Tão pobrezinhos que até dá pena

As grandes construtoras nacionais conseguiram aumentar os lucros em cerca de cinco vezes entre 2002 e 2006, o período classificado pelos responsáveis do sector como a "pior crise da construção dos últimos 20 anos".

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Dizer o quê desta notícia. Já ontem falei aqui nos Patos Bravos e na nova bolsa mundial. Isto não deixa de estar relacionado. Começam a faltar os argumentos, os adjectivos ou outras palavras para descrever estes temas. Lucros de 422% e 33.ooo empregos perdidos. O recurso à mão de obra imigrante maioritariamente ilegal, recrutada em mercados da carne à beira da estrada.

Agora vem aí a Ota para um novo impulso. Dá vontade de rir. Eu nem sei se a Ota é o mais viável. Não sou técnico para aferir dessa possibilidade, mas como leigo que sou começo a achar estranho que nem uma voz se levante, com excepção do minístro Mário Lino, a defender a Ota. Mário Lino e os Patos Bravos. Entende-se porquê. É óbvio. Há que ultrapassar este tempo de crise que afinal já dura desde 2002. Os lucros estão muito baixos. Demasiado baixos. O que são 422% quando se pode ter muito mais e despedir ainda mais gente?