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sábado, agosto 11, 2007

Ainda o Acordo para a CML

Quem esteve na passada semana numa reunião de aderentes do Bloco em Lisboa sabe que a questão do acordo entre o PS e o Bloco para a CML, não é assunto arrumado dentro do meu Partido. Quem vai lendo os jornais também sabe. Quem vai ouvindo os aderentes ou, simplesmente, os eleitores, também tem que saber. A discussão continua na ordem do dia. E de nada vale tentar assobiar para o lado. O BE não ganha nada em fingir que não vê. E que não ouve. E não ganha nada em olhar sobrenceiramente para as divergências internas. Sobretudo perde muito em olhar sobranceiramente para as dúvidas dos seus eleitores.

Enviei ontem para o Esquerda. Net, a minha própria opinião sobre o Acordo. E quem ganha com ele. Espero pela sua publicação para o transcrever aqui. Não tem muito de novo sobre a posição que já aqui tomei anteriormente. É , apenas, escrito, à luz das novas justificações que se vão tentanto apresentar.
Para já, deixo aqui um artigo de João Pedro Freire e Paulo F. Silva, publicado ontem no Público. Poderiam ser as minhas palavras.

"O acordo de Lisboa assinado pelo Partido Socialista (PS) e pelo Bloco de Esquerda (BE) tem feito correr muita tinta. E justificadamente. É muito difícil de entender, pelos que lutam pela Esquerda Socialista, como pode a sua direcção política ter optado pela via que rejeitou durante oito anos, sem que nenhum documento, nenhuma discutida e nova orientação estratégica, o justifique.
Além do teor do acordo – e estão por demonstrar as suas eventuais vantagens para a população de Lisboa –, está em causa a associação do Bloco a um PS que até o próprio Miguel Portas considera como “o mais neo-liberal de toda a Europa”. Está em causa uma aparente estratégia do PS que visa encurralar o BE na perspectiva das legislativas de 2009: o PS sabe que muito dificilmente repetirá a maioria absoluta, e sabe que os deputados do Bloco poderão vir a ser determinantes para prosseguir o seu “reinado”. E depois do desastre social que está a ser o mandato de José Sócrates, um eventual acordo pós-eleitoral assentaria na perfeição como uma pluma esquerdista.
Para isso, este PS, que é o que existe, utiliza os méis habituais, fazendo avanços através das pitonisas do costume.


Resta saber se o BE está disposto a assumir esse papel. Há quem ache que “o destino natural do Bloco é o PS. Não este PS, mas um PS – e perdoem as imagens bélicas, sexuais e epidemiológicas – invadido, penetrado e contaminado pelo melhor do que o BE trouxe à política portuguesa” (como escreveu Miguel Vale de Almeida no seu blogue). Só que o PS, o actual que é o que existe, nunca será “contaminável”, até pela sua própria raiz social-democrata e comportamento neo-liberal.

O caminho do BE não pode ser feito de arranjos de bastidores, nem de acordos à esquerda ou à direita conforme a ocasião, é a sua natureza que o dita. O caminho da Esquerda Socialista será definido pela sua própria agenda e o BE caminha, só pode caminhar, pelas suas próprias pernas, sem se deixar pear pelas regras e aritméticas parlamentares, ou outras. E com todos os que lá estão a poderem escolher os sulcos de um querer comum, em diálogo aberto e amplamente democrático.
O caminho do BE só pode ser feito junto e com os cidadãos e as cidadãs nas lutas sociais que forçosamente surgirão, face aos ataques do neo-liberalismo."

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23Comenta Este Post

At 8/11/2007 8:03 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Seria interessante que os defensores do acordo se pronunciassem sobre as primeiras medidas socráticas do Costa: anulação de concursos de pessoal e despedimento de avençados. Pois, só mudaram as moscas...

 
At 8/12/2007 9:08 da manhã, Blogger tms escreveu...

Olá Isabel!
Retomei o blogue com um texto sobre "O Acordo":
http://rb02.blogspot.com/2007/08/jos-s-fernandes-vereador_09.html

 
At 8/12/2007 1:00 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Pois é, João, gostaria de ouvir o nosso Vereador em exercício e o BE a pronunciarem-se sobre esta medida.

Tiago, olá. Bem-vindo de volta, disse eu lá em tua casa.Bem-vindo aqui também.

 
At 8/12/2007 2:33 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Se o Carmona o Santana, e o PSD, meteram na Camara todo os amigalhaços , com concursos ou sem eles , o importante é travar o regabofe....

Até a Marina nomeeou a 2 de Agosto a adjunta para a EMEL....

Se se deve de uma vez por todas acabar com a praga dos recibos verdes, se se devem integrar nos quadros aqueles que realmente são necessários á Camara, isso é uma medida que deve ser apoiada.

Os recibos verdes servem para muita gentinha receber chorudas recompensas, sem nunca porem os pés na Camara, mas parece que este facto é desconhecido.

O Vale de Almeida deixou o Bloco, há pelo menos dois anos.

Nunca deu o seu apoio ao Sá Fernandes.

Há muito que defende , por razõs pessoais.....um partido como o do Zapatero...

Em suma parece que só agora algumas, pessoas descobriram a polvora.

Anoto que o Publico , tem feito uma optima campanha de ataque ao acordo.

Mas quem tem visto o que é o jornal do eng Belmiro, sobretudo desde a fracassada OPA da PT, e da posição do Bloco, percebe bem os motivos ....infelizmente , a cegueira de certo radicalismo é o que dá....

Vêm no acordo aquilo que lá não está, como eu não sei ler o futuro, isso é mais negocio de pitonisa, limito-me a LER os pressupostos, deixo essa analise de futorologia, para quem fala com o ALÈM...

Servem-se de analises do velho Chico Martins, ( um opositor desde a primeira hora do Bloco, se conhecessem as ideias do Chico, NUNCA teriam aderido ao BLOCO ), transcrevem , posições de ex-militantes, servem-se dos argumentos do Professor Martelo, em suma , serve tudo...

Será que servem os interesses dos Lisboetas, e da afirmação do Bloco como real alternativa ás politicas de Socrates, de CAVACO, e do PSD, tenho muitas dúvidas...

Mas eu não sou bruxo, nem falo com o ALÉM....

A. Pacheco

 
At 8/12/2007 7:36 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Versos de pé quebrado
.... a propósito de um acordo...

Há acordos com que concordo,
Há acordos de que discordo,
Se discordo não concordo,
Se não concordo...discordo.

Com tanto acordo e desacordo,
Vai-se o tempo esgotando,
Lisboa vai-se afundando,
O Bloco estiolando,
Em tricas se ridicularizando,
E o lisboeta perguntando
Para onde nos estão levando....

A. Pacheco

 
At 8/12/2007 8:39 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

É fácil ser anti-poder, bota-abaixo.Agora assumir responsabilidades de Poder Municipal ou Nacional não é para todos.
O BE tem de mostrar que também sabe construir, governar para crescer.
O BE não se vai diluir no PS e manterá sempre a sua matriz marxista mesmo governando.

 
At 8/12/2007 10:13 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Fascinante, não pensei que demorasse tão pouco tempo para ver bloquistas a defender o Costa, tratando trabalhadores que não sabem quem são de "amigalhaços" e "gentinha"!
E dão de barato que nos 466 dos concursos anulados (de arquitectos a jardineiros) não havia um único necessário à CML!
Era exactamente isto que temia que resultasse do Acordão, ver o povo do Bloco a defender o PS!
E ainda se agita o Xico Martins para assustar a malta com o perigoso comunista...

 
At 8/12/2007 10:35 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

José Manuel, diz-me só uma coisa para ver se eu entendo. Para provar que não somos bota-abaixo e anti-poder vamos ter que acabar por participar num Governo com o Sócrates? Acreditas mesmo que é isso que os eleitores do BE esperam do BE

 
At 8/12/2007 11:00 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

A.Pacheco, também não me deixa de surpreender. Diz-me só, tu acreditas mesmo que o Costa vai acabar com os recibos verdes? E passar a efectivos os trabalhadores com vinculos precários que são necessários á CML? Esperas mesmo isso do ex-número 2 do Governo que quer a Flexisegurança????Recordas-te que o Costa estava neste Governo? Já o ouviste discordar da Flexisegurança? Enquanto lá estava ou agora? Já o ouviste pugnar pela revogação do Código de Trabalho? Ao António Costa???

Quanto ao resto do teu comentário, não entendi. Quem é que se tem servido das análises do Chico Martins, por mais respeito que tenha pelo Chico Martins? para além do Público só vi falar na análise do Chico Martins em Blogs de militantes do BE que apoiam o Acordo.
Quem é que cita o Marcelo? Só vi análises aos disparates habituais do Marcelo em Blogs de apoiantes do Acordo. Para além de um artigo do Francisco Louçã no Esquerda. Net...
Pelos vistos as palavras do Chico Martins e do Marcelo servem de motivo de discussão para os defensores do Acordo. para mim, não. Por muito que respeite um e por nada que respeite o outro. Não preciso do Chico Martins e muito menos do Professor Marcelo para discordar do Acordo.
Nem sequer lhes dou grande credibilidade para isso. Um, nunca acreditou no Bloco. E eu acreditei/o. O outro é inimigo do Bloco. Eu sou sua militante.

 
At 8/13/2007 12:48 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Camarada Isabel, não sei o que pensam a maioria dos eleitores do BE, ninguém sabe.

O que digo é que o BE tem de mostrar que tem políticas e protagonistas para um dia governar, e é isso que milhares de portugueses esperam.

É irreal pensar que o BE sózinho vença eleições, por isso deve estar aberto a possibilidades de acordos. Os acordos levam a que haja cedências e contrapartidas, o PS teria que ceder e não ser tão reacçionário.

O BE sectário e puro ideológicamente nunca sairá dos 6% e dos 8 deputados sem influênciar a governação e portanto melhorar a vida dos portugueses.

 
At 8/13/2007 1:09 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Isabel, certamente que andas a ler pouco a blogosfera, quem tem citado o Chico, porque o leu no Publico,( pois nem fazem a mais pequena ideia de quem ele é, ,nem do que de quem tem sido, toda a sua vida de luta, eu tenho o maximo respeito pelo cidadão Francisco Martins Rodrigues, apesar de não concordar com muitas das suas ideias), foram pessoas que têm criticado veementemente o acordo, por aquilo que lá não vem, ou porque se julgam mestres na leitura das entrelinhas , problema o deles.

Quanto ao Costa e ao PS do Socrates, merecem-me tanto credito como o Marcelo, NENHUM, simplesmente o Sá Fernandes merece-me credito e por isso dou-lhe a minha confiança, sem cheques em branco,mas terá sempre o meu apoio enquanto provar que é um cidadão empenhado, e de palavra, possivelmente a tua visão será outra, democraticamente tenho de a aceitar.

Lembro-te só que:

Pragmatismo, não quer dizer oportunismo.

Tal como coerência não é sinónimo de radicalismo...

A.Pacheco

 
At 8/13/2007 2:10 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Josè Manuel, acho que essa de este PS poder ser menos reaccionário é um bocado utópico. Este PS é o PS das perseguições e dos processos disciplinares por piadas mais ou menos de mau gosto. É o PS da Flexisegurança e do encerramento dos centros de saúde. É o PS da nova Lei da Segurança Social. É o PS das mentiras e das promessas não cumpridas. É o PS que se prepara para, com o PSD, e para manter eternamente o Centrão no Poder, alterar a Lei Eleitoral.
De qualquer forma há algo que eu gostaria de deixar claro: as minhas criticas ao Acordo não são pelo que o BE pode ou não fazer em 2009 (acredito que no meu Partido ninguém quer fazer alianças de Governo com este PS). As minhas criticas ao Acordo são sobre o que ele significa hoje. 2007. A quem convém. Mais ou menos dois meses antes do Governo concretizar a sua intenção de fazer avançar com as alterações à legislação de trabalho, por exemplo. Quando o PS mantém inalterada a intenção da até 2009 fazer avançar a nova lei Eleitoral. A minha preiocupação é de 2007. Quem ganha, efectivamente, com este axordo.
A minha preocupação é sobre a forma como o Axordo foi feito. A discussão que não houve. Os métodos que se usaram.
Para 2009 faltam dois anos...a minha preocupação é o que é que o Acordo faz ao Bloco e a Sá Fernandes hoje.

A.Pacheco, já disse dezenas de vezes que o meu problema não está na confiança ou na falta dela. Confio, como sempre confiei em Sá Fernandes. Acho que a opção de fazer este Acordo e de aceitar um pelouro foi uma opção errada.O que é que isto tem a ver com confiança??
Confiar é sinónimo de concordar?

Nunca em qualquer nenhum dos meus posts ou comentários viste a palavara ou o conceito "oportunismo". Já uma vez tinhas sugerido que eu achava que era oportunista a opção do Bloco e do JSF. Não acho. Acho-a errada. Politicamente errada. E perigosa em termos da alternativa que queremos ser. Que aprovámos querer ser.
Quanto à coerência e ao radicalismo, também de acordo. Agora o meu problema é que eu acho que falta coerência ao facto de aceitarmos governar Lisboa em coligação com o ex-nº2 de Sócrates.

E quanto aos Blogs...pois aí tens talvez razão. Normalmente só vou aos Blogs que gosto e que me incutem algum respeito. Nestas coisas, sim, sou um bocado sectária e primária. daí a só ter visto referências ao Chico e ao Marcelo nos Blogs de defensores do Acordo...não frequento muito os Blogs amigos do Prof.Marcelo. Ouvir o Prof.Marcelo já me tira o apetite quanto mais as imitações.

 
At 8/14/2007 12:10 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

A coisa é sempre a mesma: mal cheira a tacho, esquecem-se dos princípios e das promessas.

Ainda hei-de ver o Sá Fernandes a elogiar e a limpar o pó do fato de Sócrates, e a aprovar arranha-céus para Belém.

O BE é o que sempre foi: um saco de gatos em bicos-de-pé, à procura de um lugar ao sol.

Tenham alguma vergonha!

Digo eu...

Saloio

 
At 8/14/2007 4:16 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

Para o tal de João que agora se dedica a ir pela blogosfera atacar de todas as formas o acordo, só uma pergunta deste ignorante que se assina a.pacheco, sabe se todos aqueles que recebem a recibo verde, são pessoas indispensaveis á camara....

Diga-me, já que parece tão informado, quantos boys e girls, o Santana e o Carmona meteram na Camara.

Olhe, até a Nogueira Pinto, quando bateu com a porta , deu umas entrevistas altamente esclarecedoras.

É logico que , quem quer atacar o acordo, tudo lhe serve, porque como já se percebeu há muito, o acordo é só o pretexto,mas se se quer realmente MORALIZAR a gestão da Camara De Lisboa , então meus amigos, deveremos ter coragem para , enfrentar, muitos dos compadrios que lá existem.

Só para terminar esta conversa, que infelizmente, e digo-o com magoa nada tem de debate ,sabem que o Francisco Assis, há meses num programa semanal da televisão vem dizendo, que há conversações para uma possivel plataforma do PCP , BE ,PS, para a Camara do Porto, para derrotar o PSD-CDS e o seu chefe de fila o Rui Rio.

Sabem que o BE em Coimbra faz um apelo a todas as forças de esquerda para que se unam para derrotar o Carlos Encarnação e o PSD.

Sabem que há alguns anos ( poucos) o BE propôs para a Camara do Funchal, que TODAS as forças parlamentares se unissem, para derrotar o PSD na capital da Madeira.

Tudo isto meus amigos, tem anos e meses, e NUNCA ouvi ninguem verberar esta situação , porque ela denota VISÂO POLITICA.

Tal como não vi ninguem verberar o Bloco por ter com outras forças politicas, e militantes de varios partidos colaborado em movimentos pelo SIM.

Em suma isto chama-se PRAGMATISMO, que se fôr feito com responsabilidade, e os limites forem claramente definidos ( como o foram no acordo de Lisboa) só dará ao Bloco, prestigio e credibilidade.

E apesar do que tenho dito, considero-me de esquerda, já sou velho para mudar,muitas vezes sou intrasigente,não pactuo com jogadas, e NUNCA continuaria a apoiar um partido , se achasse que era verdade, tudo o que já vi escrito nestes ultimos dias por companheiros que se reclamando do BLOCO, têm atacado de forma pouco responsável ,os militantes que se empenharam neste acordo.

Lastimo que nem sequer dêm a hipotese, de ver se resulta, e traçem já o retrato , como sendo de uma cambada de oportunistas , vendidos ao PS.

È por estas e por outras, que há gente que só consegue existir politicamente com ropturas, espero que tenham o bom senso para trazerem o debate, para onde ele NUNCA deveria ter saido, isto é , para aquilo que lá está escrito....

A. Pacheco

 
At 8/14/2007 2:38 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Caro A. Pacheco, registo que registe o que afirmo na blogosfera, exactamente como o meu amigo faz. Acha que não devia? Censura (-me)?
Já leu as declarações do F. Louçã?
"E, nos primeiros dias de Setembro, haverá uma Mesa Nacional, que é o organismo competente para tomar a decisão final sobre o processo."
Como vê o coordenador do Bloco está em desacordo com o que o A. Pacheco defende na blogosfera. E agora, vai mudar de opinião e seguir a direcção?
E leu que "Francisco Louçã afirmou prever "grandes confrontos" entre Sá Fernandes e o PS na câmara de Lisboa, no âmbito do acordo com os socialistas"? Homessa! Assina-se um acordo prevendo grandes confrontos na sua execução? Então porque se assinou? Como vê, parece que a maré não está a encher para o lado dos "acordados"...
Quanto aos trabalhadores não contratados e/ou a despedir, a única coisa que sei é que o meu partido por princípio está do lado de quem trabalha e não de quem despede. Não me cabe, nem ao Bloco, fazer prova da necessidade dos 466 + x, cabe ao Costa provar a sua dispensabilidade. E o que o Costa fez foi anular todos os concursos, o que me leva a acreditar q não existiu qualquer ponderação. E não preciso de ter dotes adivinhatórios para saber q em circunstâncias normais o Bloco teria, no mínimo, questionado o Costa.

 
At 8/14/2007 6:01 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Mas alguém tem duvidas que a Câmara de Lisboa, como as restantes aliás, estão prenhes de assessores e funcionários, dos quadros ou contratados, com recibo verde e sem recibo verde, que foram recrutados exclusivamente para contentar clientelas dos partidos políticos que geriram a Câmara de Lisboa bem como as restantes do país, nos últimos anos?
Mas alguém tem duvidas que existem contratações feitas nas “sedes partidárias” de motoristas, administrativos, arquitectos, trolhas, carpinteiros, engenheiros , jardineiros…com base no supremo critério de “desenrascar o pessoal do partido”?
Bom parece que sim.
Ainda bem que Antonio Costa e Sá Fernandes fizeram o acordo que fizeram e suspenderam os concursos que suspenderam.
Imagine-se que a Isabel o António ou o Gil eram vereadores de qualquer Câmara? Era contratar por cima de qualquer coisa…

 
At 8/14/2007 7:32 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

A. Pacheco, quando o Governo Sócrates começou a sua cruzada contra os funcionários públicos o BE sempre disse que aceitava que poderia haver funcionários a mais, mas que ninguém deveria ser despedido. O que era necessãrio era fazer um levantamente de cada serviço, ver as necessidades e as possibilidadees de dispensar e de mudar funcionários. Estudar primeiro. Agir a seguir.
Como diz o João, noutras circunstãncias quer-me parecer, que o Bloco questionaria hoje António Costa sobre se esse levantamento já foi feito.
Acreditar que o jobs for the boys do Carmona, do PSD, do PP ou do PS, sejam jardineiros ou carpinteiros é um bocado ingénuo...hoje o STML questiona Costa sobre a anulação dos concuros. Não sei, A.Pacheco possivelemnte estou errada, mas também eu estou habituada a ver o BE a questionar-se mais com os trabalhadores do que com quem despede.

Quanto aos apelos a alianças de Esquerda. Uma resposta e duas perguntas.
Concordo que cada caso é um caso e nada tenho, por principio e em principio, contra alianças de Esquerda a nível Autárquico.
1ª pergunta: em Lisboa há uma aliança de Esquerda?
2ª pergunta: que contactos fez o BE para que uma aliança de Esquerda fosse posível em Lisboa? Pelo que sei os contactos pós-eleitorais forma todos feitos pelo António Costa. O BE tal como protagoniza noutros lugares, contactou, com o tal programa dos seis pontos as outras forças de Esquerda na CM? Qual foi a resposta que cada uma lhe deu? Ao BE, não estou a falar do Costa. Não é do Costa que tu falas neste comentário.

Cara Sara, bem-vinda ao Troll.
Devo presumir, portanto, que todos os trabalhadores da CML foram contratados nas sedes dos Partidos? Ou, logo por azar, foram só estes 400 e tal? Se sim,se foram mesmo todos, agora faz-se o quê? Despedem-se todos?

Quanto ao Gil, ao António e à Isabel...neste Blog só conheço uma Isabel. Não faço ideia de que Gil ou António aqui falas. Já vi na caixa de comentários e não descubro. Fazes-me o link?
Ah e se a Isabel de que falas é esta Isabel...nã. Não me parece. Esta Isabel não tem a menor intenção de ser vereadora numa Câmara. O que não lhe retira, segunda pensa, nenhuma legitimidade para criticar os vereadores que entender.Mas se ,eventualmente, alguma vez tal lhe passase pela cabeça...ok, coeeçaria o saneamento financeiro por tanto lado...que era bem capaz de nem precisar de chegar aos trabalhadores (aos a sério,não aos boys,mas isso és tu que confundes)...deve ser isso uma política de Esquerda, pensa a tal Isabel, se for de mim que falas.

 
At 8/14/2007 9:06 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Registo que o meu amigo nem sequer se deu ao trabalho de ler TUDO o que o Louçã disse, para quê, tiram-se algumas palavras do contexto e já está...

Já agora sabe quem foi a primeira pessoa a criticar esta medida do Costa... Carmona Rodrigues, olha quem, em suma o João em consonancia com o Carmona, será que o amigo já tem saudades da Camara dirigida por tão excelsa personagem...

Quanto a Isabel congratulei-me por ver no esquerda Net, a tua posição ao lado da do Semedo.

Para quem diz que no Bloco se silenciam as vozes criticas, mais um claro desmentido.

Penso que hoje haverá muito boa gente a ranger os dentes, pois já estavam de faca afiada, para caso o teu artigo não fosse publicado poderem gritar bem alto, CENSURA.

Mais um tiro no Pé.....

Sobre os concursos, O nosso amigo João, dos jardineiros e arquitectos, pouco nos disse, e eu ignorante como sou, pouco te posso adiantar.

A Camara tem excesso de pessoal nalguns sectores e falta deles noutros.

A Camara por exemplo , precisa de jardineiros, já que se fala deles, só espero que se o Sá Fernandes avançar com algumas contratações, não apareçam por aqui os Rui Faustinos e outros que tais, a dizer ,que isso é tachismo.

A Camara tem uma estrutura pesada e muito pouco eficiente, não é preciso ser-se de esquerda ou de direita, para se saber que qualquer autorização por mais ridicula que seja de obras, leva uma eternidade.

Agilizar os seviços seria uma tarefa louvavel.
Agora o que é preciso saber é , que concursos eram estes, como foram feitos, quem se queria contratar, haveria uma real necessidade destas pessoas, não haveria nos quadros da Camara pessoas capazes de desempenharem estas tarefas.

Como te digo sou ignorante, talvez o João tão bem informado tenha resposta, eu por mim , esta medida do Costa revela certo bem senso,aliás sabendo-se que este concursos, foram feitos no tempo do Santana-Carmona....

Quanto aos trabalhadorees a recibo verde, entre eles o Faustino, aí o caso precisa de mais cautelas.

O que eu sei, é que o Costa, exigiu a todos os directores de departamento que apresentassem num prazo muito curto a relação de todos os trabalhdores a recibo verde, e a justificação da sua necessidade .

Tambem aqui não vejo nenhum problema, agora se isso fôr uma manobra para começar a dispensar pessoal a eito, aí sim Isabel estou contigo.

Mas será que tu acreditas que se houvesse uma tentativa de despedimentos em massa de pessoal a recibo verde, o Bloco e o Sá Fernandes comiam e calavam.

Desculpa mas penso que nem tu acreditas nisso.

 
At 8/14/2007 9:24 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

A.Pacheco, não, não quero acreditar nisso. Mas gostaria de ter visto o meu Partido a questionar sobre essa anulação. Perante as dúvidas públicas do Sindicato acho que temos a obrigação de o fazer. Se existe mesmo a liberdade que nos dizem que o Acordo respeita, nada impedia que o fizessemos.
Não é por nada, A.Pacehco mas nestas coisas que metem trabalhadores de despedimentos ou anulação de contratações, por príncipio e em princípio...desconfio de quem despede.

Quanto ao meu artigo...pois, amigo, é assim: tu não viste o meu Artigo no Esquerda. Net...e como aqui disse o meu Artigo foi enviado para o Esquerda.Net, para a Rúbrica Opinião...viste-o no site do Bloco. Miudezas...poderás pensar. Ou talvez não...
Mas este assunto, se me permites, gostaria mesmo de tratar internamente.
De qualquer forma, não é tão claro assim nem foi um tiro no pé, te garanto eu...mas repito, sobre quem deu o tiro e aonde o deu, fica para dentro do BE. Pelo menos para já.

 
At 8/14/2007 11:51 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Desculpa não ter assinado foi só esquecimento, o anterior comentário e este são do A. Pacheco.

Pois não vejo a diferença , para mim é tudo a mesma coisa, e para mim importante é a TUA opinião estar lá , já agora em contraponto com a de João Semedo, o que é significativio.

Mas respeito o teu ponto de vista, pois dizes e bem, que o teu possivel desacordo é para discutir internamente.

È nisto que eu distingo certos militantes, muito ropturas, muita esquerda comunista ( seja lá o que isso fôr....), mas que não enxergam, que o debate de ideias livremente expresso, pode ter limites.

Limites que nós proprios nos devemos impôr, e não que alguem nos
imponha.

Como dizia com piada o Daniel Arruda algum tempo atras, uma especie de centralismo democratico, feito por cada um de nós, não sei se me faço entender.

È a grande diferença entre aqueles que percebem o que é ser militante partidario, e aqueles amigos, que há primeira noticia publicada no Correio da Manhã ou no Publico, , sem qualquer especie de pudor ou de espirito critico, se fazem porta-vozes, só pelo prazer da chicana politica.

Mas como dizia a eterna Yourcenar, num livro que aconselho, o tempo é o grande escultor, de homens, de ideias, de atitudes.

Veremos dentro de alguns anos onde andaremos todos, isto se entretanto ,alguns pela lei natural da vida, não formos para o jardim das tabuletas.

Não não estou a ser tetrico, mas não somos nenhum Matusalem por isso algum dia temos de ir.

 
At 8/15/2007 12:09 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

A. Pacheco, não sejamos ingénuos. Nunca foram publicados artigos de opinião no bloco.org mas sim no esquerda.net. A Isabel inaugurou o novo espaço, propositadamente criado, e minutos depois o João Semedo também lá estava, com um texto altamente dignificante para um membro da CP, diga-se de passagem.

 
At 8/15/2007 12:37 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Posso não gostar do estilo com que o João Semedo escreveu, digo-o abertamente, mas o fundo aquilo que ele disse, eu estou totalmente de acordo, aliás por outras palavras, é o que tenho dito...

Mas o debate , para ser sério, e sobretudo proficuo, tem de ter da parte de todos os intervenientes, um proposito construtivo, e não é isso que eu tenho visto, nem neste , nem em muitos outras tomadas de posição de certos companheiros.

Aliás o defeito talvez seja meu, que acredito ainda neste projecto , começado há nove anos,que com todas as vicissitudes, se tem afirmado no panorama politico português, que conseguiu trazer para o debate, muitas questões de cidadania, que foi e é uma oposição no Parlamento e nas empresas á politica neo liberal, deste e dos anteriores governos,que tem tentado , com muitas falhas diga-se, que haja debate e pluralismo nas opiniões, mas combatendo a visão das ropturas, daqueles que só existem destruindo.

O passo seguinte , que se o Bloco não o der, será o seu toque de finados, será a organização, tem sido ela a principal causadora, de muita desmotivação, de cidadãos que querem colaborar com o Bloco.

E é porque ainda acredito neste projecto, que acredito que só com um debate totalmente livre MAS CONSTRUTIVO, que me continuo a empenhar nele, e repito, se já nada me motivasse, se discordasse de toda a linha politica, da sua aplicação pratica, se tivesse a certeza que os dirigentes são uma cambada de oportunistas sem principios, como certos militantes o escrevem sem rebuço, já teria feito as malas, e ala que se faz tarde.

A vida é muito curta, custa-me a perceber como há pessoas, que criticando TUDO o que se faz no Bloco, continuam MASOQUISTAMENTE, a estarem cá.

Já sei que vão dizer, que estou a apontar a porta da rua a certas pessoas, FALSO, a decisão de cada um militar, ou não, num projecto politico, é individual e intransmissivel, agora , que não entendo , pelas razões que tentei expôr, realmente não entendo....

A. Pacheco

 
At 8/15/2007 2:10 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Pois A.Pacheco, as portas só as costumo tranpôr por opção, mesmo (as que a vida me obriga a transpôr é outro caso e mesmo assim...).
Além disso continuas a bater na tecla do Oportunismo...e eu continuo sem vislumbrar onde é que viste nas minhas palavras qualquer vestígio dessa acusação...vale a pena continuar a desmentir-te que as minhas criticas não são o que nelas queres ver?
Quanto a dirigentes...pois, isto não é puxar galões...mas até daqui a dois anos e pelo espirito dos Esattutos do Bloco...sou tão dirigente como qualququer outro dirigente...outra razão para não colocar sequer a hipótese de bater portas como tu sugeres...no momento em que aceitei fazer parte de uma lista para a Mesa Nacional...passei a ter obrigações para quem me elegeu. Saberei honrá-las.

 

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