Curto pensar que continua coradito....
Ontem fui dar com uma carta de amor minha (ok, não era bem uma carta, era um papelzinho, tipo cartão de visita), dentro dum livro do Vergílio Ferreira. Era do tempo em que não havia Blogs, nem Net, nem sequer PCs (destes, com teclas), presumo.
O papel estava amarelucho e dizia mais ou menos assim:
O papel estava amarelucho e dizia mais ou menos assim:
" Mesmo que isto um dia acabe - e acaba sempre um dia - quando nos reformarmos, havemos de ir, nem que seja de bengala, apanhar Sol no nosso jardim. E ouvir a nossa música".
Ponto. Não tinha destinatário. Não tinha data.
Presumo, também, que o "isto" acabou mesmo, mas não faço ideia com quem marquei encontro num jardim para daqui a menos de 20 anos. Ainda pensei que poderei não ter entregue o papel, mas lembro-me que quando escrevia papelitos de amor, tipo cartão de vista, ou maiorzitos, fazia sempre 238 versões, antes da definitiva, que era, finalmente, entregue...num dia qualquer, depois de "isto".
Pelo que me lembro dessas alturas, quando os papeluchos surgiam era quando o "isto" já estava com problemas de circulação ou de falta de ferro. Enquanto o "isto" estava rosadito, não havia papéis. Melhor, papéis podia haver, mas não falavam em acabar istos ou aquilos...
Estou, portanto, com um problema: não sei qual é o jardim. Nem qual o CD que devo levar. O livro é de 1985...não faço ideia se era uma paixão de 85...anterior a 85 e o papel passou de outro lado para dentro do livro...se comprei o livro bem depois de 85...sei que entre 89 e 91, 92, não devo ter tido tempo para "isto" e muito menos para me comprometer em ir de bengala onde quer que fosse, porque o meu filho nasceu em 90 e entre carregar a barrigona, dar leite, mudar as fraldas, convencê-lo que creme de cenoura era o must e correr para o médico em cada borbulha nova, não fiquei com tempo nem para pegar na caneta, quanto mais para escrever cartas, ou sequer, cartões de amor, de paixão, ou similares.
Este post, aqui num intervalo entre duas reuniões, é, então, para isso. Se eu me comprometi com alguém em ir de bengala a algum lado, não se acanhem. Podem contactar-me no Troll.
Entretanto, cá por coisas, agora sempre que tiver que marcar encontros para depois da reforma, ou até para depois "disto" eu ponho sempre o destinatário...se bem que como disse lá atrás (a reunião é só às 16.30, tenho, portanto, tempo para engonhar e não me apetece escrever sobre o Sócrates ou o BCP...) quer-me parecer que, contrariamente ao preço do petróleo, eu estou um bocado mais estável. Estou numa fase em que as pré-marcações para depois da reforma parecem rarear.
Talvez não seja da idade nem nada. Talvez apenas sinal que o "isto" está sem problemas de falta de ferro. Continua bem encarado. Gosto da ideia.
Presumo, também, que o "isto" acabou mesmo, mas não faço ideia com quem marquei encontro num jardim para daqui a menos de 20 anos. Ainda pensei que poderei não ter entregue o papel, mas lembro-me que quando escrevia papelitos de amor, tipo cartão de vista, ou maiorzitos, fazia sempre 238 versões, antes da definitiva, que era, finalmente, entregue...num dia qualquer, depois de "isto".
Pelo que me lembro dessas alturas, quando os papeluchos surgiam era quando o "isto" já estava com problemas de circulação ou de falta de ferro. Enquanto o "isto" estava rosadito, não havia papéis. Melhor, papéis podia haver, mas não falavam em acabar istos ou aquilos...
Estou, portanto, com um problema: não sei qual é o jardim. Nem qual o CD que devo levar. O livro é de 1985...não faço ideia se era uma paixão de 85...anterior a 85 e o papel passou de outro lado para dentro do livro...se comprei o livro bem depois de 85...sei que entre 89 e 91, 92, não devo ter tido tempo para "isto" e muito menos para me comprometer em ir de bengala onde quer que fosse, porque o meu filho nasceu em 90 e entre carregar a barrigona, dar leite, mudar as fraldas, convencê-lo que creme de cenoura era o must e correr para o médico em cada borbulha nova, não fiquei com tempo nem para pegar na caneta, quanto mais para escrever cartas, ou sequer, cartões de amor, de paixão, ou similares.
Este post, aqui num intervalo entre duas reuniões, é, então, para isso. Se eu me comprometi com alguém em ir de bengala a algum lado, não se acanhem. Podem contactar-me no Troll.
Entretanto, cá por coisas, agora sempre que tiver que marcar encontros para depois da reforma, ou até para depois "disto" eu ponho sempre o destinatário...se bem que como disse lá atrás (a reunião é só às 16.30, tenho, portanto, tempo para engonhar e não me apetece escrever sobre o Sócrates ou o BCP...) quer-me parecer que, contrariamente ao preço do petróleo, eu estou um bocado mais estável. Estou numa fase em que as pré-marcações para depois da reforma parecem rarear.
Talvez não seja da idade nem nada. Talvez apenas sinal que o "isto" está sem problemas de falta de ferro. Continua bem encarado. Gosto da ideia.
Etiquetas: Isabel Faria
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