Foi há 30 anos
Não sou fã daquilo que se resolveu apelidar da música dos anos 60 e muito menos dos anos 70. Mas os génios serão sempre génios e não podem ser colados a rótulos. Talvez por ter crescido numa casa onde os mais velhos eram incondicionais admiradores de Elvis Presley e onde nos velhinhos gira discos tocavam todos os albuns deste génio do rock fui crescendo a admirar também a força deste branco com voz de negro. Uma voz única que fazia o que mais nenhuma era capaz. Fui crescendo a aprender a força dos blues e a emoção do Rock'd Roll. Descobri com Elvis o que era o Gospel.
Personagem excentrica, que viveu uma curta mas intensa vida até que o álcool e os medicamentos, e não drogas como algumas pessoas dizem, o mataram, faz hoje 30 anos. Mataram o corpo mas Elvis ficou sempre vivo como prova tudo aquilo que se passou e passa desde 1977. Eles são sósias, covers. São programas de televisão, filmes, documentários e livros. São discussões e fóruns de debate. Elvis não morreu. Nem morrerá.
Todos os dias há filas de pessoas na sua campa em Graceland, só para estarem junto dele e hoje estima-se que mais de 160 mil pessoas se desloquem lá só para homenagear o génio.
Tenho 34 anos e quando Elvis morreu tinha 4 anos. Nunca o vi nem ouvi enqanto vivo, mas é fantástico que uma das poucas recordações que ainda mantenho da infancia, (da fase em que se tem 3, 4 ou 5 anos relembra-se muito pouco) é do dia em que foi anunciado que Elvis tinha morrido e do "luto" que se pôs lá por casa e que depois soube tinha sido extensivo um pouco a toda a Alemanha, onde eu vivia. Anos depois tive a mesma sensação quando morreu Ayrton Sena e recordei também Elvis. Um vazio e um luto nacional. Um país que pára para ver um funeral. Ou melhor, um mundo que pára. Será que será esse o destino dos predistinados?
Foi há 30 anos mas como já disse atrás:Elvis não morreu. Só deixou de ser físico.
Etiquetas: Daniel Arruda
2Comenta Este Post
Pois eu não me lembro de quando Elvis morreu...sou um bocadito (gostaste do bocadito???) mais velha que tu e na altura devia andar entretida a correr atrás da Revolução...quanto ao resto, tens razão.Ainda hoje mexe num ponto qualquer cá dentro...
Eu nessa altura ainda não pensava em revoluções. Fruto da idade. A única coisa que eu revolucinava na altura era a vida dos meus pais.
:)
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