"Em nome do Pai"

Ontem, no canal Hollywood, passou o "Em nome do Pai". Só tinha visto o filme uma vez, no cinema, aquando da sua estreia e confesso que me tinha esquecido da sua beleza e da sua força. Da ternura que transparece das cenas na prisão entre Gerry e seu pai. Da emoção que se solta juntamente com os pedaços de papel a arder que caem das celas dos presos da prisão de alta segurança aquando da morte de Giuseppe. Da cumplicidade que se cria em situações limites.
Tinha esquecido a força da cena em que o Gerry salva o guarda inglês que o dirigente do IRA, o verdadeiro responsável pelo atentado que custou quinze anos de prisão a quatro inocentes, que o polícia e a politica inglesa arranjaram como bodes expiatórios e trunfo para futuras eleições, tinha incendiado. Do filme lembrava-me do tema e da magistral interpretação de Daniel Day-Lewis. De pouco mais.
Ontem, depois de o ver pela segunda vez, confirmei que nunca se deve ver um bom filme apenas uma vez. Há sempre pormenores, imagens, sentimentos e palavras que nos escapam, entretidos que estamos a olhar a "história".

Claro que da primeira vez também nunca me apercebi do poster do Benfica pendurado na cela de Gerry e Giuseppe Conlon (Daniel, viste o filme??).

Não me tinha esquecido da música com que o filme começa. E que aqui deixo para vos dar vontade de reverem urgentemente "Em nome do Pai".