O alvo errado
Cem ecologistas decidiram invadir e destruir parte de um campo de milho transgénico perto de Silves.
Procuraram assim trazer para o debate público os perigos do cultivo e do uso de alimentos geneticamente alterados.
Se mais razões houvesse para mostrar o erro da acção, bastava ver que ninguém parece ter ficado minimamente preocupado com a existência de um campo de milho no Algarve e toda a gente discute sobre a justificação ou não do acto dos ecologistas do Movimento Verde Eufémia.
Era um campo de milho legal. Logo, o que há é que questionar a Lei. Quem faz a Lei não é quem planta o campo. Nem quem o colhe.
Era possível montar um acampamento à porta da herdade, por exemplo. Ou na estrada. Com tendas e tudo par dar mais visibilidade à accção. A acção teria a mesma espectacularidade, mas seria muito menos passível de críticas. E, sobretudo, muito mais eficaz. Poria as pessoas a discutir os alimentos transgénicos e não a invasão e destruição da propriedade alheia.
Não faço idéia se o proprietário da terra só tem aquele ganha pão ou não. Não faço ideia se precisa daquele milho para viver ou não. Não faço idéia se são verdadeiras as palavras e o desespero perante a destruição. Creio que os ecologistas que lhe invadiram o campo também não fazem.
O que eu sei, e eles também tinham obrigação de saber, é que aquele campo estava legal. E que o homem que planta o milho ou que o colhe, não é o mesmo que fez a Lei. Nem é o dono dos laboratórios que ganham dinheiro à custa da modificação de alimentos que não dão prejuízos a quem os cultiva...mas podem ser altamente prejudiciais para quem os consome ou para o Planeta que temos.
A discussão sobre os transgénicos continua por fazer. Continua-se sem estar minimamente desperto para ela. E não são acções deste calibre que irão alterar isso. São contrapoducentes e são eticamente reprováveis. Batem no alvo errado e usam os métodos errados. Chamá-las-ia infantis, para não ser muito dura. Com a certeza que as crianças, às vezes, podem ser perigosas. Ou, pelo menos, inconvenientes.
Até esta discussão ser feita, os alimentos transgéncos continuam a ser cultivados numa propriedade perto de si..até pode acontecer que seja uma propriedade que não cumpra a Lei e que não esteja assinalada. Até esta discussão ser feita, acções destas podem levar a que se discuta a "santidade" da propriedade privada, não levam seguramente a que se discuta a importância da Vida e a existência ou não de riscos para a biodiversidade que este tipo de agricultura comporta.
Etiquetas: Isabel Faria
24Comenta Este Post
Moda al Gore a quanto obrigas...
Fizessem eles uns charros das barbas do Milho OGM, e fingissem , que dava cá uma Trip.
E teriamos GNR, PSD, O Ministerio da Agricultura, o Macario, o Jardim, o PSD em Peso, a exigirem a destruição da plantação e a prisão do dito agricultor .
Já agora por acaso o homem não será um encapotado funcionario da Monsanto....
Outra questão é se um eurodeputado pode apoiar uma iniciativa ilegal e que de "direito á indignação" tem muito pouco, até porque na discussão técnica dos OGM ainda há muitas dúvidas e outra tanta polémica. E em estados democráticos há leis e há maneiras de as fazer cumprir, se se acha que há incumprimento.
Por outro lado, com que direito se invade uma propriedade legal e se destrói o seu conteúdo? Se eu for anti-europeísta posso invadir a casa de Miguel Portas, um símbolo da UE, já que candidato eleito ao PE, e destruir ou pilhar-lhe a casa, perante a complacência das autoridades? Posso dar-lhe cabo do carro porque acho que os automóveis são dos maiores poluidores do planeta e símbolos de uma certa "evolução" humana que repudio (e está bem provado que fazem mal à saúde!)?
Não seria também de comentar este facto?
Amanhã, em Lisboa, onde o BE é poder, esta metodologia será apoiada? - vamos já destruir uma data de coisas que estão mal, e há tantas na nossa cidade. Ou o "pluralismo" do BE permite que cada dirigente diga aquilo que quer e seja sempre desculpado porque "está a falar em nome pessoal e nós somos muito democratas e aceitamos todas as ideias"? O Miguel Portas não representa em nada o BE?
Já quando Louçã, aqui há uns anos, atacou Paulo Portas de uma maneira estúpida (dizendo que ele não podia falar do aborto porque nao tinha filhos e ele, FL, tinha uma linda filha de seis anos - ou algo muito semelhante), apenas o meu colega e amigo Luís Januário, candidato a deputado pelo BE nas mesmas eleições, o criticou.
Isabel: se há liberdade de dizer estupidezes, não há liberdade de nomear quem as diz? Concordo com o teu texto, acho que parte de uma tese ainda não provada inteiramente (que os OGM são, todos eles, nocivos), mas falta mais algum sentido crítico.
Abraços
Mário
PS: Acrescente-se que o dono da fazenda teve um episódio de angina instável (ameaço de enfarte do miocárdio) à conta disto. Se morresse (o que é possível com um episódio coronário destes) haveria responsabilidades? E a GNR? Se amanhã apanhar alguém em flagrante a destruir a Junta de Freguesia do Alto do Pina porque é contra a divisão autárquica portuguesa, fica a ver o filme.
Poupem-me. Que pena o BE estar cada vez mais institucional e partido do poder, tentando fogachos para mostrar que não, que afinal é muito revolucionário, e ao mesmo tempo mantendo todos os tiques de "detentores da verdade".
Deixemo-nos de tretas.
Um agricultor português não tem aceso fácil a este tipo de sementes.
Este senhor quer fazer-nos
acreditar naquilo que não é.
Quem o aconselhou, que tipo de subsidios está ele a receber.
Que companhia de seguros, segurou esta plantação de milho geneticamente modificado.
Não tentem atirar poeira para os olhos, com o direito á propriedade e a legalidade da plantação.
Se se provar que o dito senhor está ao serviço de uma multinacional americana, que recebeu boas ajudas para a sua plantação.
Que igorou as cautelas que se devem ter com estas sementes geneticamente modificadas,então por muito criticaveis que possam ser a acções do grupo , elas serviram para dizer ao país, que a saude e o bem estar podem estar a ser livremente postas em causa, pelo primeiro agricultor rapace que por aí apareça.
Porque não cultivou ele, como o fazem tantos agricultores algavios e do resto do país, o milho habitual....
Mas mais uma vez , não se lé o que as pessoas dizem, o Miguel Portas, até já em entrevista ao DN, clarificou a sua posição.
Mas o importante , e que me parece que toda a gente quer fugir a discutir, é , se se pode livremente plantar aquilo que bem nos apetece.
Então porquê tantos entraves á plantação por exemplo do canhamo.
Será o canhamo mais prejudicial á saude, do que este milho...
A. Pacheco
Mário, vamos lá por partes.
O que me incomodou nesta caso, foi uma actuação que, porque estava cheia de boa-vontade na altura, chamei de "infantil". Ter-me-ia incomodado quer o Miguel Portas tivesse escrito aquele post quer não tivesse. Acho-a errada, contraproducente e mais uma quantidade de coisas que creio ficaram claras no meu post. E disse-o.
Perguntas-me se não seria também de comentar o post do Miguel Portas. Possivelemente. No entanto, eu tenho a obrigação de saber distinguir quando um dirigente do meu Partido fala em nome próprio ou fala em nome do Partido.
Porque, de facto, tenho pasasado os últimos meses a lutar por esse "pluraliosmo" de que falas e que de vez em quando tende em faltar, tenho o dever de não misturar as coisas. Se tens passado pelo Troll nos últimos meses, dá para veres que criticas a atitudes, a opções, estratégias, a políticas do BE, é o que não tem por aqui faltado. Continuarão a estar aqui sempre que ache necessário. Exactamente à luz desse pluralismo de que não abdico.
Felizmente o Miguel Portas já reparou no erro daquele post e daquela postura e escreveu um outro a emendar a mão. Fez bem. Porque como tu também dizes e eu concordo o Miguel Portas não pode negar que para a opinião pública não é só o Miguel Portas é membro da CP do BE e euro-deputado eleito pelo partido, acabando as suas palavras por poderem ser vistas como "representativas" do Bloco.
De qualquer forma reitero que não creio que este seja o problema central. Com ou sem Miguel Portas, aquele tipo de atitudes é inadmíssivel.E o meu post era sobre isso.
A.Pacheco, não creio que seja nada correcta essa demonização.
sabe-se lá ao serviço de quem está...sabe-se lá quem é que lhe paga...sabe-se lá se nos quer atirar poeira para os olhos...
A questão não pode ser essa: trata-se de um campo legal ou não? Se sim, é o dono da terra com poeira ou sem poeira, que faz a Lei ou não? Se não é, porque é que o devemos responsabilizar por ela?
Exactamente porque o Miguel Portas já clarificou a sua posição é que no meu Post não aparecia o nome do MP...mas isso não retira um ponto ao que escrevi. Este tipo de atitudes não podem ser desculpáveis nem compreensíveis...exactamente porque como escrevi no título atingem sempre o alvo errado. Ou como escrevia o Daniel Oliveira, o elo mais fraco...
A discussão está para fazer. Não estou nada na posse de dados suficientes para ter certezas. A discussão continua para fazer após este acto sem sentido.
Uma certeza tenho: quem deve ser responsabilizado, caso se venham a ter certezas, não é quem planta o campo ou o colhe...seja aos serviço de que intereses estiver...ou isso levar-nos-ia a terrenos muito perigosos.
Os trabalhadores que fabricam as armas com que o Imprerialismo americano invade países e destrói vidas são os responsáveis pelas Guerras imperialistas???
Volto a perguntar-te o que levou este agricultor a plantar este tipo de milho, e não o tradicional.
Sabes, e eu confesso ser leigo na matéria, (por isso até desconhecia que Portugal permitia este tipo de sementes),que este milho pode polinizar o milho tradicional de outros agricultores seus vizinhos, podendo causar-lhes grandes prejuizos...
E como se defendem esses agricultores, acusando o vento que transportou esse polen....
As acções do tal grupo, de que eu NUNCA tinha ouvido falar podem ser criticaveis , mas tiveram o mérito de alertar-nos para uma realidade que a maioria de nós desconhecia, seguiram por linhas tortas, sim, mas para mim o importante é que o debate se faça.
Não estou a transformar o agricultor em reu, reu é a Monsanto, agora não sou ingenuo, tu parece-me que és de origem camponesa, sabes tambem como eu, como é conservador o campesinato, até por más experiencias, quando adoptam novas sementes.
Lembras-te o que sucedeu em Alcochete numa das ultimas colheitas de melão, em que a maioria da produção foi para o caixote do lixo, pois plantaram uma variedade de sementes de que resultaram umas coisas tipo abobora....
Por isso não estás a ver o Ti Zé , arriscar a plantar no seu terreno , por sua alta recreação o milhinho geneticamente modificado.
Por isso volto á vaca fria, quem aconselhou este senhor, quem o apoiou , quem lhe forneceu este tipo de sementes e com que objectivo.
Decerto sabes que a Assembleia Municipal do Algarve, aprovou uma moção, em que defendia o Algarve como uma região LIVRE de transgenicos, parece que a moção é papel para o lixo, pelo menos para este agricultor e seus apoiantes.
Mas não tenho duvida, o senhor vai receber do Ministerio da Agricultura um bom subsidio, o Ministro já vai hoje ao local,moveu uma acção contra o grupo por perdas e danos, e pode obter uma indeminização, em suma para ele até poderá ficar melhor.
E NÒS......
A. Pacheco
"Uma certeza tenho: quem deve ser responsabilizado, caso se venham a ter certezas, não é quem planta o campo ou o colhe...seja aos serviço de que intereses estiver...ou isso levar-nos-ia a terrenos muito perigosos.
Os trabalhadores que fabricam as armas com que o Imprerialismo americano invade países e destrói vidas são os responsáveis pelas Guerras imperialistas???"
Mas o agricultor não deve ser responsabilizado porquê? Se chegarmos à conclusão que o milho transgénico é prejudicial às colheitas vizinhas (talvez seja um "se" grande), acho que a responsabilidade primeira é de quem o plantou, não de quem lhe vendeu as sementes (a esses eu atribuiria o apenas o estatuto de "cumplices").
Voltando ao exemplo das guerras imperialistas - o principal culpado é quem as faz, não quem lhes vende armas (esses também poderão ser culpados, mas acho que com um grau de responsabilidade menor)
[note-se que eu também não tenho certeza sobre a justeza e oportunidade da acção de Silves; apenas acho que, se se se partir para este género de acções, não vejo porque não haverão de ser contra os agricultores que usam transgénicos]
Foi efectivamente uma tentativa apalermada de chamar a atenção para um problema sério.
Se vamos discutir ideologia então eu até poderia compreender esta posição da associação. Não é com leis que se muda o capital e o caminho para a revolução terá de ser forçosamente assim. Mas será que estamos num processo revolucionário ou talvez num Pré processo. Não me parece. 1º há que ganhar a opinião pública e não foi isso que esta acção fez. Muito antes pelo contrário. Por esta ordem de ideia vamos invadir e destruir todos os Mc Donalds ou Burger King deste país ao inves de educar as pessoas que o excesso de fast food faz mal? Vamos bombardear as fábricas de armamento ou dizer que a guerra não é solução?
Repito, para mim ideologicamente tenho de estar de acordo com a acção pois o caminho será esse, mas não posso concordar que nesta altura se tenha usado esta forma. Porque é contraproducente e porque dá trunfos ás reacionarices de Marques Mendes e companhia que aproveitaram logo para desviar o assunto para o acessório como foi a acção das forças políciais e de como se poder aumentar a repressão sobre estes actos.
Os OGM são apenas um pretexto para declamar o ódio à civilização "capitalista", pretexto tanto mais remunerador, quanto o sector é liderado pelos EUA, o Grande Satã.
Chiça, até o meu avô produzia OGM, cruzando burros com éguas e chamando-lhe "mulas".
Há para aí imensas coisas terrivelmente mortíferas, como por exemplo os carros, ou a fome, mas tais temas só dão gás à indústria da indignação quando, de algum modo, é possível associar-lhe a culpa do Satã de serviço.
Não há literalmente nenhuma prova de que os OGM "façam mal", ao contrário da fome e do tráfego automóvel.
A sua putativa malignidade, tanto quanto se sabe, é um mito urbano embrulhado em pseudociência e espalhado pelos habituais "progressistas " de barriga cheia, para atacar as "multinacionais", e os "capitalistas",o Bush, etc.
À falta de melhor, este tipo de "causas" permite aos filhos de Rousseau atacar a civilização industrial…o Ocidente… o capitalismo.
Não falo nos idiotas úteis que executam as acções que esses, coitados, são apenas um rebanho acéfalo de imbecis tocados à vara. Merecem a nossa pena por a natureza não ter sido generosa para com eles.
Mas os Portas, os Louçãs, os Boaventuras e todos os pregadores que estão por trás, enfim, os esquerdistas alimentados pelo ódio ao capitalismo, e formatados em cosmovisões paranóicas e maniqueístas, são outra loiça.
Esta gente odeia a civilização industrial da qual depende, porque não suporta o seu sucesso, à revelia das "profecias" de Marx e outros filósofos de ideias tumulares.
No fundo o problema é filosófico e psicológico.
Em termos psicológicos, é identificável um complexo de Édipo...a "Mãe Natureza", vítima do "Pai" (civilização industrial/ocidental), contra o qual se vira o filho protector (os "progressistas" e os outros idiotas úteis)). A ideia é matar o Pai e amar livremente a Natureza, alcançando a utópica felicidade eterna, sem bem que incestuosa.
Estes imbecis estão impregnados até à medula deste tipo de pensamento.
Como todos os utópicos em missão, os imbecis acham que o problema que descrevem é o mais importante do mundo e que as pessoas têm de ser educadas/forçadas a ver o perigo da maneira que eles o imaginam, e levadas a juntar-se à batalha, não se esquecendo de sugerir que quem discorde da sua visão só pode ser gente de má-fé, ou ignorante, apostada em continuar a agredir a Mãe Natureza.
O pessimismo tecnológico e político tem raízes tb em Heidegger, o filósofo mais ligado ao nazismo e reivindica (como não?) um novo paradigma civilizacional pela reformulação da organização política em torno do "problema", além da, sempre exigida educação do pensamento dos homens .
Como é normal, estes "progressistas" vêem-se a si mesmos como membros de uma elite informada ( "O agricultor não está informado"- garantiu um dos idiotas úteis do milheiral; é necessária a " formação de uma corrente de opinião maioritária"-sentencia M. Portas)
"especialistas" da ecologia, detentores e supremos intérpretes da Verdade Revelada da Mãe-Terra, sumo-sacerdotes do saber ecológico, aptos a orientar a acção dos ignorantes (todos os outros) , se necessário à força.
Miguel Portas, subitamente convertido ao maquiavelismo dos fins, garante que a força é condenável, mas compreensível, face ao objectivo maior que se pretende.
É claro!
Tal como Heiddeger, os imbecis são pessimistas mas utópicos. Vêem um problema e uma oportunidade.
A oportunidade de nos salvarmos, submetendo-nos à autoridade da sua visão de modo que as nossas consciências possam ser mudadas.
A “solução” exige óbviamente homens novos, reeducados nas certezas da vanguarda revolucionária, e uma nova organização política e social.
Qual?
Eles não sabem...só sabem que é outra, que não esta!
No fundo, quem aspira a orientar a humanidade no caminho do "bem", não pode deter-se perante interesses individuais (sabe-se lá quais as obscuras motivações do agricultor, como sibilou aqui o "anda pacheco"), nem conceber soluções meramente tecnológicas, lá onde acha que só "revolução" e a mudança de mentalidades são as soluções puras e éticas.
Face à praxis e à pregação dos novos aiatolas, tão bovinamente ecoada por uma comunicação social deslumbrada e ignorante, até o Comandante Bengala, em vez de fazer aquilo para que lhe pagam, se arvora em ideólogo e se entusiasma numa versão pós-moderna da aliança Povo-MFA.
Fizessem os eufémios de melancia, uma coisa destas no Norte, e havia cabeças rachadas à sacholada.
E na verdade nada se perdia...
É preciso não esquecer que a grande maioria dos estudos sobre OGM's são feitos por quem os produz e não por quem diz que são o demónio, e mais ainda, a maior parte desses estudos não consegue chegar ao fim porque os ditos ecologistas da moda não deixam que esses estudos prossigam!... até posso considerar natural que as pessoas tenham medo do "desconhecido" o que eu não admito é que as pessoas destruam o que as rodeia por ignorância!
A minha opinião vai contra quase todas as que foram aqui expressas. Não tenho razão nenhuma para acreditar que os OGM's possam ser prejudiciais à saúde; Portugal tem dos maiores bancos de sementes da Europa; estamos bastante avançados em tudo o que se relacione com a biotecnologia vegetal, aliás algumas das nossas Universidades têm laboratórios específicos e grandes departamentos de investigação com milhares de trabalhos publicados na área, tendo inclusive grandes estufas de projectos transgénicos;
Talvez um dia quando se começar a falar de factos e deixarmos de falar de cor talvez cheguemos a algumas conclusões... até lá continuamos a deliciar-mo-nos com uns deliciosos chocolates, bolachas, flocos, iogurtes,..., tudo de marcas da moda que todos nós consumimos muitas vezes sem sabermos... isso sim é errado, ms quem quiser mesmo recusar-se a consumir produtos com OGM's pode informar-se e ser um pouco menos feliz!
Miguel, desculpa discordar: a responsabilidade maior não é de quem plantou. A responsabilidade maior é de quem permitiu que plantasse. Segundo tem sido constantemente reiterado, a plantação cumpria todos os requesitos que a Lei obriga. Logo o agricultor cumpriu a lei...a Lei está errada? lutemos para que se altere. O Governo deveria optar pela precaução num assunto que ainda não tem verdades "cientícas"?, pressione-se o Governo para não aprovar leis sem ter certezas.
Tens razão, quanto às guerras...o principal culpado é quem as faz...a indústria de armamento vive dessas guerras, não é inocente na chacina, agora um trabalhador que vive de um emprego numa fábrica de armamento, mesmo que saiba para que são usadas as armas que fabrica, deve ser alvo de acções violentas (ou folclóricas)...contra a Guerra?
As sementes alteradas que estão na origem destes produtos, são feitas em laboratórios. Segundo parece sem nenhuma certeza científica que sejam ou não prejudiciais para a nossa vida e para a vida do Planeta. Os Governos dão-lhe cobertura, legalizando-as. Os Parlamentos iden, iden. A opinião pública cála e nós damos porrada aos trabalhadores do tal laboratório ou destruimos um campo de milho de um agricultor?
Olenellus ,aí está resumido: apalermada. Nem mais.
Pois, Daniel, mas para ser Revolucionário, à luz dessa Revilução que a gente até ainda aredita, havia que atingir o suporte plítico ou económico, havia que ter ganho a opinião pública ...assim, é apenas uma palermice, como dizia o comenário anterior.
Caro Lidador peço-lhe que compreenda que perante a ameaça de me rachar a cabeça...fique sem argumentos. Bem haja pelo seu comentário tolerante e extremamente democrátic.
Farpas, não conheço o assunto. Possivelmente do meu post e posteriores comentários passou a ideia de que sou contra...mas a verdade é que não tenho certezas. Nem conhecimentos para as ter.
De qualquer forma esperaria que pudesse e creio que se devria fazer uma discussão séria sobre o assunto. Coisa que fundamentalismos nunca tornam possível.
Lidador, gente do norte....
Olhe homem, o meu pai era da Beira Alta a minha mãe Transmontana, posso garantir-lhe pelo que conheço daquelas regiões,que aqueles que lavram com grande esforço e pouco resultado as suas courelas,têm grandes desconfianças, destas novas sementes.
Talvez algum agricultor , que se atrevesse a plantar o tal milho transgenico, e isso causasse prejuizos aos restantes agricultores, era ele cetamente que teria a cabeça aberta á paulada....
Farpas o debate sobre os ditos OGM, não está no ponto em que o coloca, o esquerda net publica um dossier com muita informação para quem possa interessar, e existem muitos cientistas que têm grandes duvidas sobre a bondade deste tipo de culturas....
E isto não significa nem reacionarismo, nem nenhuma tentativa de travar o progresso, são sim opiniões avisadas , de quem acha que os beneficios se os houver, e os maleficios que já se conhecem, devem ser pesados, e não embarcar cegamente neste tipo de aventura com um ÙNICO objectivo o LUCRO FÁCIL....
Aliás se quisermos é o mesmo tipo de debate sobre a clonagem de seres humanos.
Tambem há que apresente vantagens, mas isso quer dizer realmente o quê....
A. Pacheco
...ó pacheco, sabes lá de onde é que é o teu pai!
Se eu me chamasse Fernando Santos ....( que raio de nome...bem vindo Camacho...) TALVEZ....
A. Pacheco
PS Isabel pelos vistos os comentários estão a ter uma grande elevação.....
A.Pacheco, não se pode responder ao lixo...o lixo fica com a mania que tem alguma importância...e este faz parte do que não é passivel de ser reciclado. Ignora-o.
O saber não ocupa lugar!!
Parecer conjunto do Conselho Nacional de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável / Conselho Económico e Social sobre OGM (2000)
http://www.cnads.pt/docs/ParecerOGM%20Dezemb2000.pdf
Isabel
Diz-me, com toda a sinceridade, se já tens uma opinião formada sobre os OGM, com que fundamentos e bases, consultando que organismos nacionais e internacionais, apoiado em que bases científicas.
É que escreves "parece que" - parece? Mas há tanta coisa que parece e não é...
Ouço discutir os OGM e, tal como a questão do acidente/atentado de Camarate, as opiniões são cortadas à faca entre a "esquerda" e a "direita" (em assuntos que deveriam assentar numa base técnica e menos partidária) e não em evidências científicas. Claro que a política tem que entraqr nisto, mas assim como deve entrar a política ambiental (haja ou não risco ou perigo - isso tem que ser analisado e ainda não vi certezas em lado nenhum, pelo contrário, andei pelos sites da OMS e outros, e nada vi contra), mas também de política de produção de cereais e redução da fome.
"Primum mangiare, dopo filosofare". (E, já agora, "primum milhum eufemorum est"...) mas acho que todas estas discussões são onanismos de quem não sente fome e tem o Pingo Doce (ou semelhante) cheio de coisas boas que são, provavelmente, tão "artificiais"" e "modificadas" como os OGM - e de vez em quando dá para ir ao Corte Inglès ou ao Deli-Délux comprar umas "fantasias".
Somos muito bons a viver numa UE e a perorar sobre o "nosso" ambiente, enquanto morre no mundo uma quantidade de gente por minuto sem um grão de milho sequer...
Não me excluo desta diletância, han? - mas que a sinto, não tenhas dúvida.
Além disso, a quem compete definir e actuar relativamente aos "perigos para a Saúde Pública" é a Direcção-Geral da Saúde e aos delegados de saúde locais.
Imagina que amanhã embirro com um restaurante e acho que ele "é um perigo para a saúde" - vou lá com uns jagunços quaisquer e destruo aquilo "a bem da saúde", para fomentar o debate sobre "as salmonelas e o pastel de bacalhau".
Como diria o Clint Eastwood - "imperdoável!".
E o teu Louça, desculpa. Que arrogância, que detentor da verdade. Olha que o homem é dos tais que raramente tem dúvidas e nunca se engana - o MP sempre admite que se enganou, por causa desta coisa dos blogs... embora seja lesto a criticar qualquer coisa que alguém diga, mesmo que num discurso improvisado... - além de que, naquele segundo post, reconhece que errou mas faz disso uma virtude: quase o único político que reconhece... no fundo, deixa transparecer a ideia que até foi muito bom ter escrito aquele primeiro post: não nos enganemos. O primeiro post é criticável e está errado. Ponto. Virar o bico ao prego, com o bla-bla-bla a seguir é mesmo tergiversar e manipular.
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