Sindromas
Ontem vi um debate, já não sei onde, entre a Odete Santos e uma senhora que, porque já não apanhei o início, não sei quem é, sobre o Referendo.
Eu sei que não se devia brincar com isto...afinal, a ignorância não é ignorância, é opção, para tentar manipular e para tentar enganar. Consciente e deliberadamente. A tal senhora que não sei o nome, falava num tal de Sindroma pós Aborto, que, segundo ela, está provado cientificamente e tudo... e que até leva mulheres ao suícidio.
Odete Santos, lá lhe desmentiu a informação com investigações cientificas que negam a existência de tal Sindroma, mas sem resultado. A senhora que não sei o nome, manteve-se na sua.
Confesso que fiquei com uma dúvida. Há, cientificamente provado e tudo, conhecido de todos, com caras e nomes, para muitos de nós, o Sindroma Pós Parto. Que pode levar a situações verdadeiramente graves e complicadas. Que pode levar anos até ser tratado.
A tal senhora, que não sei o nome, será contra o parto? Deveremos deixar de ter filhos com receio de que a seguir possamos ficar com uma crise depressiva que, em muitos casos, pode ser demorada, grave e muito dolorosa?
A senhora que não sei o nome irá propôr alguma lei para evitar a maternidade? Em nome da sanidade mental e psicológica da futura mãe?
Etiquetas: Isabel Faria
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http://www.afm.org.br/artigo18.htm
Caro/a anónimo/a, obrigada pelo link. Mas não sei a que propósito vem. Acha que alguém pode considera científicas e sérias estas palavras:
"Assim os efeitos do aborto atingem a vida de cada indivíduo à volta da mulher, incluindo seus amores e filhos futuros. Por exemplo, como alguém diz a seus próprios pais que um seu neto foi morto e que nunca participará de um Natal ou uma excursão ao zoológico? Como se diz a um filho que nasceu depois porque um irmão ou irmã foram mortos e, mais importante, porque ele em particular não foi?"
Científicas e sérias.
E já agora, fiz um aborto e tive um filho. Tem hoje 16 anos. Já lhe disse que tinha feito um aborto antes dele nascer. Porque nunca poderia ter dado, então, o que lhe dou a ele , agora. Expliquei. Essencialmente, amor, paz, segurança, futuro.
Talvez não por acaso, o meu filho perguntou-me, no fim da curta conversa, se eu sabia quem ele tinha visto nesse dia. O P. disse. O da Escola ..o que andou comigo até ao 2º ano e depois saiu, lembras-te? Continua a andar no metro a pedir esmola. Ou na Baixa. Hoje estava a chover tanto...estava na rua Augusta.Com um menino pequenino. Deve ser outro irmão...
Não sei se foi por acaso que o meu filho me contou naquele dia o encontro com o P. Talvez não, o que acha?
Acha que devo contactar o médico em questão para lhe explicar como se faz?
“Odete Santos, lá lhe desmentiu a informação com investigações cientificas que negam a existência de tal Sindroma, mas sem resultado.”
O propósito não é nenhum, somente esta afirmação não corresponde a verdade.
O sindroma existe. Só não existe para quem não tenha sentimentos ou seja pura e simplesmente insensível.
E digo isto mais por uma questão argumentativa, e não para mudar a opinião a ninguém, até porque acho que isso é bem difícil no que este assunto diz respeito e em Portugal vai -se andar nisto enquanto o sim não ganhar; e porque também acho que quem quiser fazer um aborto, fá-lo-á dê por onde der - com agulhas de tricotar. Com ferros retorcidos ou lá com o que quer que seja.
A sua argumentação dos pedintes e da falta de condições económicas não é convincente, mas é emotiva convidando a condoer-se da triste sina de alguns de nós
Anónimo, para já responda-me à outra questão que coloquei no post, já que pelos vistos esta discussão é tão enviesada como a de quendo começa a vida. você puxará dose seus apoios cientificos...a Odete Santos na altura puxou dos dela. Falou numa quantidade de estudos feita por médicos tão respeitáveis como o que você linka que o rejeitam. D
Deixamos de ser mães com receio do sindroma pós-parto, esse sim unanimemente considerado?
A argumentação do pedinte,não foi para que se emocionasse com a triste sina de alguns dos filhos não desejados, nascidos sem condições económicas, a quem os pais não podem dar presente nem podem dar futuro. Essa emoção, porque considero que os que votam Não são tão humananos como eu (os que o fazem por consederações morais ou religiosas, aos hipócritas custa-me colocar no mesmo plano...) espero que você a tenha diariamnte, sem precisar de passar pelo Troll...
A história do ex-colega do meu filho, teve a intenção de contrariar o argumento do médico que você linka de que não´há forma de dizer a uma filho que se abortou. Há. Se o marmos e se lhe explicarmos que não teriamos tido maneira de amar o que não nasceu da mesma forma.
Se há coisas de que os nossos filhos sabem do que falamos é quando lhes falamos de amor.
Eu contei-lhe naturalmente. Sem dramas. Ele contou-me uma pequena história talvez a forma que encontrou para dizer que entendia. Sem dramas também. O que contraria a teoria do médico. Só isso.
Sò mais uma coisita, caro anónimo. Numa breve voltinha pelo Google lendo algumas conseiderações e termos do Dr. Herbert Praxedes , dá para entender que é a pessoa indicada para nos convencer do tal Sindroma. E, sobretudo, que o faz baseado em dados cientificos. Quem fala no aborto como "homicidio", está ao mesmo nível de argumentação daquele Movimento que há dias dizia que às 10 semanas já havia um bebé que ria.Tudo cientifico, portanto.
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