« Home | Pois é. Dado que não faço intenções de tocar mais ... » | Referendo, já!!!!!! » | Alfredo Monteiro, importa-se de expicar porque mud... » | Sir Elton John » | Mais uma vergonha para a diplomacia mundial » | Dois habitantes do País de Sócrates, no seu habita... » | Brilhante » | Foi á meia noite que se deu o "click" » | O Zé de Sousa diz que o desemprego é a prioridade » | O Grande Ditador »

sábado, dezembro 29, 2007

Amin Malouf


Outros que não eu teriam falado de raízes. Não emprego esse vocabulário. Não gosto da palavra raízes e da imagem ainda menos. As raízes enfiam-se na terra, contorcem-se na lama, crescem nas trevas; mantêm a árvore cativa desde o seu nascimento e alimentam-na graças a uma chantagem: Se te libertas, morres!

As árvores têm de se resignar, precisam das suas raízes; os homens não. Respiramos a luz, cobiçamos o céu e quando nos metemos na terra é para apodrecer. A seiva do solo natal não nos sobe pelos pés em direcção à cabeça, os pés só nos servem para andar. Para nós só as estradas contam. São elas que nos guiam da pobreza à riqueza ou a outra pobreza, da servidão à liberdade ou à morte violenta.

Do livro "Origens" de Amin Malouf

2Comenta Este Post

At 12/29/2007 2:43 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Caíram-me bem as palavras, Franco.

 
At 12/30/2007 2:26 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

A mim também. Confesso que ainda não tinha lido nenhuma obra deste homem que escreveu, entre outros, "As cruzadas vistas pelos árabes".
Assim e para honrar o seu nome e obra vou apressar-me a comprar este livro "Origens" donde foram recolhidas aquelas palavras tocantes e, para mim, humanizadoras.

 

Enviar um comentário

<< Home