Nem sempre é fácil...
A Mesa Nacional do Bloco de Esquerda, ratificou ontem o Acordo BE/PS para a Câmara de Lisboa.
Desde o 1º dia que manifestei a minha convicção de que este é um mau acordo para o Bloco e que foi um erro politico a sua assinatura. Mantenho a posição e, consequentemente, votei contra a sua ratificação. Também porque se tratava de ratificação. E num Partido democrático não pode haver factos consumados.
Este Acordo não é o fim do Bloco de Esquerda. Este Acordo coloca ao Bloco desafios muito difíceis.
Temos que mostrar dia-a-dia aos nossos eleitores que somos alternativa ao neo-liberalismo do PS. Também em Lisboa. E se, no País, até hoje, temos desempenhado esse nosso compromisso político e essa nossa génese, temos que ter consciência de que, agora, em Lisboa, o caminho se encontra mais espinhoso e armadilhado.
Temos que mostrar no dia-a-dia aos nossos militantes que conseguimos ultrapassar os laivos de centralismo democrático que a forma com que este processo decorreu, evidenciou.
O Acordo de Lisboa não é o fim do Bloco. Se algum dia o Bloco deixar de ser, em todas as cirucunstãncias e em todos os lugares, a alternativa ao neo-liberalismo, será o fim do Bloco.
O Acordo de Lisboa não é o fim do Bloco. Se algum dia o BE se transformar num Partido estalinista, será o fim do Bloco.
O Bloco só sobrevive como alternativa ao PS e ao PCP. Lá fora e cá dentro. Foi para isso que o "fizemos".
Na CML foi aprovada a extinção da EMARLIS com a salvaguarda dos postos de trabalho.
O campo de tiro de Monsanto foi encerrado.
Desde o 1º dia que manifestei a minha convicção de que este é um mau acordo para o Bloco e que foi um erro politico a sua assinatura. Mantenho a posição e, consequentemente, votei contra a sua ratificação. Também porque se tratava de ratificação. E num Partido democrático não pode haver factos consumados.
Este Acordo não é o fim do Bloco de Esquerda. Este Acordo coloca ao Bloco desafios muito difíceis.
Temos que mostrar dia-a-dia aos nossos eleitores que somos alternativa ao neo-liberalismo do PS. Também em Lisboa. E se, no País, até hoje, temos desempenhado esse nosso compromisso político e essa nossa génese, temos que ter consciência de que, agora, em Lisboa, o caminho se encontra mais espinhoso e armadilhado.
Temos que mostrar no dia-a-dia aos nossos militantes que conseguimos ultrapassar os laivos de centralismo democrático que a forma com que este processo decorreu, evidenciou.
O Acordo de Lisboa não é o fim do Bloco. Se algum dia o Bloco deixar de ser, em todas as cirucunstãncias e em todos os lugares, a alternativa ao neo-liberalismo, será o fim do Bloco.
O Acordo de Lisboa não é o fim do Bloco. Se algum dia o BE se transformar num Partido estalinista, será o fim do Bloco.
O Bloco só sobrevive como alternativa ao PS e ao PCP. Lá fora e cá dentro. Foi para isso que o "fizemos".
Na CML foi aprovada a extinção da EMARLIS com a salvaguarda dos postos de trabalho.
O campo de tiro de Monsanto foi encerrado.
Foi para isto que votei e elegi Sá Fernandes como vereador.
Sempre que a CML tomar medidas para as quais não elegi o meu vereador, cá estarei para as denunciar. Sempre que tomar medidas para as quais elegi o meu vereador, cá estarei para as apoiar.
Este não é o meu Acordo. Mas Sá Fernandes é o meu vereador. E o Bloco o meu Partido.
Nem sempre a vida é fácil...
Sempre que a CML tomar medidas para as quais não elegi o meu vereador, cá estarei para as denunciar. Sempre que tomar medidas para as quais elegi o meu vereador, cá estarei para as apoiar.
Este não é o meu Acordo. Mas Sá Fernandes é o meu vereador. E o Bloco o meu Partido.
Nem sempre a vida é fácil...
Etiquetas: Isabel Faria
10Comenta Este Post
"Temos que mostrar no dia-a-dia aos nossos militantes que conseguimos ultrapassar os laivos de centralismo democrático que a forma com que este processo decorreu, evidenciou".
Poderia explicar melhor a frase?
José Manuel, não entrarei aqui em pormenores, a não ser aqueles que são do conhecimento público. Creio, no entanto, que são suficientes.
Esta questão deveria ter sido discutida pelas bases do Partdo e não foi.
Esta questão,poque representa uma alteração na politica do Bloco,deveria ter sido discutida e aprovada pelo orgão máximo do BE entre Convenções, a Mesa Nacional, e não foi.
Discutida e aprovada. Ratificação quer dizer, segundo o dicionário, verficação, confirmação. A MN do BE, pelos estatutos, aprova alterões politicas entre duas convenções.Aprova, não confirma nem verifica.
A CP do Partido tornou vinculativo um acordo que as bases não discutiram (tornou, na prática, vinculativo).E que a MN não aprovou.Uma das regras do centralismo democrático impõe.
O que havia agora a discutir era a sua manutenção ou os riscos da sua denúncia.
Reconheço, no entanto, que a minha veia não leninista me faz, às vezes, confundir centralismo democrátco com estalinismo...mas no final a preocupação é a mesma. Seja algo imprecisa (ou redutora)e chame-lhe centralismo democrático ou seja radical e chame-lhe estalinismo, o BE vai ter que ultrapassar os laivos da política de Facto Consumado que este Acordo significou para os seus militantes.
E não tenhas dúvidas, José Manuel, este Acordo deixou sulcs (a votação de ontem, acabou por nada ter a ver com a realidade, nem com as dúvidas, nem com os alertas, manifestadas pelos militantes do BE nas Assembleias porque passei)porque foi feita em circunstâncias e em tempo difeente)no BE.
Pela minha parte, e apesar de ter sido das que te mais dúvidas e fez mais alertas, tudo farei para que os sulcos não se tornem rasgos.
Tanto como não apoiar o PS não me apetece militar no PC.Tenho a certeza que neste caso sei que a maioria dos aderentes do BE pensam o mesmo que eu. Mesmo que chames a esta certeza, presunção.
"Uma das regras do centralismo democrático impõe", falta um que.
"Uma das regras que o centralismo democrático impõe.
Descupa.
Se regras há, deviam ser cumpridas. Embora não esteja dentro dos contornos de todo este processo não creio que a coligação possa ser má de todo, isto é, tenho em boa consideração todo o trabalho do Sá Fernandes e do BE, por isso creio que se se mantiver a seriedade com que nos habituaram, será feito um bom trabalho e o BE sairá com boa imagem desta ligação ao PS. Não podemos ser sempre do contra só porque queremos ser alternativa.
Quanto ao papel de alternativa do BE em relação aos restantes partidos, creio que ainda muito falta fazer. O BE passa a imagem de contestatário, mas ainda falta apresentar propostas concretas e um modelo claro de rumo para o país. Quero com isto dizer que temos que apresentar à sociedade o que verdadeiramente é o projecto do Bloco: queremos um país privado e capitalista ou defendemos o sistema público? O sistema nacinaol de saude caminha para onde e o que faz o bloco para evitar isto? A educação é cada vez mais privada e o que diz o bloco sobre isto? O que faremos para la chegar? Esta mensagem passa deturpada ou não passa de todo para o povo. Passa sim os "fait-divers" do milho espezinhado...
A verdadeira alternativa será falar claro e quebrar os dogmas da sociedade portuguesa ainda fortemente salazarenta no seu âmago.
Isabel, tenho pena que não me tenhas faladao neste texto antes de o assinares. Te-lo-ia subscrito contigo. Nada mais tenho a acrescentar.
Olenellus, espero que tenhas razão e eacredita que serei o 1º a vir a esta tribuna dizer que me enganei. Só daqui a dois anos saberemos.
Isabel, a pena deveria ter sido seguida de rsrsrsrsrs pois não há nada de crítico nisso. Foi apemnas uma brincadeira.
Confundir o "centralismo democrático" com as práticas burocraticas que os estalinistas introduziram nos partidos comunitas é de bradar aos céus!
Parem de fazer favores verbais à cassete anti-comunista.
Pois é Rui Faustino, talvez achasses que deveria entrar aqui a parte da auto-crítica...mas que fazer? (pois eu ler, até li...), não sou mesmo leninista.
E quanto a fretes, já estou mais ou menos vacinada. Já não me tiram o sono as acusações de anti-comunista. Até porque nem nunca disse que o era. Muito menos a de fazer fretes.
Ainda a semana passada me diziam que fazia fretes ao PC...o incoveniente de o PC também não ser comunista é que nem isso te posso apresentar como abonatório.
Olenellus, eu também tenho na maior conta o papel do Sá Fernandes. Se vens passando pelo Troll sempre aqui o deixei claro.
A minha questão não era /é se acho que devemos sempre ser do contra (que não acho), a minha questão é se com 1 vereador em 7, e sendo os outros 6 deste PS, vamos a algum lado com este Acordo. Se vamos conseguir obrigar o Costa a cumprir o nosso programa, ou , pelo menos o Acordo que firmou, ou se vamos acabar por ser a máscara de Esquerda que ele precisa, para contrabalançar as políticas de Direita do Governo e que ele próprio, não tenho dúvidas, tentará implementar em Lisboa.
Estimada Isabel Faria: temo que esta primeira "aliança" seja o princípio do fim do Bloco.
Digo eu...
Saloio
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