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quinta-feira, novembro 30, 2006

O nosso dicionário


O Bloco de Esquerda anda a distribuir um pequeno panfleto com o nome - Dicionário Insubmisso. Entre a escola e a vida, de A a Z.

Já o tinha visto na Sede, mas esta manhã o meu filho entregou-mo e teve outro sabor. "Tá muita giro", disse.

De vez em quando, quando algumas coisas parecem querer perder o encanto e eu própria me sinto cansada, sabe muito bem, pedacinhos deste Bloco que, às vezes, fruto de muitas conjunturas externas e de algumas condicionantes internas, me parece que abranda na sua vontade de ser diferente, na sua alegria, no não ter medo de colocar questões polémicas e de por elas lutar, na sua juventude, na sua vocação para ser insubmisso ...vou deixar aqui, durante uns dias, as Letras deste abecedário. Houve umas tantas que o meu filho escolheu como as suas preferidas. Se querem que vos diga, a escolha dele soube-me bem. Soube-me tão bem como descobrir este pequeno panfleto do meu Bloco.

Avaliação
Na escola não se pensa em mais nada: avaliação, testes, exames. Decorar, despejar tudo no teste e esquecer. Acabem com a paranóia das notas, deixem-nos pensar e aperender.

Bolonha
Processo de unformização e privatização do ensino a nível Europeu. Não obrigado!. Não queremos escolas pré-formatadas para ricos e para pobres.

Cartões magnéticos
Controlar todos os nossos movimentos, registar todas as nossas acções. Abaixo os muros.

Amanhã cá hão-de ficar mais umas letritas.

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4Comenta Este Post

At 11/30/2006 11:18 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

Gostaria de ter um!
Talvez consiga arranjar, nas minhas deambulações.
De qualquer forma, uma boa iniciativa, há que ser diferente.

 
At 11/30/2006 2:04 da tarde, Blogger Rita Inácio escreveu...

Olá Isabel!
Peço desculpa, mas não concordo com a definição de Bolonha, principalmente quando fala nas escolas dos ricos e dos pobres! O processo tem muitos erros, e não há um fio condutor que seja igual para todas as faculdades, mas a verdade é que trás benefícios. Enquanto estudei na faculdade nunca tive semestres, tive sempre cadeiras anuais e tinha que ter 14 para não ir a exame, com Bolonha as coisas tornaram-se mais simples. A faculdade já tem a estrutura de Bolonha desde 2004, e tem coisas com as quais eu não concordo, mas outras bastante positivas: a possibilidade de fazer o curso em diversos países(e eu que não fiz erasmus por condições financeiras porque a bolsa que dão, para um estudante de arquitectura é de rir,... decerto que tentava aproveitar);
a possibilidade de traçar o meu ensino, no meu caso, se quero recuperção arquitectónica, arquitectura sustentável, ou outra coisa qualquer.

Sempre fui bolseira por não ter situação económica favorável, vivi numa residência de estudantes com mais 2 raparigas no mesmo quarto, e sempre paguei metade do valor das propinas, isto porque sou considerada pobre perante os serviços de acção social. Apenas me sujeitei as condições deles, e abdiquei de umas coisas para hoje ter o curso! Isto para dizer que ainda não existe separação de escolas de ricos , e adeus estudos para os pobrezinhos.

Eu sei que isto está confuso... mas é para ver se recomeço a comentar o Troll

 
At 12/11/2006 2:47 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Tem razão, cara escritora.
Como muito bem diz:
"deixem-nos pensar e APERENDER".
Pode ser que os filhos "aperendam" mais do que os pais...

 
At 12/11/2006 2:54 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Caro anónimo, não é complicado perceber que se trata de um erro gráfico e não ortográfico. Ninguém escreve "aperender"...de qualquer forma não sei se quem fez o dicionário foi um homem ou uma mulher...mas dúvido que seja um/a escritor/a.

 

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