Há verdades com 207 anos, mas parece que ninguém as quis ouvir
«Acredito que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades do que o levantamento de exércitos. Se o povo Americano alguma vez permitir que bancos privados controlem a emissão da sua moeda, primeiro pela inflação, e depois pela deflação, os bancos e as empresas que crescerão à roda dos bancos despojarão o povo de toda a propriedade até os seus filhos acordarem sem abrigo no continente que os seus pais conquistaram.»
Thomas Jefferson, 1802
Thomas Jefferson, 1802
Etiquetas: Daniel Arruda
1Comenta Este Post
A resposta à crise económica não está nos números mas nos políticos.
http://xxi-anti-crise.blogspot.com/
Devido à crise económica é necessário reforçar a acção política
É em alturas de crise que necessitamos de encontrar alternativas que possibilitem saltos civilizacionais. A crise que afecta o planeta necessita de medidas à escala global que, tomadas por políticos sem receios, possam contribuir para uma evolução significativa – leia-se "progressista" – e não redutora das conquistas alcançadas até ao presente.
Vamos aos factos:
A crise que se vive é uma crise económica que teve início nos mercados financeiros. A situação presente é insustentável. A economia global tende a entrar em recessão à escala mundial. O desemprego ameaça disparar para valores recorde. E a paz social, fragilizada, poderá conduzir a graves conflitos no planeta.
E tudo se pode resumir à seguinte constatação – "O planeta produz mais do que consegue consumir".
A adequação do facto anterior à realidade económica actual parece conduzir à inevitabilidade de um aumento do desemprego.
Resposta – Ao invés de alimentar este monstro económico dilacerante, injectando subsídios para recuperar "activos tóxicos" e outros tais ( e que apenas tenderão a aumentar o desemprego pois as expectativas são de que a "bolha" permanece e jamais poderão ser alcançados os níveis de consumo do passado); dever-se-ia adaptar a procura à oferta produtiva, aumentando o consumo de forma sustentável e sem colocar em causa a oferta.
Como?
- Reduzindo as horas de trabalho (com redução do número de dias de trabalho por semana de 5 para 4) mas sem efectuar grandes mexidas salariais. Tal iria originar um aumento do emprego (na ordem dos 20% - ou menos, caso se verifiquem aumentos de produtividade por trabalhador), com um aumento do consumo global que iria sustentar esse mesmo emprego.
À questão de como promover esse aumento do emprego sem afectar grandemente os salários, responderei que se os Estados estão dispostos a aumentar os seus défices para injectar milhares de milhões de euros numa economia baseada num sistema financeiro especulativo, sem certezas de diminuírem as taxas de desemprego e sem lograrem inverter a tendência negativa do ambiente económico geral, a decisão de promover o trabalho de forma a atenuar as desigualdades e as tensões sociais (crescentes) e simultaneamente melhorar a qualidade de vida das pessoas aumentando o seu tempo de lazer surge como opção política sustentável.
Quando surgem graves problemas económicos à sociedade, não podemos esperar a solução em respostas económicas. Chega de pensar em aumentos de produtividade. Nessa altura é necessário ir mais longo e pensar em políticas globais. Parece pois ter chegado a hora dos políticos com "P" grande. Daqueles que ficam registados na História da Humanidade por assumirem riscos em nome do interesse comum. E o interesse comum é evitar que esta crise que começou por ser financeira ameace a civilização tal como hoje a conhecemos.
Fevereiro de 2009
http://xxi-anti-crise.blogspot.com/
Enviar um comentário
<< Home