Prémio Camões
Pode ser mal-educado, irascível, arrogante...pode ser tudo o que quiserem. Mas nunca me lembro disso quando o leio. Por isso acho mais que justo. Ninguém escreve crónicas como o Lobo Antunes. Dos livros, gosto. De alguns, muito. Mas especial, especial, é a certeza de que somos os personagens de cada crónica. Ou a nossa colega de trabalho. O vizinho do lado. A rapariga que apanha o mesmo autocarro que nós. A maioria das vezes em momentos extremos. Momentos em que "coxeámos por dentro". Ou momentos em que fomos "indecentemente felizes". Nas crónicas do Lobo Antunes, mesmo quando somos nós que lá nos vemos, queriamos, tantas vezes, ter a borracha que apaga a memória. E talvez voltar depois dela.
Etiquetas: Isabel Faria
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Tens razão. Os livros parecem bons. Mas a pessoa ao natural ainda precisa de muito tempero pois é daqueles que é um cagão insuportável.
Neste, como noutros casos, consigo ver as duas faces.
Rectifico o que diz o Leal, os livros do António Lobo Antunes, não parecem bons, SÃO BONS!
Prémio merecidíssimo, estou orgulhoso de ter um escritor como ele, a burilar a LÍNGUA PORTUGUESA.
Isabel, gostei do que escreveste e da forma como o fizeste.
Completamente de acordo, Isabel. O prémio é mais que justo, e tal como tu prefiro o escritor das crónicas, e dos primeiros romances.
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