Vergonhoso em toda a linha
Infelizmente que o país continua a ser este e as situações são as que são. Felizmente que eu não sou professor, pois deve ser das profissões que devido à acção dos sucessivos governos mais desprestigiada tem sido. Mas isso não me impede de lhes reconhecer na sua maioria, o mérito de, muitas vezes em situaçãos adversas, serem parte integrante e fundamental na educação dos nossos filhos.
Mas há, para mim, enquanto cidadão, pessoa de esquerda e dirigente do BE uma coisa pior. É que o meu partido, em vez de se afastar destas coisas sem nexo continua a participar em listas unitárias com gente que vê no sindicalismo não uma forma de mobilizar a classe mas sim uma correia de transmissão das ideias do PCP. Unidade nas lutas sim. Sempre que tal se justifique a bem das pessoas o que manifestamente não é o caso do sindicalismo. É que no sindicalismo infelizmente ainda não se conseguiu descobrir a diferença ente unidade e unicidade.
Etiquetas: Daniel Arruda
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O impressionante é que o que dizes aplica-se a grande parte do nosso actual sindicalismo.
Eu sou leiga na matéria, mas aquilo que me chega aos ouvidos vai sempre na direcção de que só fazia bem aos nossos sindicalistas serem obrigados a 'descerem ao terreno' e trabalhar na sua profissão com regularidade.
Só que o caso dos professores é de facto paradigmático!
Tenas toda a razão, Daniel.
O Bloco tem a obrigação de não se deixar sujeitar aos ditames dos calendários do Movimento Sindical. Até porque neste caso concreto nem poderiamos ser acusados dos habituais epitetos de "divisionistas". Havia um manifestção convocada e marcada. O SPGL e a FENPROF marcou outra, antecipando-se à 1º e tentanto tirar-lhe o sentido.
Como eu ainda sou do tempo daquela palavra de ordem de " a emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores" e continuo a rever-me nela, estarei na manifestação do dia 15, a manifestar a minha solidariedade.
Pelos seus direitos e pela opção de lutar contra o caminho "da derrota em derrota até á derrota final!".
Apesar da denuncia vir do patronato, aquela noticia de certo sindicato , exigir uma parte da indeminização aos trabalhadores para custos , quando as fabricas fecham, é no minimo estranha.
É logico que os processos de falencia, e a defesa dos direitos dos trabalhadores, assim como os advogados custam dinheiro.
É sabido que muitos trabalhadores não pagam quotas e só recorrem aos sindicatos em momentos de aperto.
Mas a noticia na forma como foi divulgada, desacredita o movimento sindical.
Sobre as duas manifestações , não tenho informações, mas desde as ultimas greves e manifestações,que se vinha a assumir um movimento autonomo aos sindicatos, com base nas escolas, e não controlado partidariamente, é logico que o Mario Nogueira e Companhia conseguiram numa primeira fase enquadrar esse movimento, parece que agora não o conseguiram, e então partem para a divisão, como é habitual no PCP quando não consegue controlar as lutas.
Estranho é o papel dos sindicalistas ligados ao Bloco.
Aliás esta atitude do BE de não querer ser apelidado de divisionistas, acaba realidade, por fazer o jogo do PCP.
Não vem para aqui chamado , mas para ver a maneira de pensar do PCP, é ver a forma como a JCP do Açores , em entrevista ao Açores On-line reagia ontem ao resultado do BE.
http://www.acorianooriental.pt/noticias/view/175937
Depois proponham acordos com o PCP ( Luta Socialista).
A esquerda socialista que é o Bloco não deve andar a reboque do PCP nem fazer convites de putativos acordos. Eles nunca se sentarão a discutir política com o BE.
José Manuel, já estamos em campanha eleitoral? É que se estamos então voltemos ao post e deixemos o resto para outras ocasiões e lugares mais apropriados. Quem não aposta em clarificações no movimento sindical não é o Luta Socialista. Quem anda há anos a bater-se por criar alternativas às direcções burocratas e autistas do nosso Movimento Sindical, dito unitário, está no Luta Socialista.
Aliás, este post era exactamente a critica de um camarada que faz parte da Luta Socialista à ausência de demarcação do Bloco de Esquerda em relação às direcções sindicais controladas pelo calendário do PCP e que tentam a todo o custo controlar e demobilizar as lutas dos professores. Como o PCP faz a tudo que não controla completamente. E como o BE deixa que o PCP faça no Movimento Sindical. Mas não é o Luta Socialista. É a linha mairitária do Bloco, que, democraticamente aceitamos, mas que não subcrevemos.
Como vês não vale a pena misturar as coisas. A seu tempo se falará nos acordos que dizes que defendemos. Ou porque estamos em processo de convenção, agora já não podemos concordar uns com os outros (concordas com post do Daniel, presume-se pelo teu comentário ou não?)e temos que passar três meses a procurarmos as divergências ou as possíveis divergências?
É que José Manuel,eu pretendo mesmo deixar a campanha eleitoral dentro do partido...para dentro do Partido. Este comentário para já é a excepção que confirmará a regra.
Anónimo, concordo completamente com a tua análise.
Espero que o BE acabe, pelo menos, por apoiar as duas manifestações, não deixando de clarificar que o papel divisionista neste caso cabe às direcções do SPGL e da FENPROF. Se há la camardas do Bloco? Paciência. Ou demarcam-se desse papel ou aceitam-no. O Bloco não tem que lhes impor nada (não somos os PCP), mas isso não pode servir de alibi para o Bloco não se demarcar deses métodos de barbas.
Concordo 100% com o post do Daniel.
Os professores devem ter obviamente toda a liberdade para se manifestarem independentemente do " toque" a reunir da Fenprof, esta comete um erro imperdoável ao criticar a manif de 15 de Novembro.
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