamente o Sec.Geral do PS, sobre se o Partido estava a cumprir as promessas que fez ao eleitorado, sentado na mesa dos escolhidos, afastado dos outros delegados,por cima deles, com a pose de sempre, misto de arrogância , de autismo e de estrela de cinema de filmes sem conteúdo, Sócrates falava ao ouvido dos seus vizinhos e sorria. Indiferente. Cultivando a imagem de que há coisas que lhe são tão inferiores e tão estranhas (de estrangeiras) que não vale a pena perder tempo a ouvir.

Nas imagens do telejornal, Sócrates, Sec. Geral do PS, transmitia a mesma imagem ao ser questionado pelas poucas vozes dissonantes do seu Partido, que Sócrates, Primeiro-Ministro, usa quando diz que não vê nem ouve os "ajuntamentos partidários" na rua.

Sócrates finge. Representa. Num País em que se baliza tudo por baixo, vai conseguindo vender a sua imagem de razoável actor de um mau filme.

Mas as imagens para venderem têm que trazer à mistura algo de próximo, de quotidiano ou então de tão inantigível que leve as pessoas a sonhar...

Sócrates tem que treinar mais...talvez o problema esteja na colocação da mesa dos escolhidos...ou teria que estar mais próximo do tecto, do Céu ou então na fila da frente ao mesmo nível dos outros delegados...