A mudança necessária

Como disse o Daniel Arruda: É imperioso um outro mundo! O quê? Então ainda não existem transportes públicos espaciais e já querem outro mundo?
Claro. O outro mundo que é imperioso que haja não é nem Marte, nem a Lua nem nenhum planeta longínquo. Isso não há, não é realizável. Quando alguém diz que um outro mundo é necessário refere-se sim, a uma outra maneira de ver as coisas. E isso já é um pouco mais acessível, já está mais ao nosso alcance.
Por toda a parte surgem mensagens, verdadeiras note-se, de que é preciso mudarmos a nossa maneira de fazer as coisas, a nossa maneira de ser, etc. Alguém tem dúvidas disso? Não creio. Então porque tarda essa mudança, necessária para nós e para os nossos, para todos?
O Mundo, aquilo que está fora de nós, não precisa mudar. Precisa isso sim de manter-se. De melhorar-se. Esse Mundo não piora por si mesmo. Só nós, humanos, podemos fazer essa acção de o tornar pior. Mas também só nós, humanos, o podemos manter, e, sobretudo, melhorar.
Então o que é que pode mudar? Só nos podemos mudar a nós mesmos. E essa é a grande batalha de cada um de nós. Mudar para melhor. Aperfeiçoarmo-nos. Cuidar do que existe no mundo. E cuidar não significa gastar, explorar ou devastar. Significa manter, melhorar, aperfeiçoar, desenvolver.
E como podemos fazer nós isto, se muitos nem conseguem deixar de meter cilindros de tabaco embrulhado em papel na boca e respirar-lhe o fumo?

Como? Só pode haver uma resposta. E essa resposta passa necessariamente por deixarmos de ser (ter)consumidores e passarmos, simplesmente, a ser humanos.
Bom ano