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sábado, janeiro 26, 2008

Palestina

Quando penso na Palestina, o Mundo surge-me sempre de pernas para o ar. Os opressores, perseguidores, exterminadores de hoje, são os perseguidos, oprimidos, exterminados de há seis décadas. Numa imagem do filme " O muro de ferro", uma inscrição em hebraico: "àrabes para as cãmaras de gás".
A ONU e as suas resoluções não servem para nada. Os acordos de Paz são papéis inúteis. Israel é um Estado acima da Lei.
Os ghettos, o racismo, a fome é "caucionada" internacionalmente pelos amigos de Israel. O PS e o PSD aprovam no Parlamento um resolução que, legitimamente, critica os rockets palestinianos...e que esquece o Muro que os origina e alimenta.

O povo palestiniano divide-se, resultado, seguramente da sensação desgastante de quem já tentou tudo para ser livre. E de quem vê a liberdade cada vez mais longe. Mas de quem sabe que se for adiada será cada vez mais impossível de alcançar. Porque Israel se encarrega de minar por dentro, em cada colina, em cada oliveira arrancada ou em cada conduta de água, a sua terra.
Ontem, numa sessão no Museu da Republica e Resistência, no filme "O Muro de Ferro", de Mohammed Alatar, um palestiniano dizia que se não for ele a alcançar a liberdade para a sua terra e o seu povo SABE que os seus netos nunca viverão num País livre.
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Hoje, os jormnais noticiam que militantes do Hammas abriram brechas no Muro de Ferro, que os liga ao Egipto. Como o Mundo na Palestina anda de pernas para o ar, cá fora, através dos amigos de Israel, como o PS e o PSD, chegam ecos de agressões a soldados e do receio de Israel que, pelas brechas, saiam "terroristas" que cheguem ao seu seio. Lá dentro, os palestinianos, que cá fora, os amigos de Israel como o PS e o PSD, chamam "militantes do Hammas" , dizem que vêm procurar comer, colchões e dar a conhecer aos avós, os netos, que o bloqueio israelita impediu que conhecessem.
Cá fora, os amigos de Israel, como o PS e o PSD, chamam violência à explosão de um pedaço de Muro para sair para o Mundo. Como chamam cá fora, aqueles que se limitam a "pedir que Israel evite acções de bloqueio que afectem a população de Gaza" ao Muro que os retirou do Mundo?
Cá fora, os amigos de Israel não lhe dão nome. Aos Estados acima da Lei tudo é permitido. Até é permitido "pedir-lhes" que façam o favor, se isso não os incomodar muito, de não matar gente à fome ou deixar os hospitais sem electricidade ou os canos sem água.
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Convido todos a visitar o Blog do Comité Solidariedade Palestina, que ontem organizou a sessão no Museu da República e Resistência.

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6Comenta Este Post

At 1/26/2008 1:42 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Não conhecia o site, obrigadinho.O post é muito oportuno e muito bom.

 
At 1/26/2008 4:20 da tarde, Blogger samuel escreveu...

Os falcões israelitas jogam de forma vergonhosa com o "complexo de culpa" que meio mundo tem em relação ao seu povo, hoje transformado (alguns, pelo menos) numa imitação infeliz dos seus carrascos do passado.

 
At 1/26/2008 8:31 da tarde, Blogger cereja escreveu...

Apoiadíssimo.
E bom trabalho orientar-nos para o site!
De resto o samuel tem razão, as coisas deram uma volta de quase 180º e o Mundo mantem a culpa pelo holocaustro, confundindo israelitas com sionistas.
Não me esqueço também da imagem das meninas adolescentes a assinarem as bombas que iam cair em território libanês.

 
At 1/27/2008 1:02 da manhã, Blogger Isabel Faria escreveu...

FJ, ontem foi uma sessaão muito interessante e o filme´deveria ser de visão obrigatória para todos aqueles que diariamente se esquecem do sofrimento do povo palestiniano.
Vou colocar o Blog aqui ao lado para ser de fácil acesso.

 
At 1/27/2008 1:05 da manhã, Blogger Isabel Faria escreveu...

Samuel, é isso mesmo.
E o complexo de culpa por uma crime que não cometemos (os algozes do povo judeu têm cara e t~em nome), tem permitido décadas de crimes diários sobre um povo. E não apenas isso, se pensarmos bem. A não resolução do problema palestiniano ultrapassa em muito as fronteiras cada vez mais reduzidas da Palestina.

 
At 1/27/2008 1:07 da manhã, Blogger Isabel Faria escreveu...

Émièle, devias ter visto aquele filme e as imagens que por lá passam, também não as esquecerias nunca.

 

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