"Mas olha que a tua filha é mais puta que a minha"
Já aqui falei que chegue sobre o acordo de Lisboa. Nao vou repisá-lo. Mas não posso deixar passar em claro o que o Jornal Avante escreve esta semana. É que há limites. Eu aceitaria lições de moral a quem a puder dar o que aqui não é o caso. O PCP não tem nenhuma razão em cuspir para o ar. Basta olharmos para a história. Quem fomentou a coligação em Lisboa com o João Soares, tão só o pai da Bragaparques em Lisboa? Quem se tem coligado com o PSD no Porto? Ou em Sintra? Quem na está coligado com PSD e Monárquicos em diversas juntas de Freguesia?
O Bloco cometeu um erro, é um facto, todos os partidos os cometem. Há que,no futuro, saber e ler o que correu menos bem neste processo para não voltar a cometer esse erro. Os eleitores daqui a dois anos vão julgar as atitudes do BE. É assim a democracia. Mas o PCP já cometeu estes erros e já foi julgado. Porque pensam que o candidato do PCP passa de 2ª mais votado a 5º mais votado em pouco mais de uma década? Porque é que o PCP elege hoje, com uma margem tudo menos folgada, dois vereadores, quando já foi a força política mais importante de Lisboa? Por isso o PCP não tem moral para falar em coligações autárquicas. Mas também não tem moral para falar porque os seus actos contradizem as suas palavras. Na última votação de Câmara, como oportunamente aqui escrevi, votou contra medidas que dizia defender como a proximidade e transparência só para dizer que não vota ao lado do BE e do PS.
Os eleitores terão a sua palavra daqui a dois anos e saberão dar a resposta que acharem mais adequada. Não será certamente com o seu triste passado e com o seu futuro mais que incerto que o PCP saberá ou poderá dizer o que é correcto ou não. Dediquem-se a fazer panelinha com os patrões na CGTP, a apoiar a direita nas autarquias e deixem os outros da mão que saberão certamente tirar as conclusões daquilo que corre menos bem.
Nestas altura lembro-me sempre da expressão de uma mãe para outra quando discutem as qualidades e defeitos das filhas:
"Mas olha que a tua filha é mais puta que a minha"
Etiquetas: Daniel Arruda
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"não têm nenhuma credibilidade para criticar o Blcoco os que sempre fizeram acordos com os Partidos da Direita nas Autarquias. Os que ainda os mantêm por essa Lisboa fora. Os que os fizeram no Porto, apesar do PSD estar no Governo. E em Sintra, apesar do PSD estar no Governo, por exemplo."
Eu escrevia isto no dia 1 de Agosto, num post em que manifestava a minhas divergências com a celebração do Acordo.
Só me falta acertar no Euromilhões...
Em comunhão
Jorge Cordeiro
Louçã decidiu aduzir argumentos em favor do acordo estabelecido com o PS em Lisboa. Adereçadas por umas quantas afirmações demagógicas, Louçã justificou a coisa zurzindo no PCP. Se por aquelas bandas a expectativa com a presente crónica seria a de ver nela insinuado que, com tal acordo, o seu vereador buscou ocupação e o respectivo partido guarida para o pessoal político, desenganados fiquem. Nem tão pouco a verberação pelo singelo, e absolutamente natural, facto de um vereador em minoria assumir responsabilidades em municípios de maioria de outras forças políticas.
O que aqui se quer é não deixar que a mentira faça caminho e evidenciar três factos. Primeiro, o de Louçã não ter resistido a deitar mão à sua habitual manipulação de conceitos e palavras para acusar o PCP de, pelo simples acto da assunção de pelouros, se coligar ou aliar com o PSD em outros municípios, para assim justificar o acordo do BE com o PS.
Segundo, o de notar que em rigor há algo que distingue com toda a clareza as condições de intervenção da CDU em municípios de minoria daquelas que o BE assumiu em Lisboa: o da total independência traduzida na recusa de qualquer compromisso prévio para dar acordo aos principais instrumentos de gestão. Ao dar garantias por antecipação à aprovação dos planos e orçamentos o BE não só se dispõe ao papel de refém do PS como é sinal de bem mais que um mero acordo para assunção de pelouros e responsabilidade.
Por último, mas o mais importante, é que afastada a cortina de frases sonantes sem sentido como os pré-anunciados «grandes confrontos com o próprio PS na Câmara», ou a do papel que o vereador atribui à amêijoa do Tejo para equilibrar as contas municipais, a verdade é que BE e Sá Fernandes assumiram já de corpo inteiro o pior da política nacional do governo do PS: o ataque aos trabalhadores e à sua estabilidade de emprego. A decisão de congelar uma dezena de concursos para admissão de jardineiros (pelouro do vereador do BE) e as lamúrias sobre o excesso de pessoal são, a par da prenunciada revisão da actual maioria da política sobre empresas municipais, um exemplo de que, mais maduras do que parecem, podem estar as condições para intensas comunhões com o partido do Governo.
anónimo, sabes o que é um link? É que isso que escreveste está no post.
"em rigor há algo que distingue com toda a clareza as condições de intervenção da CDU em municípios de minoria daquelas que o BE assumiu em Lisboa: o da total independência traduzida na recusa de qualquer compromisso prévio para dar acordo aos principais instrumentos de gestão. Ao dar garantias por antecipação à aprovação dos planos e orçamentos o BE não só se dispõe ao papel de refém do PS como é sinal de bem mais que um mero acordo para assunção de pelouros e responsabilidade."
Em Braga a CDU aceitou pelouros de Mesquita Machado em 2001/2005, e votou todos os planos e orçamentos ao lado do PS. Dirá o anónimo que não tinha um acordo escrito, mas o resultado prático foi mesmo esse: subserviência total ao melhor amigo do Domingos Névoa...
João, o nosso anónimo é uma anónima e normalemente tem dois tipos de comentários:
Ou respira ódio pelo Bloco e pelos militantes do Bloco (comigo chegou a ser patético) ou faz copy paste de artigos alheios (normalemente do CC do PC e Amigos). Ultimamente tem-se especializado nesta última versão.
fastada a cortina de frases sonantes sem sentido como os pré-anunciados «grandes confrontos com o próprio PS na Câmara», ou a do papel que o vereador atribui à amêijoa do Tejo para equilibrar as contas municipais, a verdade é que BE e Sá Fernandes assumiram já de corpo inteiro o pior da política nacional do governo do PS: o ataque aos trabalhadores e à sua estabilidade de emprego. A decisão de congelar uma dezena de concursos para admissão de jardineiros (pelouro do vereador do BE) e as lamúrias sobre o excesso de pessoal são, a par da prenunciada revisão da actual maioria da política sobre empresas municipais, um exemplo de que, mais maduras do que parecem, podem estar as condições para intensas comunhões com o partido do Governo.
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