Os silêncios de Sá Fernandes
Sem entrar em grandes polémicas que, neste momento, quase deixaram de fazer sentido, ou não faria outra coisa senão questionar onde anda e o que anda a fazer o Vereador que eu elegi, aqui fica um parágrafo do artigo, sobre Alcantara, de Sá Fernandes no Público:
"Defendo que devia ter havido concurso público para a concessão do porto, em Alcântara, após 2015, mas uma coisa é certa, temos tempo para todos discutirmos as matérias atrás referidas, sem medalhas nem louvores antecipados, mas apenas com o intuito de prosseguir o interesse público".
No tempo em que eu julgava conhecer Sá Fernandes, o interesse público passava por se ter que discutir estas matérias "antes". Nessa altura, uma coisa era certa, Sá Fernandes se defendia uma coisa não achava que haveria tempo de falar nela quando tivesse tempo, calando-a, entretanto.
O Vereador vai perdendo a voz com que todos contávamos. Eu perco o meu Vereador.
Etiquetas: Isabel Faria
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Neste discurso vejo uma certa simpatia e solidariedade encapotada com o Santana Lopes, é muito provavel que o Sá Fernandes não seja o justiceiro que a AL Jazeera tenha feito, e assim cai por terra, O MITO e o BE.
Solidariedade encapotada com Santana Lopes....
O Mito e o BE.
Oh sôr Geraldes as confusões que vão na sua cabeça....
O Santana, se o Procurador for digno do cargo que ocupa, vai responder como o Carmona, por muita falcatrua que foram aqueles anos que esteve há frente da Camara de Lisboa , e já agora deveriam investigar tambem os favores do tempo da Figueira da Foz.
O Sá Fernandes , há muitos anos, mesmo antes do BE o ter convidado POR DUAS vezes a encabeçar as listas para Lisboa como independente, defendia causas, e não olhava ás consequências nas denuncias, e na defesa dos interesses de Lisboa.
Isso nada tinha nem tem de justiceiro , agora que ultimamente , Sá Fernandes tem assumido posições, que são dificeis de compreender , á luz que era o Sá Fernandes há dois ou 3 anos, isso é uma realidade.
Mas em politica como nada do parece é, aguardemos o fim do mandato, já falta menos de um ano, e analisemos com insenção se Sá Fernandes cumpriu, ou não, o programa com que se apresentou ao eleitorado, e se o acordo de seis pontos com o PS, foi cumprido na integra, ou pelo contrario parte do acordado ficou nas intenções, e no papel.
Quanto ao resto, Lisboa continua a aguardar uma verdadeira revolução, que traga pessoas para a Baixa, que ataque o flagelo dos predios entaipados, que impeça que a destruição de muitos predios de inegavel valor arquitectonico, que defina uma verdadeira politica de transportes, com prioridade ao transporte publico.
que acabe com a chaga do estacionamento anarquico em cima dos passeios.
E que não cometa erros seja por desconhecimento, ou por incompetencia, como aquele que se está a passar no Bairro Alto, não é bom para os moradores, não é bom para o comercio, e acaba por nem sequer trazer vantagens á tão propalada segurança.
Quanto a frente ribeirinha, é necessario um verdadeiro plano para toda a zona e um Presidente de Camara e uma vereação com pulso para defenderem os interesses da cidade.
Só espero que o Blogue Lisboa Lisboa, do assessor do PCP, na Camara de Lisboa, não transcreva amanhã este texto da Isabel Faria com o Titulo , Isabel Faria dirigente do Bloco de ESquerda, retira confiança politica ao vereador Sá Fernandes.
É que o homem, há falta de noticias da Rita Magrinho e do Ruben, nos ultimos 6 meses já publicou esta noticia algumas seis vezes, e com esta serão sete.
Daniel, como já tenho idade suficiente para ter perdido os mitos, politicamente, o que me incomoda é o projecto que se perde (adia?).
E o Bloco não cai por terra assim tão facilmente. Basta-lhe ter coragem política para aprender com as experências negativas e vontade política de lhes propôr alternativas. Como continu no Bloco, calclua aque acho que temos /teremos.
Anónimo, não vamos poder aguardar um ano, e sabes isso tão bem como eu.
Quanto ao José Carlos Mendes, duvido que me venha cá buscar um post antes de me dar uma resposta que me ficou de dar há meses, quando o questionei sobre a posição do PCP sobre o problema das demolições do Bairro da Liberdade.
Acredito que ele só não me deu a resposta que me prometeu porque se esqueceu que o Troll existe...logo não passa por aqui...logo não corro esse risco.
que silêncios Isabel? Sá Fernandes mostra-se contra a adjudicação sem concurso público. De resto o que li (é pena não teres colocado o link ou mencionado o endereço) é um texto sério, com ideias sobre o projecto (qual é a posição do bloco? não vi ainda nenhuma posição pública) mesmo podendo discordamos. já li coisas do Pedro Soares contra o alargamento mas não vi expressa nenhuma alternativa. Já ouvi o Daniel Oliveira falar sobre o assunto parecendo ter uma posição diferente (centrada mais em não querer perder o Porto de Lisboa (baseado unicamente nos interesses da cidade do que em apresentar soluções alternativas). Também não sei qual é a tua posição. A posição de Sá Fernandes é a de estar contra não ter havido concurso (o que me parece consensual) e dizer que sobre o projecto de alargamento,em si, é uma matéria que deve ser objecto de uma grande reflexão e que sobre estas matérias (e é sobre isto que ele se refere, logo o "antes" que referes não tem nenhuma aplicação neste caso) -o alargamento e as alternativas que se colocam estão abertas. E nessa tarefa todos os que defendem o interesse público devem ser chamados a essa discussão. Que é uma coisa que não vejo, infelizmente, a ser discutida, à excepção do blogue Cinco Dias, onde também, ao que parece ninguém tem certezas, sobre qual a melhor solução: o actual projecto, mudar de local, Santa Apolónia? O que mais torna importante esta discussão que Sá Fernandes propõem. O Sá Fernandes é um alvo fácil. Continuo a achar que tomáramos todos ter muitos Sá Fernandes nas autarquias do país.
Fernando, o meu post era sobre a aceitação que me parece pacífica do Sá Fernandes sobre a não existência do concurso público. O nosso compromisso e o dele era de que teria que haver uma discussão pública ANTES de se tomarem decisões. Isso não foi feito. A discussão pública que está a haver está a ser feita depois.
O facto de se conceder a exploração a uma empresa como a Mota Engil, e a não ser que sejamos todos ingénuos, significa que as escolhas estão feitas. E era disso que os post falava. O Sá Fernandes que eu elegi,para além de nunca ter permitido que que uma empresa ficasse com a exploração de algo sem concurso público...não se limitaria a dizer eu fui contra.
O Sá Fernandes não é um alvo fácil, porque nunca ninguém dentro do Bloco quis dele fazer um alvo. O Sá Fernandes optou por se tornar alvo para aqueles que o elegeram e que o apoiaram. E essa opção foi/é dele. Não nossa.
O Sá Fernandes não optou por ser alvo, Isabel Faria, ele sempre foi um alvo a abater, quer por alguns sectores do Bloco, mesmo durante o primeiro mandato,quer após o acordo com o PS.
É claro que casos como a Gebalis , eu não os aceito.
Mas será que um sector de militantes do Bloco, por muito que o Sá Fernandes dê justificações, que até podem ser logicas, aceitará alguma vez essas justificações.
Para esses Sá Fernandes traiu , passou-se para o lado do Costa, e já não há nenhuma hipotese de futuro trabalho conjunto.
ERRO....
E se surgir com força, uma lista que tente englobar Costa, Roseta, Sá Fernandes, PCP.... o Bloco ficará de fora?
Ou pelo contrario , tentará que essa lista se comprometa com objectivos claros, e uma politica de esquerda a favor do povo de Lisboa?
Como diz o Fernando, o que o Bloco tem que desde já definir, é o que pretende para Lisboa, e aquilo com que não pactuará.
E isso ainda não vi com clareza escrito em parte alguma.
O Bloco já decidiu, e bem, que em caso algum fará coligações com o PS. Até prova em contrário Costa é o número 2 do PS. Logo...
Anónimo, das 13.20horas, espero que quando chegar a hora, entendas que estás enganado. Não serei eu, hoje, a provar-to.
Quanto à parte das coligações, o anónimo das 13,40h já te deu a resposta. Que é maioritária no Bloco, faz parte de documentos aprovados na Mesa Nacional, constava dos programas das duas listas concorrentes à Concelhia e só poderá ser alterada em Convenção...a não ser, obviamente, que o Costa saia do PS...
"O Sá Fernandes não optou por ser alvo, Isabel Faria, ele sempre foi um alvo a abater, quer por alguns sectores do Bloco, mesmo durante o primeiro mandato,quer após o acordo com o PS."
Anónimo das 13.20. horas, voltei aqui só para me esclareceres esta dúvida de que não me apercebi no teu comentário:
Que sectores do Bloco, onde e quando fizeram criticas publicas á actuação do Sá Fernandes no seu 1º mandato? Já agora que sectores do Bloco, onde e quando apresentaram dúvidas públicas quanto à sua recandidatura aquando das Intercalares?
Só para esclarecer do que é que falamos...
Se calhar nem era necessario sair dos comentarios do Troll, para provar-te o que disse.
Mas mais, houve artigos publicados em jornais , durante o primeiro mandato , que colocavam duvidas sobre a forma de actuação do Sá Fernandes, acusações que tinham a ver com o consideravam ser preocupações erradas sobre os problemas de Lisboa, não punham em causa as denuncias, punham em causa a falta de resposta, ao que consideravam ser os problemas de de Lisboa, costumas ler o que escreve a FER.....
Durante a campanha para a reeleição , aí foi VERGONHOSA, a atitude de certos militantes, já para não falar na clara falta de empenhamento de muita gente, preciso de te dar exemplos....
E para terminar a forma como foi discutida e mal aceite o acordo PS-BE .
Sá Fernandes não estará isento de culpas, mas o BE ou pelo menos alguns militantes, ainda não entenderam o que é trabalhar com independentes, e colaborar em candidaturas ou acções unitarias.
Aquilo que eu vi escrito , e por militantes do Bloco sobre o Comicio do Trindade, prova-o.
E se calhar contra mim falo, o comicio do Trindade na realidade não conduziu a parte nenhuma, porque o Bloco ainda precisa de amadurecer para saber tirar proveito, de candidaturas como a do Sá Fernandes, ou comicios como o do Trindade.
"o meu post era sobre a aceitação que me parece pacífica do Sá Fernandes sobre a não existência do concurso público".
Também me pareceu que era isso que tu pensavas Isabel, mas a verdade é que Sá Fernandes sobre isso é claro. É contra. Nem sei como poderia ser a favor, perante um favorecimento ilícito, próprio de políticos oportunistas e sem escrúpulos...
"O nosso compromisso e o dele era de que teria que haver uma discussão pública ANTES de se tomarem decisões. Isso não foi feito".
Sendo esta uma decisão unilateral do Governo que apanhou de surpresa toda a gente,(nada fazia crer que o Governo ia renovar o contrato de concessão: por não ter cessado o anterior; pela renovação do prazo ultrapassar os prazos legais; por não haver concurso) não sei como é que poderia haver um compromisso para ser discutido ma coisa que nunca poderia estar em cima da mesa, por extemporânea.
"O facto de se conceder a exploração a uma empresa como a Mota Engil, e a não ser que sejamos todos ingénuos, significa que as escolhas estão feitas."
Essa é uma verdade. As escolhas do Governo foram feitas. E são duas: a primeira, a de beneficiar um grupo económico a segunda, a opção por um determinado projecto de "requalificação" daquele espaço. Sobre o primeiro, nada a fazer. Talvez apenas no parlamento. Sobre a segunda, talvez se possa fazer ainda alguma coisa e já não seria a primeira vez que o Governo seria obrigado a recuar depois de decisões já tomadas, como foi o caso da localização do novo aeroporto. Mas para isso são necessária alternativas concretas e fundamentadas. E tirando o Sá Fernandes não vejo que alguém tivesse avançado com algumas ideias, a não ser ...ser contra o muro de contentores em frente ao Tejo o que não deixa de ser uma boa razão, digo eu, mas é preciso mais alguma coisa se de facto, os lisboetas, pretenderam manter aquela actividade económica em Lisboa. Parece-me ser esse o grande objectivo de Sá Fernandes e afinal o seu principal objectivo: o de defender os interesses de Lisboa (o que sendo bom para cidade -até pode não ser bom para o país no seu todo - e essa sim, até podia ser uma critica legitima a Sá Fernandes; apenas se preocupar com a defesa de interesses locais.
Assim sendo Isabel, parece-me desproporcionada e desadequada a tua critica. Mas que vem na linha de outras, desde que houve o acordo com o PS para governar Lisboa.
Anónimo, não vale a pena tentares disparar tiros para o lado a ver se acertas no lugar onde queres chegar. Só desperdiças tiros. Neste Blog SEMPRE fiz campanha pelo Sá Fernandes na 1ª e na 2ª candidatura. Se houve pouco empenho de alguns camaradas? Possivelmente, mas se eu te dissesse algumas coisas que vi durante as duas campanhas e que mostram ou não o empenho, iriamos ficar aqui a falar horas. E esa critica eu faço-a dentro do Partido e não aceito medir empenhos. Nem sei como se faz isso, sobretudo, publicamente.
A Acordo foi mal-aceite? Foi
Pela forma como foi feito, pelo Acordo em si, pels resultados que não deu, pelo que significou em termos políticos. Isso asumo-o sem nehum problema. Coerentemente e com a certeza que o tempo acabou, infelizmente para o Bloco, mas, sobretudo, infelizmente para Lisboa por nos dar razão.
Digo-o sem nehuma satisfação, porque o Bloco é o meu Partido, Lisboa a minha cidade e Sá FErnandes ainda o meu Vereador. Mas também sem nenhum arrependimento ou problema de consciência. Fiz o que achei acertado fazer...e nada melhor do que dormirmos em paz com a nossa consciência.
Fernando, o vereador que eu elegi não se limitaria a ser contra num artigo de jornal. Vereador que eu elegi nunca foi contra as coisas que considerou erradas apenas em artigos de jornais.
Não foi só a decisão sobre a Mota Engil que não foi discutida. A questão de Alcanatra de onde essa decisão advém não foi discutida nem na cidade nem na Câmara. Até hoje andamos todos à espera das discussões públicas sobre a Frente Ribeirinha que a CML prometeu aos municipes. E Sá Fernandes aos militantes do BE.
Aimda mais ninguém apresento propostas? Eetás enganado. Ainda não há muito veio uma proposta de um Eng (que sinceramente não me recordo o nome) com a proposta fundamentada que poderia ser no Seixal, nas instalações da antiga Siderurgia Nacional. Há quem considere que não vale a pena trazê-los para Lisboa, havendo Sines ali ao lado, há quem propusesse levá-los para Sta. Apolónia...propostas há pois algumas. Faltou foi discuti-las. E faltou o Vereador discuti-las com o Partido que (também) o elegeu, por exemplo...
DE qualquer forma paraz-me que reconheças que as minhas criticas vêm de depois do Acordo de Lisboa.
POrque efectivamente foi aí e só aí que elas começaram.
Isabel desculpa a insistência. Não sendo na imprensa era a onde? nos tribunais! A decisão do Governo não me parece ser susceptível de ser impugnada nos tribunais. Mas que fosse ...essa era uma decisão que podia ser tomada por qualquer um. Por mim, por ti, pelo Bloco, porque não? ou será que para o SF há um grau de exigência cívica maior!
É claro que a decisão de prolongar a concessão arrastava consigo o projecto novAlcantara. Mas este ainda pode ser mudado. Se houver discussão pública, movimentações e propostas concretas. O SF está a dar o seu contributo. Cadé os outros! Refiro-me concretamente aos que se opõem. E referia-me ao Bloco, claro, quando disse que não vi ninguém a tomar posição.
Mas é culpa do SF (vou acrescentar o SÓ, para não deixar ninguém de fora - então porquê as culpas para cima dele SÓ)o projecto não ter sido discutido na concelhia, na distrital ou no comissão política do Bloco? Alguma vez foi convidado? O Bloco não deveria convidar o seu vereador a debater o assunto para formar opinião? O Bloco não tem representantes no gabinete de SF para fazer a ponte?
Reconhecer que as tuas criticas ao SF vêm depois de se te feito o acordo de Lisboa, não é propriamente um elogio, Isabel. E podes crer que ouvir algumas vozes a insinuar e mesmo a dizer que SF se vendeu (como foi o caso do Daniel Arruda) ao poder, me desagradaram/desiludiram bastante, especialmente porque, no mínimo, foram precipitadas ao tempo e ainda agora me parecem injustas (e não está em causa o direito de opinião ... no caso dele, pareceu-me mesmo e espero que ele me desculpe, alguma imaturidade política e impulsos juvenis). Mesmo que o SF venha a ser no futuro um candidato a vereador pelo PS. Mas também, face às circunstâncias, não lhe vislumbro outra saída, se quiser continuar a lutar em melhores condições, por aquilo que considera os interesses da cidade.
Fernando, num post ali em cima deixei alguns links para um camarada de Partido que nos vem acusando de, já antes no 1º mandato e nas intercalares termos dito cobras e lagartos do Sá Fernandes. Penso que nele respondo à tua questão que não era um elogio... As minhas criticas ao Sá Fernandes apesar de independentes do Acordo de Lisboa coincidem temporalmente com ele, pois eu considero que o Vereador mudou, efectivamente, quando passou a fazer parte do executivo da capital.
Quanto a este parágrafo:
"Mas é culpa do SF (vou acrescentar o SÓ, para não deixar ninguém de fora - então porquê as culpas para cima dele SÓ)o projecto não ter sido discutido na concelhia, na distrital ou no comissão política do Bloco? Alguma vez foi convidado? O Bloco não deveria convidar o seu vereador a debater o assunto para formar opinião? O Bloco não tem representantes no gabinete de SF para fazer a ponte?"
A Concelhia de Lisboa do BE está a fazer um Balanço do mandato do Vereador que será apresentado aos aderentes do Bloco na próxima semana. Se me permites, guardarei estas respostas para a próxima semana.
Fernando, viste o Prós e Contras?
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