Simples não é?

Pois é, a verdade vem ao de cima como o azeite diz a verdade popular e com uma certa razão. Ontem saíu um estudo que vem dar razão a quem defende a despenalização do aborto e, ao mesmo tempo, desmascara a hipocrisia que vai reinando em Portugal. Perguntarão alguns porque

dar importância a este estudo ignorando talves outros menos favoráveis à minha opinião. A resposta é simples. É que este é o maior e mais credível estudo deste género efectuado em Portugal e nasceu muito antes de se saber sequer que iria haver Referendo. Mas o que diz este estudo? Entre muitas coisas é que se realizaram o ano passado em Portugal perto de 18000 abortos dos quais muitos ilegais. Que quase 1/5 da mulheres portuguesas já abortaram. Mas é melhor lerem aqui, com a promessa que quando o encontrar em versão digital o publicarei na integra.

Mas interessante é também o artigo da Luísa Castel-Branco, por quem desde já digo que não nutro qualquer simpatia nem antipatia, no jornal destak de hoje. Podem encontrá-lo na página 15 do PDF a que o link referencia. Um texto curto, claro e conciso. Ela é contra o aborto, já agora eu também, mas reconhece a coisa básica de que ela não pode obrigar ninguém a pensar como ela. Simlpes, não é? Ainda junta a isso o facto de reconhecer como parece óbvio que o aborto sempre existiu e continuará pelo que a única solução é despenalizar de modo a preservar a dignidade (esta última já é uma conclusão minha).

Confesso que uma questão tão simples para mim me confunde quando vejo do outro lado sectarismo, intolerância e tacanhês de espírito. Há luzes que eu reconheço nascerem com uma boa discussão. Noutros casos não encontro explicação para a discussão.