O meu tributo a um grande clube

Para quem me conhece sabe que sou um amante do Futebol e do desporto em geral e hoje foi dia de futebol. Não sou dos que digo nem que seja da boca para fora que gosto que as equipas portuguesas ganhem na UEFA, só porque são portuguesas, até porque, por exemplo, no caso das equipas madeirenses a sua nacionalidade é discutível. Mas não só por isso. Eu não consigo ver um jogo do Porto ou do Sporting e torcer por eles. Muito antes pelo contrário. Torço pelo adversário. Quando são equipas como o Braga, Belenenses ou Paços de Ferreira é-me indiferente. Vejo o jogo se, por acaso, estiver a ser bem jogado. O Vitória Sport Clube, vulgo de Guimarães, é diferente. Com o Vitória vibro e sofro também. Porque é um clube que eu gosto particularmente (sempre que não joga com o meu Benfica). Admiro a sua massa adepta pela sua paixão e febre. Por isso hoje vibrei, gritei, festejei e sofri com o jogo de St Jacobs Park. Por isso hoje também me senti roubado com a anulação do golo que daria a eliminatória e com os 2 penaltys não assinalados na 1ª mão.

Hoje lembrei-me inúmeras vezes daquele Vitória que me fez gostar do clube. Aquele que foi aos 1/4 de Final da Taça UEFA em 86/87, treinado por Marinho Peres e que tinha jogadores como Jesus á baliza, Basílio e Matias na defesa, Ademir, N'Dinga no meio ou Paulinho Cascavel no ataque. Porque, pelo menos desde dessa altura, o Guimarães é um clube que, por tradição, joga para ganhar, mesmo quando as coisas lhe correm mal. Por isso é que de Guimarães sairam jogadores como Pedro Barbosa, Vitor Paneira, Dimas, Zahovic, Pedro Mendes, Fernando Meira ou Paulo Bento entre tantos outros para vingarem em grandes clubes europeus. Por isso é que 4 dos melhores guarda redes Portugueses jogaram lá. Para além do já referido Jesus, jogaram lá Silvino, Damas e Neno.

Sou insuspeito de ser do Vitória, pois todos conhecem a minha cor clubistica mas, de facto, e como a grandeza não se mede só em títulos, o Vitória Sport Clube é um dos grandes de Portugal e hoje caíu de pé.