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sexta-feira, julho 20, 2007

Ainda o rescaldo

Está complicado vir aqui...o parvo do portátil não está configurado para ligar aqui ao cabo...e eu não estou configurada para perceber que raio é isso de não estar configurado...e o gajo continua sem estar configurado e eu cont...ok. isso.
Daí, ontem ter estado a fazer um post todo profundo sobre o rescaldo das eleições em Lisboa e agora chegar aqui o nada...qual entrar qual carapuça...

Vamos então ao resumo posterior da coisa.
As análises todas já foram feitas por toda a gente. Parece que Carmona foi um vencedor apesar de ter perdido 3/4 dos votos. Parece que os lisboetas mostraram um cartão amarelo aos Partidos, apesar dos dois candidatos "independentes" só terem sido independentes depois de os seus Partidos lhes terem dado com os pés...e não o contrário, lembram-se???

Parece que Paulo Portas está em retiro espiritual e que Marques Mendes encolheu ainda mais...parece que o PCP viu no resultado das eleições um voto de protesto a Sócates e eu adorava ter visto o mesmo mas não dei por nada...e parece que o Bloco vai ter que pensar a sério até 2009.
Sá Fernandes segurou o eleitorado do BE. Mas perderam-se votos e não teve só a ver com a abstenção. Perderam-se percentagens de votos. E o Bloco não pode esquecer que muitos dos votantes de Domingo em Sá Fernandes não são votantes do Bloco em Legislativas - por mais que me esforce não imagino o Ribeiro Telles a votar BE para a Assembleia Legislativa.
Não nos basta não perder votos para ser alternativa. Temos que crescer e não crescemos.
Sá Fernandes foi obrigado a jogar à defesa, tal o chorrilho de difamações e de mentiras de que foi alvo, muitas delas pessoais, mas o BE não tinha que ter jogado à defesa. Demarcámo-nos tarde do Governo. Demarcámo-nos tarde da responsabilização do estado a que a CML chegou e que ultrapassa o PSD/PP, relembrando quando a Bragaparques entrou em Lisboa ou as coligações por essa cidade fora. Abdicámos de uma campanha pedagógica em que lembrássemos o eleitorado que a CML que tinha caído era a da Infante Santo, das piscinas sem cloro, das bibliotecas sem lápis, da GEBALIS e da EPUL...
Acabámos assim por secundar Sá Fernandes na personalização da campanha. E se essa personalização era normal vinda do cabeça de lista, não tinha que ter sido a forma principal de fazer campanha do Bloco de Esquerda.

A campanha serviu para outro ensinamento que o BE não pode deixar de retirar: temos pouco mais de um ano para criar condições para fazer uma campanha de bases. Com as bases.
Em 2009 o Bloco precisa de sair de Lisboa para concorrer às eleições e isso é imcompatível com não sair das sedes.

Para já, temos dois anos à nossa fente para trabalhar na CML. E tempo mais que suficiente para pensar e repensar muita coisa.

Nota: Conscientemente decidi que qualquer dúvida pública quanto à forma como estava a decorrer a campanha só a faria à posteriori. Não me arrependo.

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2Comenta Este Post

At 7/21/2007 4:13 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Têm que crescer, mas DESCERAM!

 
At 7/25/2007 5:59 da tarde, Blogger Francisco escreveu...

Já agora, preparem-se para se posicionar - dentro da CML, mas particularmente dentro do BEe do PC, quando o plano de "salvação financeiro" começar a despedir e a concessionar serviços aos privados.
A coisa, a ser como é previsível, será a doer.
E para além dos incontornáveis "colas" que aparecem sempre para o "boneco" ou para a TV, gostava muito de ver malta das bases, activistas, militantes, enfim. ^tutti quanti.. a dar a sua solidariedade activa à resitência que certamente se fará sentir.
Ca´apra mim, isto é apenas um suponhamos, os Trolls lá estarão...

Francisco d'Oliveira Raposo

 

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