Ainda pergunta?
As páginas de bolsa do DN de hoje trazem-nos uma coisa gira.
Encontramos um artigo sobre um tal de Carlos Alberto Júlio, um brasileiro que é, pelos vsitos, uma celebridade na gestão e formação de executivos. Ora esse Carlos Alberto Júlio pergunta a dada altura:
Mas a piada desta página de bolsa está na coluna ao lado onde aparecem os outros artigos da secção e onde podemos encontrar que, a Kemet dispensa 170 pessoas em Évora, que cada português pagou em média 410 euros de juros à banca estrangeira ou ainda que as famílias não conseguem poupar. Isto tudo no mesmo jornal, no mesmo dia e na mesma secção dado que não procurei nas outras.
Acho que a resposta á celeberidade brasileira fica dada. Os portugueses reclamam menos até do que deviam. Porque somos geridos por incompetentes. Porque os portugueses e o seu futuro é vendido em nome da economia e da gestão. Porque por causa dos conceitos neo liberais que este senhor defende é que estamos assim. De pernas para o ar, com os interesses económicos com primazia sobre os direitos mais elementares das pessoas.
Etiquetas: Daniel Arruda
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Está visto, e mais que visto, que o neo-liberalismo só provoca a regressão social da maioria e beneficia uns muito poucos. É indignante mas é que se apresente, nas políticas, na informação, etc, esta como a única via possível, e claro, o argumento "modernização" e da "cedência" (formiga contra elefante) para fragilizar ainda mais as crescentes maiorias de desfavorecidos.
E pior é que as pessoas começam a interiorizar este discurso como o único correcto. Tens toda a razão leonidas.
Benvindos ao mundo dos músicos. Sim, dos músicos. Aquilo de "gostar de trabalhar", o "próprio trabalho é um prazer em si" são o tipo de coisas que os músicos sempre ouviram. Episódios como "Receber? Mas vocês não cantam/tocam por gosto?" são banais. Para mim a única novidade do artigo é ver este raciocínio estendido ao resto das profissões.
Não há a mínima relação entre gostar do trabalho e abdicar de comer ou descansar! Não percebo como raio esta gentalha faz este raciocínio...
Estamos perante situações em que a conformação é a única hipótese que nos dão!
Helena tu até precebes, tal como eu, o problema é que ainda nos custa a creditar.
zetrolha, desculpa discordar mas a conformação nunca fará parte do meu vocabulário. O respeito pelos que lutaram antes de nós para nos deixar algo é o argumento mínimo que a isso obriga. Isso era o que eles queriam.
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