A música da semana no 20º aniversário da partida do Zeca
(Por um acaso que meteu Carnaval e que é, sobretudo, causado, pela minha persistente incapacidade em colocar música no Blog, a canção desta semana, só foi alterada ontem. Ainda bem que assim foi)
Há um ano faziamos um dia com o Zeca. Este lugar, aqui ao lado, encheu-se da música e das palavras de José Afonso. Por um dia voltou a cantar connosco, dia e noite.
Por variados motivos, mas, sobretudo, porque o Referendo ocupou (quase colocaria o Nos, sem receio de me enganar...quem há um ano, cantou o Zeca, quase de certeza, andou tão ocupado com o Referendo, como nós, aqui no Troll), muito do nosso tempo e da nossa disponibilidade, não se preparou a festa como no ano passado. Talvez também porque nos preparamos já, para a grande, que vamos seguramente organizar. Cá fora. No outro Mundo. Naquele onde costumávamos encontrar o Zeca.
Cliquem, pois no botão ali ao lado. E deixem-me partilhar uma satisfação convosco. O meu Zeca também é este. O d' O Que Faz Falta e do Viva o Poder Popular. O Zeca que eu fui encontrando, não se ficou por 74. Pela queda dos fascismo. Com o Zeca que eu conheci, estive (ainda não votava eu, na altura, mas já então, os meus pais não me conseguiam segurar em casa) na candidatura de Otelo e mais tarde na de Maria de Lourdes Pintassilgo.
Tive o previlégio de estar, pois, em muitos lugares por onde o Zeca foi passando. E lugares, não, só, sítios. Lugares, emoções. Lugares, sonhos. Lugares, desencantos. Lugares, lutas. Lugares, lágrimas. E lugares, esperanças.
Tive o previlégio de gritar Viva o Poder Popular, enquanto o Zeca cantava Viva o Poder Popular. E de acreditar que o futuro passaria por ali.
O Zeca que eu conheci com o Bairro Negro é o que encontrei n'O que faz falta.
Com o passar dos anos, deveriam ter surgido algumas dúvidas. Surgem sempre quando se está vivo. Mas não há nenhuma dúvida capaz de tapar um sonho. Nem ninguém.
Há um ano faziamos um dia com o Zeca. Este lugar, aqui ao lado, encheu-se da música e das palavras de José Afonso. Por um dia voltou a cantar connosco, dia e noite.
Por variados motivos, mas, sobretudo, porque o Referendo ocupou (quase colocaria o Nos, sem receio de me enganar...quem há um ano, cantou o Zeca, quase de certeza, andou tão ocupado com o Referendo, como nós, aqui no Troll), muito do nosso tempo e da nossa disponibilidade, não se preparou a festa como no ano passado. Talvez também porque nos preparamos já, para a grande, que vamos seguramente organizar. Cá fora. No outro Mundo. Naquele onde costumávamos encontrar o Zeca.
Cliquem, pois no botão ali ao lado. E deixem-me partilhar uma satisfação convosco. O meu Zeca também é este. O d' O Que Faz Falta e do Viva o Poder Popular. O Zeca que eu fui encontrando, não se ficou por 74. Pela queda dos fascismo. Com o Zeca que eu conheci, estive (ainda não votava eu, na altura, mas já então, os meus pais não me conseguiam segurar em casa) na candidatura de Otelo e mais tarde na de Maria de Lourdes Pintassilgo.
Tive o previlégio de estar, pois, em muitos lugares por onde o Zeca foi passando. E lugares, não, só, sítios. Lugares, emoções. Lugares, sonhos. Lugares, desencantos. Lugares, lutas. Lugares, lágrimas. E lugares, esperanças.
Tive o previlégio de gritar Viva o Poder Popular, enquanto o Zeca cantava Viva o Poder Popular. E de acreditar que o futuro passaria por ali.
O Zeca que eu conheci com o Bairro Negro é o que encontrei n'O que faz falta.
Com o passar dos anos, deveriam ter surgido algumas dúvidas. Surgem sempre quando se está vivo. Mas não há nenhuma dúvida capaz de tapar um sonho. Nem ninguém.
Etiquetas: Isabel Faria
8Comenta Este Post
Só conquistei o meu direito de voto um par de anos depois da morte de Zeca Afonso. Mas a minha adolescência foi politizada como eram quase todas na altura, com a revolução fresca na memória e as memórias de quem ainda nos contava - sem retoques - como tinha sido o antes. Como a minha família, o meu bisavô anarquista, o meu avô comunista e todos os outros que se recusavam a ser católicos (e sofriam as consequências), antes mesmo de 74, neste Norte que ainda parece querer continuar a viver sobre o manto de Deus, mesmo que pelo caminho tenha perdido a Pátria e a Família.
Não Isabel, o sonho não morre. Mas às vezes acho que o tempo e a falta de empenho na coisa pública nos andam a tentar comer os sonhos.
vira o disco, toca o mesmo, é aproveitar o trabalho alheio à falta de melhor, por puro, puro oportunismo, nada mais que oportunismo. esta gente está gasta, já deu o que tinha para dar, agora só se sabe repetir burocraticamente
Como sabes, acompanhei-o de mais atrás sempre com tanta admiração como amizade. Faz-nos falta a sua presença, mas o que nos deixou serve ainda muito para « ANIMAR A MALTA .
E bem precisamos...
Anónimo, o mal é mesmo esse, viró disco e toca o mesmo.
Depois do 25 de Abril, rapazinhos como tu, tomaram conta disto e a música que se ouve, é a que se vê, na Câmara de Lisboa , no Governo Central, etc. ,etc.
Façamos então, nós, os outros, passar a música e as ideias, dos que se não conformaram com 48 anos de ditadura. Sei que para voçês, doi, ouvir o Zeca Afonso! Sei também que a sua força, vinda das palavras, mas sobretudo da forma como as assumia e divulgava, sempre os deixou preplexos, mas, anós, faz-nos BEM, e já agora, não vás embora, "TRÁZ OUTRO AMIGO TAMBÉM".
Já agora, referir o excelente programa, passado à meia-noite na RTP1, apresentado pelo Mário Figueiredo, e com a companhia da Cristina Branco, do Viriato Teles, do Rui Vieira Nery, do José Jorge Letria e pelo Otelo Saraiva de Carvalho.
Não tenho mais nada a acrescentar sobre o Zeca que já não tenha sido dito.
Quanto ao programa da RTP1, jose palmeiro, foi realmente bom, principalmente as intervensões do José Jorge Letria mas não lembra ao diabo passá-lo áquela hora!
Isabel, faz hoje um ano que nos conhecemos - o Toll e eu. :)
Trilby, quanto à hora do programa, eu até nem estranho, pois foi logo no início do dia, portanto nada mais ajustado. Agora se durante o dia, não tem sequências, aí já é de estranhar.
Já agora, deixa-me referiri outar coisa, a crónica de hoje do Fernando Alves, na rubrica Sinais da TSF, se puderem ouçam-na no sítio da estação na internet.
É verdade, foi exactamente há um ano que nos conhecemos, mas sinto que, foi só um reencontro, porque conhecer, desde SEMPRE!
vira o disco, toca o mesmo, que tristeza
Hipatia, eu que comecei a votar, um cadito antes de ti...imaginas quantas vezes já me comeram o sonho? Mas olta. È um gajo teimoso.
Èmièle, já lá fui ao Pópulo. Ainda bem, amiga que vocês puseram a música do Zeca a sair pela janela...eu não consegui ter disponibilidade. Fica para a Festa!!!
José, passei agora pelo Estou na Sesta, mas mais uma vez não consegui comentar. O teu Blog não gosta de mim...
Adorei aquela carta que transcreves. E o mais giro é que não se pode dizer "uma carta dum Zeca que não conhecemos"...sabemos que só podia ser assim, aquela carta para a filha.
Quanto ao anónimo: estás enganado. Não é um rapazinho. Já tem idade para ter juízo, mas o sectarismo tolhe-lho. E supostamente, pela sua poisição política, poderiamos pensar que algumas vezes se cuzou com o Zeca. Mas não aprendeu nada com ele. È uma pobre.
Trilby, há um ano que conheces o Troll e nem jantarito para comemorar, nem nada???? :))
Vou lá a tua casa, agora.
Quanto ao programa da RTP, já disseram tudo. Como se coloca uma homenagem ao Zeca àquela hora, num dia de semana? Quanto à qualiddae, concordo também.
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