Qual o do PCP para sair da crise?
Jerónimo de Sousa, em entrevista à TSF, declara que que não sabe qual é o projecto do Bloco para Lisboa.
Sem me alongar muito em desconhecimentos sobre o seu Partido - qual o do PCP, que oposição tem feito. como pode teimar em dizer que a Câmara de Lisboa não estaria nesta situação se o PCP, tivesse "sido ouvido" no caso Bragapargues, como se o problema da Câmara de Lisboa, fosse (apenas) o caso Bragaparques, como pode o Sec. Geral do PCP não ter ouvio falar na Gebalis, no Vale de Sto. António, na Infante Santos, na EPUL..., como pode o Sec Geral do PCP não ter dado por isso que o problema da Câmara é o que ela significa para o presente e para o futuro da cidade - alguém consegue descortinar nesta entrevista, qual o "projecto" do PCP e de Jerónimo de Sousa para sair da crise que a Câmara e a cidade atravessam?
Quando Jerónimo afirma: "Nesse sentido, tenho uma opinião: eleições intercalares pode ser uma saída, mas não é a solução. A questão central tem que ver com políticas de fundo. A situação actual não é saudável, é preciso um executivo que altere as políticas, que evite as situações que estão na ordem do dia...", de que executivo fala? Saído de onde? De quê? Se não houver eleições intercalares, com todas as condicionantes que Jerónimo fala e que, é óbvio, todos conhecemos, onde é que se vai buscar o Executivo que "altere políticas"?
Jerónimo diz que não conhece o projecto do BE para a cidade. Como militante do Bloco, eu conheço-o.
Eu não conheço o projecto do PCP para a saída da crise que a Câmara de Lisboa atravessa. Como Sec. Geral do PCP, Jerónimo não o deveria dar a conhecer?
Etiquetas: Isabel Faria
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Minha cara, tal como já te disse várais vezes, não permitiremos que uses a caixa de comentários do Troll com transcrições de entrevistas, de artigos, ou do que te der na real gana. Ou aprendes a fazer um link...ou a escrever com palavras tuas.
Se for necessário voltaremos a activar a moderação na caixa de comentários.Fizemo-lo há pouco para os intolerantes de Direita, durante o Referendo...faremos o mesmo para ti. E estamo-nos bem borrifando que, tal como eles, venhas com a história da censura. Tal como eles, quando se fala de usar a censura, vocês só têm que nos dar lições...De como a usar. Não de como não a aceitar.
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Há sempre necessidade de reforçar ideias.
Ouvi, hoje, o secretário-geral do pcp, e também me desgostou a forma com tentou dar as cambalhotas. Mestres na dissimulação, não aprendem com o tempo e não aprendem porque não querem aprender. Depois dizem o que dizem e agem como agem, é triste essa forma de estar na vida. A leste, nada de novo!
Cara Isabel,
o projecto do PC Lisboa passa por "oferecer" o voto do seu vereador, a Carmona Rodrigues. Já o fizeram no anterior mandato de Rui Rio, no Porto, porque não fazer o mesmo em Lisboa? O único problema é que Carmona é um político inábil. Deveria ter-se aconselhado com o seu homólogo Portuense, e já teria ultrapassado a crise. Aliás o Sr.. Jerónimo, aponta o caminho: "...é preciso um executivo que altere as políticas, que evite as situações que estão na ordem do dia..."
"de que executivo fala? Saído de onde? De quê?" - pergunta Isabel. Então não está bom de ver que o camarada está a disponibilizar o seu homem de mão na câmara.
Acorda, Carmona!
Ramos-Horta: «Não sou candidato de oposição à Fretilin»
O primeiro-ministro timorense José Ramos Horta afirmou hoje à agência Lusa que a sua candidatura às eleições presidenciais não é contra a Fretilin.
«Não sou candidato de oposição à Fretilin», afirmou o primeiro-ministro à Lusa na sua primeira entrevista enquanto candidato à presidência.
Ramos Horta lança oficialmente domingo a sua candidatura em Laga, uma aldeia dos arredores de Baucau onde cresceu e viveu entre os 11 e os 17 anos de idade.
Outra das razões porque decidiu apresentar a sua candidatura em Laga prende-se com o facto de ser uma das regiões mais pobres do país.
«É uma candidatura de milhares de timorenses que vêm de muitos partidos, incluindo da Fretilin. Não faço oposição a Fretilin, nunca o fiz e nunca o irei fazer», adiantou.
«Estas eleições deste ano são mais personalizadas porque a comunidade internacional assim como o povo timorense estão muito mais elucidados sobre quem é quem».
O povo, segundo Ramos Horta, são pessoas sabem «que, afinal, o país avança ou recua conforme a qualidade de lideres que tem».
Ramos Horta disse que em 2001 nas eleições para a constituinte, ganhas pela Fretilin, «os timorenses votaram em partidos, em bandeiras e não em caras». Agora, concluiu, «já estão atentos e vão escrutinar um por um os nomes das listas de cada partido».
José Ramos Horta considera-se um candidato livre e independente nas eleições presidenciais. «Felizmente não devo grandes favores a nenhum partido politico. Não estou comprometido com ninguém, apenas com este povo».
Em entrevista à Lusa, o primeiro-ministro timorense disse ainda que decidiu candidatar-se quando regressou de Nova Iorque há uma semana.
«Quando cheguei a Dili fui informado que uma comissão informal já tinha recolhido alguns milhares de assinaturas, sem a minha luz verde».
José Ramos Horta referiu a titulo de exemplo que «só em Baucau num dia recolheram mil assinaturas quando bastavam 100».
O primeiro-ministro sublinha que é um candidato reticente às eleições de 9 de Abril e «não é por recear a campanha e o possível desfecho negativo, pelo contrário».
Diz Ramos Horta: «Devo ser o único líder do mundo em campanha eleitoral desejando vir a ser rejeitado».
José Ramos Horta explica que, no caso de não ser eleito, ficará «de consciência tranquila» uma vez que a sua candidatura «é em primeiro lugar uma questão de consciência». E afirma: «Se eu não me candidatasse seria severamente criticado por muitos timorenses e amigos internacionais na indonésia, na comissão europeia, em Washington, no conselho de segurança e na Austrália».
Frisando que tem vários apoios internacionais José Ramos Horta considera que os dois governos constitucionais de Timor-Leste «beneficiaram de apoios através dos seus contactos pessoais».
Em relação as condições de segurança para a campanha eleitoral, Ramos Horta confirmou à Lusa que a existência de um acordo entre o procurador-geral da República, Longuinhos Monteiro, e o major Alfredo Reinado.
Diário Digital / Lusa
24-02-2007 17:42:00
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=264413
José, é uma escola mesmo. Basta ouvir e comparar com as posições que Ruben tem defendido (??).
Voltas, meias voltas...quando começou a actual crise em Lisboa, escrevi aqui que acreditava que Ruben de Carvalho seria a hipótese mais consistente de Carmona se manter no Poder.
Concordo, portanto, consigo Carlos Alberto. Devo, no entanto, salientar que , tal como ontem um amigo me chamava a atenção continuo a acreditar no Pai Natal...quando a crise começou, antes de se vir sabendo até onde vão as investigações, até onde vão os processos...mas agora, depois de tudo isto, o PCP ainda seria (será?) capaz de dar a mão a Carmona?
Entretanto como é bom de ver, a nossa querida amiga que se costumava chamar nome de flor e que nos enchia a caixa de comentários com citações, notícias e provocações reles e baratas, voltou, agora, como anónima, ao ataque...depois da entrevista,na integra, tipo lençol,com a história da vida do senhor e tudo,de Jerónimo que decidi apagar, deixo-vos esta notícia de Ramos Horta. Só para verem do que nos safámos de não termos ficado por lá tempo suficiente (ou de nunca por lá termos passado) para ficar com estas pancadas...
Jerónimo de Sousa
Secretário-geral do PCP
Nasceu em Pirescouxe, há 60 anos
Metalúrgico de profissão, tem um longo percurso político. Foi deputado em várias legislaturas (a começar na Constituinte) e já se candidatou por duas vezes à Presidência da República (1996 e 2006). Da linha dura do partido, Jerónimo foi eleito secretário-geral do PCP em Novembro de 2004, substituíndo Carlos Carvalhas no cargo.
Muito crítico da governação e do estilo de José Sócrates, Jerónimo de Sousa afasta o seu partido da possibilidade de forçar eleições intercalares na Câmara de Lisboa. E uma futura coligação na capital com este PS não se afigura fácil. O resumo de uma entrevista que pode ouvir às 11.00 na TSF.
Qual deve ser o caminho para resolver a crise na Câmara de Lisboa?
Há que reconhecer que é uma situação excepcional, das piores dos últimos vinte anos, com todas as consequências e prejuízos decorrentes para a população. De qualquer forma, pensamos que a realização de eleições intercalares levanta um problema: não existirão eleições para a assembleia municipal nem assembleias de freguesia, apenas para o executivo camarário, o que condiciona a resolução dos problemas. Nesse sentido, tenho uma opinião: eleições intercalares pode ser uma saída, mas não é a solução. A questão central tem que ver com políticas de fundo. A situação actual não é saudável, é preciso um executivo que altere as políticas, que evite as situações que estão na ordem do dia. Que pena foi que no caso Bragaparques o PCP não tivesse sido ouvido.
A oposição pode forçar a realização de eleições...
Intercalares e apenas para o executivo, não para a assembleia municipal, que manteria a maioria de direita.
A oposição não pode ser considerada co-responsável pelo que acontece, ao permitir a continuação do executivo?
As coisas não devem ser invertidas, a primeira responsabilidade é do PSD.
O que falta ao PSD para tomar essa decisão?
O amarramento da actual direcção à vereação do PSD é uma realidade incontornável . A haver evolução, é decisiva a decisão do PSD.
Se houver eleições, há condições para coligação entre PS e PCP? E o BE?
Cada coisa a seu tempo. O processo está a decorrer, não há nenhuma negociação. Há uma tendência e apetência para se discutir questões de poder e poucos projectos para a cidade. O primeiro obstáculo é que se olharmos para as medidas estruturantes tomadas pela câmara verificamos que o PS esteve nessas medidas com o seu voto favorável. E isto retira credibilidade para uma solução à esquerda, de coligação. Se juntarmos ainda a situação nacional, e a política do PS... O PCP colocará com muita força a questão de políticas alternativas e simultaneamente saber se o PS tem a credibilidade necessária para ser alternativa.
Em Lisboa há maior proximidade de políticas entre PCP e BE?
Nem sempre nem nunca. O BE tem encontrado um estilo de intervenção aparentemente radical. Não basta ser do contra. Que projecto tem o BE para a cidade de Lisboa? Esta é uma grande interrogação que tenho.
Se houver eleições o PCP aceita estar em pé de igualdade com o BE?
O que impediu um entendimento em 2005 foi a concepção hegemónica do PS, que queria ficar com a presidência da câmara e com a maioria absoluta na vereação, assembleia municipal e assembleias de freguesia. Não se tratou de discutir o Bloco.
Foi mais fácil o PCP entender-se em 89 com o PS de Jorge Sampaio do que seria agora entender-se com o PS de José Sócrates?
Não sei se é mais difícil, a questão não é essa. É saber o que o PS propõe, e no tempo de Jorge Sampaio houve campo de negociação aberto.
Como se altera a baixa produtividade nacional?
Com a defesa do nosso aparelho produtivo, aliado à qualificação e formação profissional. É fundamental o investimento público, e não esta obsessão do Governo pelo défice, transformando as contas públicas na questão central, quando sabemos que o problema central é a economia. Estes cortes brutais no investimento vão reflectir-se no patinar da nossa economia. Sem investimento e crescimento, não há solução. E veja-se esta coisa brutal: Portugal é dos países da União Europeia o que tem menos justiça social. Sócrates costuma dizer "o que é que quer, o mundo é assim mesmo". Não tinha que ser assim.
O entendimento entre Governo e parceiros sociais para aumento do salário mínimo não é positivo?
É. Nós propusemos tal aumento, e o Governo dizia que era demagógico. Há uma aproximação clara de uma medida tomada, ainda por concretizar. Nós não somos do contra tudo. Agora, a verdade é que os trabalhadores em geral estão a perder poder de compra. Quero lembrar que ainda recentemente o Governo reduziu drasticamente o subsídio de desemprego e a sua forma de aplicação. O Governo quer dar mais segurança aos patrões para despedir que segurança aos trabalhadores. Há mais mundo para além do aumento do salário mínimo e a questão dos direitos e dos salários de todos os outros trabalhadores está na ordem do dia.
Perante o quadro negro que traça do País, como explica os elevados níveis de popularidade do PS e de Sócrates?
Este Governo tem tido vantagens muito grandes, designadamente a própria imagem de determinação do PM, de que está a resolver coisas...
É só imagem?
Eu não estou só na má-língua. É a Comissão Europeia que diz que Portugal "é dos 25 o que tem menos justiça social". Descontando muita propaganda e olhando para as políticas, temos razões para profundas críticas. As pessoas podem dar confiança por algum tempo, mas nunca o tempo todo. O PS pode ter as sondagens, mas quando as pessoas sentirem na pele.... as pessoas estão a viver mal. Ande-se por aí, ouça-se as pessoas. Sócrates pode estar muito embevecido com as sondagens, mas esse embevecimento pode colidir com a realidade e isso pode ter consequências eleitorais.
Não sei se o Jeronimo de Sousa conhece ou não os projectos para Lisboa do Bloco de Esquerda, aliás eu tambem não conheço os do PCP.
Nem sei se para Jeronimo de Sousa é assim tão importante conhecer os projectos das outras forças, politicas para com elas se coligar.
Conhecia o PCP o projecto de Rui Rio para o Porto, e isso foi impeditivo de uma coligação com o PSD.
O mesmo em Sintra com Fernando Seara.
Já para não falar nas dezenas de alianças com o PSD em freguesias de Lisboa, para defender os interesses das populações, como os militantes do PCP gostam muito de dizer, para justificar as alianças com a direita.
É lógico que o que Jeronimo joga em Lisboa, é uma questão de lugares, foi por uma disputa de vereadores que a coligação falhou há dois anos, e é por uma questão de lugares que o PCP poderá inviabilizar uma nova coligação.
O resto é poeira atirada para os olhos dos incaustos.
Se não , o PCP poderá avançar com 4 ou cinco propostas que considere essenciais para Lisboa, e lance o desafio ás outras forças de esquerda para as apoiarem.
o Bloco tem defendido politicas de fundo para Lisboa, quer no campo da habitação, quer nas novas construções, quer para os transportes, quer para as empresas municipais, são coisas concretas, é com propostas concretas que se geram alianças com raizes, se o PCP for coerente e não quizer só tachos, é no concreto, na apresentação de soluções para Lisboa que deve centrar as suas questões, o resto é paleio que não leva a lado nenhum.
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