Toda a gente?
Desta notícia do Sol, a parte que mais me surprende é a final. Aliás, não é bem surpresa, é desafio mesmo.
Que a Maria José espera que passe o tempo suficiente para que os lisboetas se esqueçam da coligação com Carmona, não me parece nada estranho. Nem representa desafio de maior.
Que o PS fuja de eleições intercalares como o Diabo foge da cruz, também não espanta ninguém. Não se descurtina candidato. E Lisboa costuma ser um teste para o Governo Central.
Que caiba ao PSD a iniciativa, bem, isso basta conhecer a Lei das Autarquias, para que nem sequer um desafiozinho seja. E de surpresa, nem vestígios.
Que o PCP saiba que eleições agora, possivelmente, constituiriam aquilo que para o Partido é o mal supremo - ser ultrapasado pelo Bloco, também não surpreende ninguém
Agora, descortinar o que Ruben de Carvalho quer dizer com "o PCP não tem necessidade de fazer declarações políticas à pressa, porque toda a gente conhece as nossas posições», é que é um desafio entusiamante. Isto poque se presume que quando Ruben faz esta afirmação, não está a falar daquilo que se depreende, das análises que se faz. Presume-se que Ruben fale de saber mesmo, de saber de ser dito ou mostrado. E aí é que a porca torce o rabo. Alguém sabe, por Ruben e o PCP terem dito ou mostrado, quais as posições do PCP? Mais, alguém consegue descobrir, nos habituais discursos redondos de Ruben, o que é que ele e o PCP pensam de qualquer coisa que se passe em Lisboa?
Etiquetas: Isabel Faria
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Olha é por essas e por outras que muita gente encontra muita coisa em comum entre a igreja e o PCP
Em causa financiamento para autárquicas de 2005
Bragaparques acusa Ricardo Sá Fernandes de pedir 500 mil euros para campanha do BE
31.01.2007 - 20h02 Lusa
O sócio-gerente da Bragaparques, Domingos Névoa, vai sustentar no pedido de instrução da alegada tentativa de corrupção do vereador do Bloco de Esquerda na Câmara de Lisboa, José Sá Fernandes, que o irmão do autarca, Ricardo Sá Fernandes, lhe pediu 500 mil euros para financiar a campanha bloquista nas eleições autárquicas de 2005.
Fonte ligada ao processo disse à agência Lusa que o empresário Domingos Névoa afirma que em Setembro de 2005, Ricardo Sá Fernandes lhe solicitou um financiamento para pagar as despesas da campanha política do irmão para as eleições autárquicas e para a liquidação de despesas pessoais do candidato e, mais tarde, vereador.
Domingos Névoa, que foi acusado pelo Ministério Público do crime de corrupção activa para acto ilícito, especifica que Ricardo Sá Fernandes desceu o pedido para 250 mil euros e depois para 200 mil, a verba que consta das conversas gravadas pela Polícia Judiciária entre o advogado e o empresário.
No pedido de instrução que seguirá para o Tribunal de Instrução de Lisboa, o empresário bracarense vai ainda contrapor que foi Ricardo Sá Fernandes quem lhe propôs, como contrapartida, a desistência da acção popular que o irmão interpusera contra a permuta dos terrenos do Parque Mayer e da Feira Popular, em Lisboa, sublinhando que nunca pediu ao autarca que fizesse qualquer declaração a favor da Bragaparques.
De acordo com a mesma fonte, no pedido de abertura de instrução constará também que Ricardo Sá Fernandes disse que o irmão faria, por sua iniciativa, uma declaração pública, que lhe permitisse sair bem do caso, sem perder a dignidade política e pessoal.
Domingos Névoa explicita que os contactos com Ricardo Sá Fernandes ocorreram no escritório de Rita Matias, advogada do empresário e com quem partilha uma sociedade de advogados. O empresário vai insistir que foi ele que acabou, por sua iniciativa, com os contactos com Ricardo Sá Fernandes.
Sá Fernandes agente encoberto da PJ
Para além desta versão, a defesa da Bragaparques, a cargo do escritório do advogado Artur Marques, vai ainda sustentar que Ricardo Sá Fernandes decidiu oferecer-se como agente encoberto à Polícia Judiciária, depois de ter concluído que Domingos Névoa não lhe iria dar qualquer verba para a campanha autárquica.
A Bragaparques vai sustentar que a desistência da acção não envolvia o vereador mas o cidadão, não havendo, por isso, lugar a crime de corrupção activa, dado que tal implica que o eventual corrompido seja funcionário público ou detentor de cargo político.
No domínio técnico-jurídico, a Bragaparques sustenta que, mesmo que os factos constantes da acusação fossem verdadeiros, não estão reunidos os requisitos para a prática do crime, desde logo porque a acção popular contra a câmara municipal, a EPUL e a Bragaparques, por causa da permuta de terrenos Parque Mayer/Feira Popular, foi feita por José Sá Fernandes em Julho de 2005, antes das eleições municipais, na qualidade de cidadão, e antes de ser vereador.
Nesta linha, a desistência da acção popular, prevista na própria lei que a regula, nada tem a ver com as funções de vereador e os deveres inerentes, sendo comum, de resto, e muitas vezes com o patrocínio dos próprios juízes que as partes se entendam mesmo que com o pagamento de uma verba por uma das partes. A defesa sustenta que, sendo assim, o que considera não estar provado é que o arguido, quando muito, poderia ter sido acusado do crime de corrupção para acto lícito, e não ilícito como consta da acusação.
As conversas com Domingos Névoa
O argumentário da Bragaparques - no caso da empresa Parque Mayer, Investimentos Imobiliários, SA, pertença do grupo - contesta também a validade legal da acção enquanto agente encoberto de Ricardo Sá Fernandes e pretende sustentar que o advogado violou os deveres deontológicos e o segredo profissional, dado que fez contactos com Domingos Névoa, sabendo que este era patrocinado por Rita Matias, do mesmo escritório.
Ricardo é advogado do irmão na acção popular, o que, alegadamente, viola os deveres deontológicos, além de que, na opinião da defesa, não poderia ter contactado Domingos Névoa, defendido por Rita Matias, do mesmo escritório.
Estes dois factos acarretam, para a defesa, a nulidade da autorização dada pelo juiz para a acção encoberta, através da qual foram gravadas as conversas com Domingos Névoa, posto que pressupõem violação de segredo profissional, pelo que, nos termos legais, não poderão fazer prova em juízo.
A Bragaparques defende ainda que o crime de corrupção activa não permite sequer a gravação de conversas entre presentes nem a recolha de imagens, permitindo apenas registo de voz e imagem aos crimes de corrupção passiva.
A argumentação da Bragaparques vai ao ponto de considerar que Ricardo Sá Fernandes é o autor moral e material do crime, dado que foi ele quem propôs que o irmão fizesse uma declaração pública a favor do negócio do Parque Mayer, mas que, em todo o caso, excedeu essa função actuando como agente provocador, o que a empresa considera ilegal.
Em Fevereiro do ano passado, o gabinete municipal do Bloco de Esquerda emitiu um comunicado a acusar Domingos Névoa de ter feito, em Janeiro, uma proposta no valor de 200 mil euros para que o vereador José Sá Fernandes produzisse "uma declaração em reunião de câmara ou de Assembleia Municipal que retirasse aos privados qualquer responsabilidade pela situação criada, remetendo essa mesma responsabilidade para o anterior executivo municipal". Era também exigido que Sá Fernandes promovesse a retirada da acção popular sobre o negócio do Parque Mayer e Feira Popular, que interpôs ainda antes de ser vereador na câmara da capital.
Domingos Névoa propunha-se pagar dinheiro através do irmão do vereador, o advogado Ricardo Sá Fernandes, mas este avisou o Ministério Público e Polícia Judiciária, que gravaram todos os contactos
Afinal parece que para o Bloco uma coligação à esquerda está fora de questão e tudo se resume a uma corrida com o PCP, mas existindo eleições e indo todas as forças separadas não tenho duvidas nenhumas que o PCP ficará à frente do Bloco, mas isso está longe de ser o mais importante, aquilo que importa é que se encontre uma solução que sirva os interesses dos lisboetas, se tiver que ser eleições que sejam.
Também convêm não esquecer que o BE legitimou o negócio do Parque Mayer na Assembleia Municipal de Lisboa e que este negócio só contou com a oposição do PCP que logo o denunciou ás autoridades competentes.
Anónimo, obrigada pela transcrição da notícia.
Anónimo nº2, não entendo onde vai buscar essa certeza.
O post que escrevi era um post da Isabel Faria. O Bloco, que eu saiba, não tomou posição sobre nada em relação a eventuais eleições intercalares. Limitou-se, através de José Sá Fernandes, a considerar que dada a situação que se vive na Câmara a saída passará por eleições. Sá Fernandes não falou, que eu saiba de coligações, do PCP ou do PS. Transmitiu a opinião do Bloco e dele próprio sobre a necessidade de eleições. Apenas isso.
Quanto ao que é mais importante. Estamos em sintonia. Daí não perceber a posição do PCP em considerar precipitada a exigência de eleições intercalares.
Quanto à posição do Bloco na Assembleia Municipal, você sabe que não está a dizer a verdade toda. De qualquer forma não serei, talvez, a pessoa indicada para defender essa posição. Não concordei com ela. Apesar de entender que as garantias pedidas e que Carmona, na altura, aceitou, podem justificar a posição, então, tomada.
No fim de semana, com tempo, farei um post, com o resto da posição do Bloco. Dizer as coisas por metade, não costuma ser muito sério.
Isabel
Não compreendo porque é que num comentário se despeja toda uma notícia cuja finalidade e razão de ser é exclusivamente levantar suspeitas sobre o Bloco. Como referi existem muitas coincidências entre a forma de actuar a Igreja e do PCP. O despejo de citações e textos é apenas uma delas...
E não vi nenhum desmentido da posição do Ruben de Carvalho.
Leal Franco, não é a única, mas é uma delas, tens razão.
Já é táctica antiga aqui no Troll. E normalmente o autor tinha outro nome. Muda-se o nome, mantém-se a forma...
Mas deixa. Já lhes conhecemos os métodos.
E o caricato das calúnias do Névoa, é tão grande, que só serve para confirmar a peça que ali está.
E tens razão a semelhança é enorme...há uma escola comum com bons alunos.
Desculpem que me está a escapar qualquer coisa. Coligações á esquerda? Mas claro. Quando chegar á altura fala-se nisso. Neste momento, e são palavras do Jorge Coelho na quadratura do circulo, ainda nem de eleições se fala!!!! Há por aí muita gente que gosa mais do poleiro do que de ser coerente. Hoje o Ruben de Carvalho fala mal do PS e seus vereadores. Amanhã já pode coligar-se a eles. Tanta coerencia. Sempre achei que para haver coligações tinha de haver convergencias de pontos de vista e não apenas o poder pelo poder. E sem programas e ideias essa convergencia não se pode aferir.
O sr. Domingos Nevoa, Novoa ou NODOA, não sei como lhe hei-de chamar, parece que ainda tem crédito, pelo menos num anónimo que aqui escreve , vamos a factos.
O sr. Domingos foi constitudo arguido, e só saiu em liberdade com uma caução de 150.000, por tentativa de corrupção, a um vereador da Camara de Lisboa.
O sr.Domingos acaba de ser constituido arguido, por mais um negocio escuro com a Camara de Coimbra, na altura presidida pelo PS.
O sr Domingos teve durante este ano inumeras oportunidades de tantar vender a sua calunia, porque o fez só agora.
Será que a partir de agora, haverá dúvidas de quem mandou ASSALTAR a casa e o escritório do Ricardo Sá Fernandes?....
Aliás ontem na conferencia de imprensa da Braga Parques o que se tentou foi limpar o nome e os negocios da empresa, parece que a historieta do Sr. Domingos NODOA durou 24 horas e só serviu a Direcção da Camara de Lisboa, PRESIDENTE INCLUIDO, para respirarem um pouco e desviarem as atenções...em suma métodos que como se vê alguns comentadores aceitam, talvez por isso o combate á corrupção seja tão dificil neste país.
Quem denuncia, quem tem a coragem de lutar para tentar acabar com este flagelo das luvas, dos negocios combinados, acaba mais tarde ou mais cedo por ser emlameado por aqueles, que deveriam estar por detraz das grades, em suma é o País que temos.
O Eça no Conde de Abranhos traça o retrato de Portugal há 150 anos , e infelizmente.... mudou tão pouco .....
Aliás entre Carmona Rodrigues e Domingos NODOA existem cumplicidades bem ESTRANHAS....
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