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quarta-feira, dezembro 03, 2008

Uma leitura diferente sobre a guerra professores / ministério

Sou pai de uma criança em idade escolar que hoje ficou sem aulas por causa da greve dos professores. Greve essa que eu apoio totalmente. Mas não posso esperar do meu filho que a apoie ou desapoie, sem ninguém lhe explicar o que está em causa e o que defendem uns e outros, até porque espero que o meu filho faça parte da comunidade escolar por mais uns anos e, como tal, deverá saber o que tem, o que o espera e o que poderá ou poderia ter.
Por isso, quando cheguei a casa, ia na firme convicção que lhe deveria explicar o que se passou hoje. Tal como o tinha feito aquando das últimas duas manifestações de professores. À minha pergunta de como tinha corrido o dia, respondeu-me que bem. Apesar da greve.
Apesar? - perguntei eu - Porquê?
Então pai não vês que isto é mau para todos. Para os professores, para os alunos e para os pais que não tinham onde deixar os meninos. Mas a culpa é da ministra.
Como assim? - tentei saber
Oh Pai, sabes que temos os círculos à 6ª feira onde discutimos um tema da actualidade lá no ATL não sabes? Como estavam lá todos os meninos, os da manhã e da tarde resolvemos fazer hoje e discutir a greve. Assim como fizemos por causa do Aborto.
Houve quem não concordasse mas a maioria acha que a culpa é da ministra porque os professores na nossa escola são "fixes" e não fazem mal as coisas. Até participam nas extracurriculares e nós temos boas notas e que achava muito mal que os alunos e pais não se juntassem aos professores nas Manifs e nos protestos à porta da escola.
Não vos vou maçar com toda a conversa mas fiquei a saber que o meu filho e os coleguinhas estão mais bem informados que muitos adultos. Porque não os tratam como tótós e deixam os miúdos formar opinião própria. Um aparte. Parece que esta discussão foi bem mais pacífica que a do aborto, onde havia posições bem mais vincadas que levaram por exemplo que o miúdo no dia do referendo nos peruntasse se sempre iamos votar sim e que nos iriamos arrepender um dia.
São estes miúdos em quem tenho esperança que daqui a uns tempos, em associações de estudantes ou de outra forma qualquer, sejam o garante que não aparecerá outra Maria de Lurdes que tente estragar o ensino em Portugal mais um pouco. Sim, outra Maria de Lurdes porque esta hoje teve direito á sua própria certidão de óbito política.

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