De regresso do Parque da Bela Vista
Vou tentar o exercício difícil de tentar descrever o indiscritível e prometo que nos próximos tempos é a última vez que vos chateio com a Diva.
Hoje já li por aí tanta coisa que, de facto, estou banzado. Desde o melhor ao pior e até chamarem ao concerto um embuste só porque chegaram à Bela Vista às 20 Horas e esperavam ter lugar na 1ª fila e acabaram lá para trás e queixam-se que se via mal. Pudera, num concerto com 75000 pessoas queriam o quê? Eu fui dos felizardos da pulseira amarela. Cheguei cedo, por volta das 15.30 e à entrada tive direito à mágica pulseira que me dava acesso ao front stage. Ou seja, vi o concerto a 10/15 metros da Diva. Ainda deu para comer, beber e nunca perder o lugar. Por isso, aos que ficaram lá para trás temos pena. Mas mesmo assim acho exagero. No mesmo espaço vi Bon Jovi lá de trás e não se vê mal. Pequeno é certo. mas não mal.
Regressando ao concerto de ontem.
Não posso fazer comparações com os dois que tinha visto ateriormente. São muito diferentes mas posso afirmar que este poderia facilmente chamar-se Reenvention Tour 2, tal a transformação que Madonna deu a muitas canções, a começar pela maior que foi o "Borderline", numa versão altamente rock ou o "Like a Prayer" numa versão totalmente nova ou mesmo o "Vogue" com toques de "4 Minutes" pelo meio. Mas mesmo a concepção de espectáculo foi outra. Neste não houve tanto efeito especial, mas brilhou a continuidade em 2 horas non stop e pelo glamour da Diva e dos bailarinos.
Mas Madonna esteve igual a si própria. Confiante, linda, sempre com aquela cara de quem está a ter prazer no que faz. Podia estar aqui horas a escrever sobre o concerto, pois tudo o que ela fez foi lindo, desde cadilacs a entrarem em palco, ao recado a Britney Spears quando a foto dela aparece quando Madonna acaba o Human Nature a dizer "I'm not your bitch", quando deixou ouvir o público em "Like a Prayer" ou o quando Madonna que nesta tourné não deixa de fazer política deixa o seu claro apoio a Barack Obama quando a sua foto aparece nos ecrãs no final do "Get Stupid". Dos intrevalos, entre partes, destaco o "Die another day". Fantástica coreografia em palco e nos ecrãs.
Mas para mim o ponto alto está quando Madonna canta o "She's not me". Coreografia fantástica, cheia de sentido e recado. Para os fãs especialmente mas de tal maneira bem feito que fiquei sem reacção apenas a olhar. Deve ter sido a única música onde não pulei, dancei ou bati palmas.
Ou seja um concerto que quem foi, viu, quem não foi perdeu provavelmente o melhor espectáculo da década em Lisboa.
Fiquem com parte do "She's not me" na versão de Cardif.
..Etiquetas: Daniel Arruda
8Comenta Este Post
sempre me fascinou a atracção que uma quarentona em cuecas provoca nos trintões :-)
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo, nem aquilo são cuecas nem ela é quarentona. São calções e ela é cinquentona. Mas nem sabes as situações e atracções que ela me causou.
eheheheh
Ainda bem que gostaste, Daniel.
Apesar de a Madona não me merecer essa paixão, compreendo-a (isto partindo do princípio que há alguma paixão entendível!!!).
Mas ainda bem que acabste dizendo que foi provavelmente "o melhor espectáculo da década em Lisboa"...se te tivesses engando e escrito o melhor concerto, lá tinhamos umas coisas para discutir...:)
Eu não te fazia essa maldade sabendo da tua "paixão" pelo Cohen
:)
são calções??? no meu tempo eram cuecas!!! ou as nádegas estão descaídas?
Anónimo, francamente. Tu achas que aquilo tem nádegas descaídas. Firmes que nem uma pera rocha.
-)
Isso não é nada! Eu que sou ateu ainda ontem estive a beber umas minis com Deus.
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