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segunda-feira, janeiro 11, 2010

Um país em clima de pré campanha eleitoral

Fala-se muito num pacto de regime e num governo, a partir deste orçamento, bicéfalo. Discordo completamente. Por diversas razões. A 1ª das quais está á vista de toda a gente. Nunca um governo teve tanta pressa em cumprir na 1ª metade da legislatura as chamadas bandeiras eleitorais e a abrir portas para outras na próxima legislatura. É como se o país estivesse em plena pré campanha eleitoral, o que indicia claramente, a par de outras coisas, como a vitimização e os apelos ao diálogo "pro-forma", que o quase engenheiro Sócrates se está a preparar para no próximo orçamento fazer o governo caír.
Por outro lado porque está a dialogar comuma direcção partidária que antes de o ser já o era e apenas tem como objectivo condicionar os seus sucessores e criar condiçõe spara que surja do baronato do PSD um nome que lhe dê seguimento, coisa que sem este empurrão se afigura difícil. Se dúvidas havia as recentes (Sábado) declarações de Pinto Balsemão, vêm confirmar isso. Um partido que estava em fase de eutanásia agora já é vivo e corajoso. Tese aliás corrobada logo no Domingo por Marcelo Rebelo de Sousa e espera-se mais reacções.
Por outro lado e por erro político as bancadas parlamentares dos dois maiores partidos estão cravejadas de gente que só fazia sentido noutro cenário. Independentes demasiado independentes não combinam com aquilo que se quer de obdiência cega a uma liderança.
Por fim porque os restantes 3 partidos parlamentares ainda não perceberam que género de oposição deve ser feita a este governo. Parece que está tudo em fase de aprendizagem. É que se a luta aos governos minoritários nos tempos do imediatamente pós 25 de Abril era feito segundo uma cartilha pré definida, hoje, em 2010 não pode funcionar da mesma maneira. O CDS ainda espera o seu qinhão do poder, e transveste-se de tudo para o conseguir e o PCP e o BE parecem que ainda não aprenderam a passar a mensagem do que é que o Governo anda a fazer de mal. O PCP porque a cartilha não o permite e o BE porque abandonou a sua irreverencia que o marcou na fundação. Não basta ter razão no campo das ideias se não as conseguirmos passar a quem realmente interessa. Ao povo. E eu continuo a acreditar que a esquerda tem razão no campo das ideias.

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