A caminho do parque da Bela Vista IV
No meu último post "A caminho da Bela Vista" fiquei no álbum "Like a Prayer" que, como escrevi, significou a viragem da Diva.
Era altura de fazer um balanço e recomeçar. E ela fé-lo como ninguém o tinha feito até então, lançando o "The imaculate colection", que continha dois temas novos. "Rescue me" e "Justify My Love". Isto, na música, porque, para além disto, Madonna dá também o salto no cinema depois de alguns papéis menos conseguidos, se exeptuarmos o "Desesperadamente procurando Susana", com o filme "Dick Tracy". Mas a Madonna do cinema não acaba aqui. Neste filme, Madonna ganha o seu 1º e único Óscar com a melhor banda sonora original interpretando "Sooner or Later (I Always Get My Man)" e é, também nesta altura, que Madonna lança em Cannes o "Na cama com Madonna" que rapidamente se transforma num êxito total e à escala global. Ao escrever isto lembro-me que já há mais de 3 anos que não o vejo.
É nesta altura que eu entendo perfeitamente a Madonna. Acho que é nesta altura que deixo de ser um fã pela música para perceber esta mulher na plenitude. É a altura de perceber a sexualidade como ela é e, nisso, Madonna foi a parte central. Foi o descobrir que o limite é o não limite. A única coisa que existe é o respeito pelo outro(s). Foi o perceber que eu afinal também era geração Madonna e ficar feliz com isso. Madonna ganha para mim neste momento o estatuto de única e verdadeira raínha e de Diva.
O vídeo que fica aqui hoje é o espelho disso tudo. Há quem lhe chame soft porn mas para mim é o espelho da fase que ela vivia e que por coincidência caíu que nem sopa no mel na minha. Este vídeo foi banido pela MTV (tão púdicos que eles eram) mas até nessa adversidade a Diva deu a volta e inovou. Tornou-se o 1º video single em formato VHS que vendeu mais de 400 000 unidades nos EUA e mais de 1,5 milhões em todo o mundo. Este é o efeito Madonna. Não há adversidades. Há desafios que devem ser vencidos e para cada contrariedade há uma solução.
Fiquem com o Justify my love. A caminho da Bela Vista.
.Etiquetas: Daniel Arruda
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