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sexta-feira, outubro 17, 2008

RIP ou quase...



Viver em grupo nunca foi tarefa fácil. Quanto maior o grupo...mais árdua a tarefa. Pensar que isto muda porque se trata da vida por detrás da um monitor, demonstra alguma ingenuidade.
Junta-se a isto outras características próprias dos seres humanos: egos com tamanhos mais ou menos assinaláveis; relações que se forçam, para alimentar/suportar "o grupo" entre pessoas que mal se conhecem ou em que um conhece um dos outros que por sua vez conhece o outro, acabando por parecer aqueles esquemas de vendas em pirâmide; arrogâncias de vária espécie e intensidade; ilusões (de que se pode conviver e aceitar por detás do monitor, coisas, atitudes, ideias que não se suportariam no mundo real, por exemplo) ...
Já passei por um Blog colectivo com muita gente. Passei nele momentos inesquecíveis. Descobri pessoas que guardarei para sempre, mesmo que a muitas dela tenha perdido o rasto, muitas daz vezes por inteira responsabilidade minha. Talvez por ter sido a primeira experiência, no tal mundo por detrás do monitor, aprendi que um Blog colectivo só funciona se não tiver mais que três, no máximo, quatro pessoas. Se qualquer uma dessa pessoas tiver um ego tamanho M (tamnha S é muito pequeno e acaba cilindrado por comentadores e comentários atrevidotes ou sacanotes; tamanho L já ocupa o lugar do (s) co-inquilino (s) ). Se cada um só pensar no Blog como instrumento de prazer e nunca lhe passar pela cabeça usá-lo (ou que ele possa servir) como instrumento de poder.
Se, a juntar a isto, as pessoas que o constituem tiverem entre elas relações de afecto, de cumplicidade, de respeito mútuo, pode-se tornar um Blog de cabelos brancos e de bengala.Doutra forma, não resiste. Morre criança ou, nos melhores e muito raros casos, chega ao liceu.
Como não resistiu o Aspirina B. Como não resistiu o Cinco Dias. E é pena....
O prazer de fazer o Troll advém-me exactamente do mesmo lugar de onde me advém o prazer de uma boa conversa com o Franco ou com o Daniel. E mesmo que, por vezes, as conversas sejam mais raras, exactamente como a nossa participação individual no Blog, o prazer encontrado em cada uma delas não esmorece nem arrefece.
Um Blog colectivo só funciona, para mim, se me imaginar a ter tanto prazer a ler um post de quem comigo o partilha como a beber uma cerveja ou a discutir tapetes de Arraiolos ou a praga de mosquitos que me invade a cozinha. Um Blog colectino não precisa, para funcionar, que todos pensemos da mesma forma sobre tudo...apenas, que cada um não esteja convencido que é o dono da verdade. E que nunca se perca a noção da dignidade e da lealdade.
Pensar que se pode partilhar um Blog com quem nunca encontrariamos prazer em discutir tapetes de Arraiolos ou mosquitos é uma ingenuidade. Pensar que se pode partilhar um Blog com quem não hesitamos em enxovalhar na via pública é uma estupidez.
E è pena que a ingenuidade e a propensão para ter mais olhos que barriga acabem por matar lugares que nos dava prazer frequentar.
...
Não me importo nada que tenhamos um Bloguinho. Que não pensemos que com ele vamos fazer a Revolução, mudar o mundo, mudar os homens, ser convidados para seminários e palestras, conhecidos no autocarro e ter as revistas cor de rosa à porta. Que não tenhamos milhares de visitantes e centenas de comentadores. A única coisa que me importaria era perder o prazer de nele escrever. E deixar de me apetecer falar de mosquitos com o Daniel ou o Franco. E o Troll deixaria de fazer sentido no dia em que, em vez de fazer uma chamada ao Franco ou ao Daniel escrevesse um post com recados para qualquer um deles. È a certeza que sobre isto pensamos todos da mesma forma, que mantém, o Troll pequenino...mas vivinho. Enquanto outros adoecem e, algumas vezes, morrem.

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9Comenta Este Post

At 10/18/2008 2:27 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

Um beijo para ti, 'sabelinha.

 
At 10/18/2008 8:11 da manhã, Blogger F Nando escreveu...

Apoiado!

Bom fim de semana

Beijos

 
At 10/18/2008 11:25 da manhã, Blogger Isabel Faria escreveu...

E outro para ti, Rogério. E não curto nada o nome da novel casa.

 
At 10/18/2008 11:26 da manhã, Blogger Isabel Faria escreveu...

Nando, obrigado. Para ti também. Descansa ou diverte-te, conforme achares mais indicado!!!

 
At 10/20/2008 10:32 da manhã, Blogger cereja escreveu...

A semana passada tinha (já não sei se em post se em comentário ) a propósito de um post com cento e tal comentários no 5 dias, dito que se sentia que aquilo estava a 'rebentar' e fiz a mesma analogia com o Aspirina.
Este fim de semana estive longe e sem net, e ao voltar vejo que aquilo que estava a agoirar sempre se tinha dado afinal.
Não podes ter mais razão. E para mim o «grupo» em blog tem mesmo um limite - 6, 8 no máximo [até vou um pouco mais longe do que tu, apesar de também pensar que o 4 é um número simpático e que permite esse convívio sem confusões]. A partir daí é uma certa bagunça, ou então há os que têm lá o nome mas só 'porque sim' e não escrevem nada.
Porque mesmo para quem vai ler, mais de 8 opiniões diferentes, torna-se muito confuso...
Vamos ver os capítulos que se seguem.

Por mim, como se calhar o 'ego' é grandito, agora ando a dar-me bem com a 'solidão'. :D

 
At 10/20/2008 2:25 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

é o futuro do troll. o desentendimento entre os q defendem o JSF - o senhor das barbas e o daniel - contra quem odeia o JSF - a bel, vai levar isso ao final do trolley-urbano.

 
At 10/20/2008 3:24 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Arménio, lá está esse tão bonito sentido de humor...

 
At 10/20/2008 3:25 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Émièle, eu não me daria bem com a solidão, apesar dos meus colegas de Blog andarem algo mandriões, gosto de abrir o Troll e ver es fotos ali em cima...dá-me a sensação de estar acompanhada!!
E espero sempre que eles me surpreendam e metam três ou quatro posts num dia!!

 
At 10/23/2008 3:14 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

sempre gostei de blogs colectivos e não me veria a ter um só meu. a graça toda é conhecer pessoas novas um bocadinho mais de perto. e umas vão ficando. outras também não desaparecem, porque já lá estiveram e têm o seu espaço num passado que se lembra com prazer. nunca me zanguei com ninguém, mesmo se fui mudando de blog.
beijos, isabel e emiéle. :)
(tens aí um «daz»)

susana

 

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