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quarta-feira, janeiro 07, 2009

Dormindo com o inimigo

Que me lembre já escrevi posts sobre este tema, pelo menos, quatro vezes no Troll. Normalmente coincide com as datas em que surgem os relatórios do ano anterior.

Há milhares de pessoas que morrem vitimas de guerras. Milhares vitimas de repressão. Mas a violência doméstica tem algo que a torna ainda mais desconcertante: as 45 mulheres que foram assassinadas em 2008, como as que são assassinadas todos os anos, são vitimas da violência dos homens que amaram, que amam (hesito, tempo infinito, em escrever o verbo no presente. Quem está de fora nunca entenderá como é possível que haja quem teime em o fazer). Com quem fizeram as suas vidas. Muitas vezes, pais dos seus filhos. Estas mortes, normalmente, culminam anos de violência física e psicológica diária, de ofensas, de agressões, de marcas que ficarão para sempre. Mesmo que a morte, ou melhor, a morte física, não seja o culminar da história.

Nunca serei capaz de contabilizar a violência pelo número de mortes. Para mim, cada vida, uma vida, vale uma vida. A vida. E a ideia de se morrer, de se sofrer às mãos de quem se amou e em quem se confiou, se ama ou se confia, seja mulher ou seja criança, ou seja homem (talvez seja tempo de não escondermos a cabeça debaixo da areia - a violência coonjugal, física e psicológica, também existe no feminino, apesar de seguramente mais rara e, sobretudo, fruto de uma cultura machista e hipócrita, mais escondida) quem se amou, com que se construiu uma vida, se fez filhos e se pensou criá-los, traz-me um desconforto enorme.

A distância que se percorre entre o desamor e a violência conjugal é-nos, para quem está de fora, incompreensível. Apesar das paragonas, refugiamo-nos sempre no só acontece aos outros...até que um dia bate à porta de uma amiga, de uma vizinha, de um familiar. Nem isso nos ajudará, nunca, a entender.

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1Comenta Este Post

At 1/07/2009 10:04 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

essas cenas de violencias e o caneco sao uma ganda chatice pa deviamos unir-nos e viver na paz e fumar ganzas pa

 

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