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terça-feira, fevereiro 26, 2008

Conheço a Lisboa do relatório

Uma cidade de gente pobre e envelhecida é a Lisboa de que fala o 1ª Relatório do Observatório de Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa. Mas também uma cidade de desemprego, de pessoas a viverem apenas com o Rendimento Social de Inserção. E de pobreza escondida, de que fala o Presidente da Junta de Freguesia do Castelo.
Eu, que moro num Bairro histórico, às vezes, subo a Calçada e esta é a cidade que vejo. Há casas sobrelotadas. Quartos alugados a imigrantes, que vivem sem condições. Muitos, em cubiculos, onde nem um casal teria condições para viver decentemente. Compras a pagar no fim do mês, na mercearia do bairro. Mulheres idosas que levam uma carcaça no saco de plástico. Uma jovem mãe, talvez das que fala o relatório, com dois filhos que não têm mais de três ou quatro anos e que diz ao mais velho, que hoje não pode comprar bananas, porque no Domingo ele comeu uma. "No fim-de-semana a mãe compra outra. E um Bolicao para o mano...".
E a cidade das janelas em que se vislumbram rostos enrugados, quase sempre solitários, que espreitam por detrás das cortinas. Efectivamente, a cidade de que fala o relatóro, é a cidade que eu conheço aqui à volta.
Até, de quando em vez, se ouvem comentários como os do Presidente da Junta de Freguesia de Marvila...
A cidade que eu conheço confirma, infelizmente, o relatório.

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At 2/27/2008 12:12 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Só não é um belo post porque é chocante
Robles

 
At 2/27/2008 1:04 da tarde, Blogger cereja escreveu...

É claro que é um belo post, Robles. Choca-nos porque nos identificamos. Porque encontramos estas pessoas nas paragens do autocarro, nas bichas dos mini-preços, muitas vezes a correrem para conseguirem fazer o que precisam e sempre com um ar de grande cansaço e desânimo.
Não era preciso o relatório, é claro, mas dá outro peso às nossas «impressões».

 
At 2/27/2008 10:15 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Obrigado Robles.

Foi essa a sensação, Émièle. Eetava a ler o relatório e conseguia encaixar gente, pessoas que conheço ou que encontro em cada um dos casos.

 

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