O casamento de arromba
Sinal de uma sociedade de "novo-riquismo e desta sociedade da aparência e do faz-de-conta", é como a socióloga Engrácia Leandro, define as festas de aromba dos casamentos de hoje em dia.
Conheço casos de pessoas, tal como a notícia do DN retrata, que se endividaram para casar os filhos que já viviam os dois há anos. Nalguns casos, divorciar-se-iam muitos anos antes de os pais conseguirem pagar as dívidas contraídas com o seu casamento.
Nesta sociedade do faz de conta, do parecer, o espectáculo, do o meu copo de água foi muito maior que o do filho da vizinha, ou o da filha do colega de trabalho, da uniformização, retrocedeu-se anos em relação ao que foram os sonhos e os objectivos da minha geração e das gerações anteriores à minha. A nossa revolta contra o amor-instituição, foi vencida pela sociedade de consumo.
Entristece-me ouvir miúdos com vinte e poucos anos, dizerem que o dia do casamento foi de arromba. É tão contrário a tudo o que acreditei. Acredito. O dia em que nos encontrámos, em que trocámos o primeiro beijo, em que fizemos amor, em que partilhámos a primeira noite inteirinha, deu lugar à ostentação, à festa para mostrar aos outros. Às luas de mel, nos confins do mundo. Como se para celebrar o amor e (ou) a paixão qualquer Lua Cheia, ou noite sem lua, mesmo, em qualquer lugar em que o silêncio, fosse apenas entrecurtado pela respiração dos nossos dois corpos, não fosse suficiente.
Conheço casos de pessoas, tal como a notícia do DN retrata, que se endividaram para casar os filhos que já viviam os dois há anos. Nalguns casos, divorciar-se-iam muitos anos antes de os pais conseguirem pagar as dívidas contraídas com o seu casamento.
Nesta sociedade do faz de conta, do parecer, o espectáculo, do o meu copo de água foi muito maior que o do filho da vizinha, ou o da filha do colega de trabalho, da uniformização, retrocedeu-se anos em relação ao que foram os sonhos e os objectivos da minha geração e das gerações anteriores à minha. A nossa revolta contra o amor-instituição, foi vencida pela sociedade de consumo.
Entristece-me ouvir miúdos com vinte e poucos anos, dizerem que o dia do casamento foi de arromba. É tão contrário a tudo o que acreditei. Acredito. O dia em que nos encontrámos, em que trocámos o primeiro beijo, em que fizemos amor, em que partilhámos a primeira noite inteirinha, deu lugar à ostentação, à festa para mostrar aos outros. Às luas de mel, nos confins do mundo. Como se para celebrar o amor e (ou) a paixão qualquer Lua Cheia, ou noite sem lua, mesmo, em qualquer lugar em que o silêncio, fosse apenas entrecurtado pela respiração dos nossos dois corpos, não fosse suficiente.
Etiquetas: Isabel Faria
1Comenta Este Post
Como eu te compreendo Isabel.
Mas o que é que queres? Não é agora que anda muita juventude apanhadinha com telenovelas, com castings, com festarolas, com modas e demais bordados? Eu começo também a pensar que os paizinhos desses jovens também não tiveram capacidade (ou conhecimento) para lhes ensinar alguma coisa de jeito. Olha, pelo menos para fazer aquilo que os meus pais conseguiram em relação a mim: que tivesse consciência das dificuldades e dos problemas que a maioria da população tem que enfrentar.
Enviar um comentário
<< Home