A vitória dos ausentes
Acho que Paulo Portas foi quem melhor se saiu, ontem, no debate. Ganhou em demagogia (é sempre interessante tentar ver quem ganha um debate, sendo a bitola a demagogia, quando se tem pela frente dois espécimes refinados qb), ganhou porque Sòcrates teimou em falar no "passado" e o problema é que, normalmente, neste País se tem a memória muito curta, mas ganhou, sobretudo, porque Sócrates perdeu a melhor oportunidade que tinha durante esta série de debates para aparecer com um discurso de Esquerda, que pudesse convencer qualquer incauto que por ali passasse e se conseguisse alhear dos últimos quatro anos de governação do PS.
Portas foi mais mal-educado que Sócrates, mas num debate tão rasca, a má-educção acaba por nem se notar por aí além...
Digamos que, assim, para resumir, entre um demagogo arrogante que não comete erros, que culpa a crise internacional, os marcianos e as bruxas más pelo que fez e o que não fez e um demagogo mal-educado que nos quer convencer que nunca esteve no Governo, venha o Diabo e escolha.
A tirada da guerra do Iraque de Sócrates é só rídicula...as ideias de Portas sobre o Rendimento Mínimo ou a segurança são ridiculas e perigosas. Mas isso já todos sabemos desde que Portas é...Portas!
Quem ganhou mesmo o debate? Quem quer que seja que, neste País, faça ou queira fazer política com seriedade e com credibilidade. Nenhum dos dois que ontem nos entraram casa adentro, portanto.
Etiquetas: Isabel Faria
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Não vi, por isso não posso opinar.
Mas este era um debate a feijões, tal como o de hoje entre o Jeronimo e o Louçã.
Debates que podem ter algum interesse são :
O Louçã versus Socrates
O Socrates versus Ferreira Leite
A Ferreira Leite versus Paulo Portas
Os outros são mais para cumprir calendario....
Lembro-me de numas Presidenciais, o debate entre a Maria de Lurdes Pintassilgo com o Freitas do Amaral,que acabaram a discutir filósofos......
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