Voltei de lá.

Tudo o que é bom acaba depressa e as minhas férias não fugiram à regra. Este ano e pela 1ª vez desde que existe o Troll e já lá vão 3 anos estive de férias também aqui da assoalhada. Porque precisava de estar longe. Tentei ler o mínimo de jornais possíveis, ver o mínimo de telejornais e andar com o telemóvel desligado a maior parte do tempo. Já sei que alguns amigos desesperaram com o facto mas os voice mail existem para alguma coisa. Não passei ao lado do essencial, no entanto. É impossível numa sociedade como a nossa. Não vou por agora falar do Sá Fernandes e do acordo com o PS. A minha posição é a que está descrita no post da Isabel e para mim as discussões políticas fazem-se nos locais próprios a menos que a situação nos obrigue a tomar outras medidas e para já fica assim. Não passei ao lado das polémicas do PSD nem das visitas à Madeira. Não passei ao lado das patéticas declarações da Minístra da Educação no Parlamento. Não passei ao lado das convulções do CDS de Paulo Portas nem das declarações estapatafurdias de Manuel Alegre e da grande resposta de Pulido Valente. Mas olhei com outros olhos. Olhos de quem apenas queria saber o essencial sem se preocupar com as implicações. Do género: O Mendes foi á Madeira? OK, e eu vou ao banho que cá fora está quente.

Este ano foram 15 dias dedicados ao "dolce fare niente" aos banhos com o meu filho nas águas frias da Nazaré, aos parques aquáticos, aos almoços e jantares, aos doces (desses abusei, especialmente de um bolo chamado paleco, especialidade de uma casa com o mesmo nome, Café Paleco). E também abusei dos bivalves, a minha perdição. Um quase enjoo de Berbigão e Ameijoas. Os únicos jornais que entravam em casa eram os desportivos porque esses de informação relevante trazem pouco e são verdadeiramente lúdicos para a época de férias.

Curiosamente foi neste não fazer nada que surgiram as ideias para postas que irei aqui reproduzir se a situação se proporcionar e se mantiver actual a razão de ser das ideias. Realmente a paz de espírito é fantástica para a cabeça voltar a funcionar normalmente.

Por fim tenho de agradecer á Isabel e ao Leal Franco por tão bem terem tomado conta da casa mas acreditem que a mim fazia-me mesmo falta este periodo de ausência.