Amanhã também é o outro 11 de Setembro
Amanhã, dia 11 de Setembro, todas as rádios, os jornais e televisões recordarão os sons e as imagens de Nova York. Recordar-nos-ão, então, a morte e a barbárie. Falar-nos-ão de violência sem sentido. Recordar-nos-ão até onde pode ir a cegueira e irracionalidade do homem. Ouviremos falar de fundamentalismo e de terrorismo. E saberemos do que falam.
Talvez, quase em surdina, numa pequena notícia perdida entre imagens do World Trade Center e directos à porta de casa dos McCann, falem do outro 11 de Setembro. 1973, Santiago do Chile.
E, no entanto, todas as palavras poderiam ser para esse 11 de Setembro usadas. Morte sem sentido. Cegueira. Irracionalidade. Fundamentalismo e terrorismo fizeram o fim de um sonho e instauraram o terror.
Tristes os homens que permitem que lhes tornem selectiva a memória. E que permitem que os obriguem a escolher entre morte e morte. Violência e violência. Terror e chacina.
Porque do 11 de Seetembro de 2001 amanhã todos nos recordarão, aqui fica a memória do outro 11 de Setembro.
Manifesto de Victor Jara. O cantor a quem os militares chilenos, que derrubaram Allende com o apoio dos EUA, cortaram as mãos para não tocar. E depois assassinaram. Assim como a mais milhares de chilenos que acreditaram que era possível pacificamente criar um País novo.
Talvez, quase em surdina, numa pequena notícia perdida entre imagens do World Trade Center e directos à porta de casa dos McCann, falem do outro 11 de Setembro. 1973, Santiago do Chile.
E, no entanto, todas as palavras poderiam ser para esse 11 de Setembro usadas. Morte sem sentido. Cegueira. Irracionalidade. Fundamentalismo e terrorismo fizeram o fim de um sonho e instauraram o terror.
Tristes os homens que permitem que lhes tornem selectiva a memória. E que permitem que os obriguem a escolher entre morte e morte. Violência e violência. Terror e chacina.
Porque do 11 de Seetembro de 2001 amanhã todos nos recordarão, aqui fica a memória do outro 11 de Setembro.
Manifesto de Victor Jara. O cantor a quem os militares chilenos, que derrubaram Allende com o apoio dos EUA, cortaram as mãos para não tocar. E depois assassinaram. Assim como a mais milhares de chilenos que acreditaram que era possível pacificamente criar um País novo.
Etiquetas: Isabel Faria
3Comenta Este Post
Lembro-me de há dois anos também escrever sobre esse outro 11 de Setembro e terem-me dito que estava er a aquerer passar uma esponja por cima dos atentados de NY.
Triste serão aqueles que um dia esquecem que a barbarie não tem só uma face. Netse dia teve duas com apenas um ponto em comum. Os EUA.
Mais uma vez tivemos a mesma perspectiva, e desta vez tu escreveste antes de mim, mas acontece que só a esta hora estou a abrir o Troll...
Encontramo-nos sempre nestas ocasiões, não é?...
Será que, por evocarmos o Chile de Allende, seremos alvo da censura persecutória da direita bloguista?
A ver vamos...
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