Preços que se pagam
Quando me iniciei nestas andanças de Blogs, comecei sem nome. Melhor, sem nome que fizesse a cara. Isabel, chamava-me no Afixe. Por não ter nome com cara agarrada, permitia-me escrever sobre coisas minhas, intimas, que o juntar do apelido tornaram impossível de manter. Por opção, mas, sobretudo, por incapacidade.
Juntar o Faria, foi, pouco depois de entrar para o Troll, a forma que encontrei de lutar contra a cobardia de algum anonimato que nos enchia a caixa de comentários. Depois, ao longo destes últimos anos, por razões que tiveram a ver com algumas opções, públicas e políticas, o apelido impôs-se. Nas caixas de comentários continuam aqueles que sob a capa do anonimato vão desfiando fantasmas, respirando ódio, mas também muitos que, sem rasto de rancor ou de infâmia, apenas fazem uma opção. Tão legítima como a minha.
Tão legítima mas, seguramente, não tão arriscada.
O Fernando do Foice dos dedos que o diga.
Porque entendeu que para tomar posições políticas e públicas consequentes teria que assumir a sua identidade, o Fernando foi ontem constituído arguido.
Se tivesse optado pelo anonimato, o Fernando, como tantos por essa Blogosfera fora, poderia difamar e mentir.
Assim, porque optou por ser um cidadão livre num País livre, o Fernando viu-se metido nos meandros de um processo judicial.
A questão que aqui me preocupa, apesar dessa muito me preocupar, não é, apenas, o atentado à liberdade. É o atentado à liberdade responsável.
O Fernando sabe que algumas vezes temos tido alguns momentos mais ou menos "quentes" de discussão em caixas de comentários. Nem sempre estamos de acordo. Mas sabe também que estamos de acordo no essencial: queremos e lutamos por um País justo, livre, democrático. Onde os cidadãos possam ter nome. Por isso, vou continuar a procurar o Foice dos Dedos para uus "parágrafos" acesos. E sei que o Fernando vai lá estar. Homens como ele não se amedrontam com papões. Os papões são chatos, aborrecem, às vezes até nos provocam umas dores de cabeça, mas não nos calam.
Quando estava no Afixe não corria o risco de ir parar à barra de um tribunal...mas não estava inteira. E é inteira que eu quero aqui estar. Tal como o Fernando.
Juntar o Faria, foi, pouco depois de entrar para o Troll, a forma que encontrei de lutar contra a cobardia de algum anonimato que nos enchia a caixa de comentários. Depois, ao longo destes últimos anos, por razões que tiveram a ver com algumas opções, públicas e políticas, o apelido impôs-se. Nas caixas de comentários continuam aqueles que sob a capa do anonimato vão desfiando fantasmas, respirando ódio, mas também muitos que, sem rasto de rancor ou de infâmia, apenas fazem uma opção. Tão legítima como a minha.
Tão legítima mas, seguramente, não tão arriscada.
O Fernando do Foice dos dedos que o diga.
Porque entendeu que para tomar posições políticas e públicas consequentes teria que assumir a sua identidade, o Fernando foi ontem constituído arguido.
Se tivesse optado pelo anonimato, o Fernando, como tantos por essa Blogosfera fora, poderia difamar e mentir.
Assim, porque optou por ser um cidadão livre num País livre, o Fernando viu-se metido nos meandros de um processo judicial.
A questão que aqui me preocupa, apesar dessa muito me preocupar, não é, apenas, o atentado à liberdade. É o atentado à liberdade responsável.
O Fernando sabe que algumas vezes temos tido alguns momentos mais ou menos "quentes" de discussão em caixas de comentários. Nem sempre estamos de acordo. Mas sabe também que estamos de acordo no essencial: queremos e lutamos por um País justo, livre, democrático. Onde os cidadãos possam ter nome. Por isso, vou continuar a procurar o Foice dos Dedos para uus "parágrafos" acesos. E sei que o Fernando vai lá estar. Homens como ele não se amedrontam com papões. Os papões são chatos, aborrecem, às vezes até nos provocam umas dores de cabeça, mas não nos calam.
Quando estava no Afixe não corria o risco de ir parar à barra de um tribunal...mas não estava inteira. E é inteira que eu quero aqui estar. Tal como o Fernando.
Etiquetas: Isabel Faria
3Comenta Este Post
Como não sei do que se trata só posso fazer considerações genéricas. Essa coisa dos nicks tem dado mais que falar do que o assunto merece.
Até parece que se descobriu a pólvora com o facto de não se assinar com o nome que vem no nosso B.I.
Quando afinal quantos e quantos escritores ficaram conhecidos por nomes «literários» que não tinham nada a ver com aquele que estava no seu registo. Está na liberdade de cada um, mostrar-se ao mundo como muito bem entender.
Evidentemente que isso não pressupõe impunidade para inventar calúnias ao abrigo desse anonimato. Por isso é que para mim penso que por exemplo os blogs, deveriam ter um registo, confidencial, mas onde figurasse a identificação de cada um para em caso grave se saber a quem pedir contas. Mas isto quando se justificasse realmente uma questão de tribunal.
Agora, por se ter a opção de deixar o nosso nome ficarmos à mercê de cada louco que se passeia pela net - obrigada, mas eu não!
Sou a Emiéle, e quem quiser falar comigo tem uma caixa de correio no meu blog. Começa e acaba aí.
No teu caso, Isabel, compreendi as tuas razões, mas sabes que não concordei com elas. Perdeste muita leveza e disponibilidade naquilo que escrevias, desculpa, mas é.
Contudo, só posso desejar FORÇA. Não se deixem intimidar, que seria um mau começo para todos nós.
èmièle, eu nunca disse que não estav na liberdade de cada um escolher o seu nome ou um nick. Ou apenas aparecer como anónimo. Escrevia eu neste post: "...mas também muitos que, sem rasto de rancor ou de infâmia, apenas fazem uma opção. Tão legítima como a minha." Falava das caixas de cpmentários. Poderia estar a falar dos autores de Blogs, mesmo.
A questão, e essa eu sei que concordas, é que sob a capa do anonimato há quem use as caixas de comentários e os Blogs não para fazer critica política, não para escrever sobre a Lua ou sobre o Sporting, mas para difamar e para mentir. E, aí a capa do anonimato, serve-lhes para garantir a impunidade.
A questão é que muitos dos que nas caixas de comentários fazem acusações falsas não são por elas responsabilizados. O problema não está na liberdade de o fazer...está na liberdade irresponsável de o fazer sabendo que não seão por isso incomodados.
Claro que compreendo totalmente a tua posição. Mas tu usas a Net para dar a tua opinião e para te divertires...não a usas para difamares nem para violentares a dignidade de ninguém.
Q questão +e que, pelo que sei do assunto, o Fernando usou uma informação e fez um post sobre ela no Foice dos Dedos...e agora vai ser julgado por o ter feito.
O António Asdrubal, o Mavaricâo, a Belimunda ou a Rosa dos Ventos (espero que não haja Blogers com estes nicks...) se o fizessem não seriam incomodados em suas casas co um postal dum Tribunal qualquer...nem sequer no seu endereço de Email.
A opção pelo anonimato é tão legitima como o seu contrário. A opção pela impunidade que o anonimato dá é que não. O optar pelo anonimato com medo das consequências de se poderem dizer coisas incómodas ou inconvenientes para alguns, também não.
Quanto aos riscos, sabes que concordo inteiramente contigo.Mas também sabes que dadas as opções que tomei nos últimos tempos, manter o anonimato teria sido quase "batota". E prefiro ter perdido a leveza e o entusiamos, diga-se em abono da verdade, do que poder ser acusada de fazer "batota".
A verdade é que se usasse o anonimato nunca teria sido sujeito a um processo-crime por ter opinião. Como quero crer que vai ser feita justiça continuo a dar a cara e a identidade, porque creio dar mais credibilidade aos nossos actos, mas não coloco de parte a possibilidade de passar a usar o anonimato, se entender que essa é a melhor forma de dizer o que quero, sem riscos, a quem merece, que não, obviamente, ás pessoas e ás instituições que já sofrem com tanto canalhisse.
Obrigado, uma vez mais Isabel. E obrigado Emiele.
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