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quarta-feira, janeiro 21, 2009

Sem titulo

Foi para ti que criei as rosas.
Foi para ti que lhes dei perfume.
Para ti rasguei ribeiros
e dei às romãs a cor do lume.

Eugénio de Andrade

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At 1/21/2009 9:48 da tarde, Blogger FURA FURA escreveu...

As palavras

São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?

Eugénio de Andrade

 
At 1/22/2009 8:19 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Fura-Fura, sinto-me tentada em continuar a colocar poemas do Eugénio de Andrade...para levar outros em troca.

 

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