O cerco
Está a tornar-se assustador abrir os jornais. Há uma sensação de que o cerco se fecha em nosso redor que, por mais sentido colectivo e por mais interveniência cidadã que tenhamos, nos coloca a nós, ser individual, mãe, pai, mulher, trabalhador, na dúvida dificil de "quanto falta, quantos faltam para que o cerco se feche?".
Ontem foi a Ecco`let e a Quimonda (o exemplo da empresa de sucesso para Sócrates, há menos de um ano), a semana passada tinha sido a Controlinveste e a Citroen.
Aproveitando o papão da crise, os empresários despedem, desinvestem, fazem as malas e zarpam. O Governo mostra-se, ora surpreendido, ora inoperante. Cada um dos trabalhadores que entra nas estatísticas do Fundo de Desemprego, não é, apenas, por mais que nos queiram fazer crer, vitima da crise económica e financeira. É resultado de décadas de desgoverno, de desperdício, de oportunidades perdidas.
Quando abrimos os jornais, sem saber bem quando o cerco se acabou de fechar e a espada nos atingiu, não é só a falência do capitalismo que nos entra casa adentro. São também caras e nomes: Soares, Cavaco, Durão Barroso, Ferro Rodrigues, Santana, Sócrates. E todos os outros rostos que têm governado este País desde 75.
Ontem foi a Ecco`let e a Quimonda (o exemplo da empresa de sucesso para Sócrates, há menos de um ano), a semana passada tinha sido a Controlinveste e a Citroen.
Aproveitando o papão da crise, os empresários despedem, desinvestem, fazem as malas e zarpam. O Governo mostra-se, ora surpreendido, ora inoperante. Cada um dos trabalhadores que entra nas estatísticas do Fundo de Desemprego, não é, apenas, por mais que nos queiram fazer crer, vitima da crise económica e financeira. É resultado de décadas de desgoverno, de desperdício, de oportunidades perdidas.
Quando abrimos os jornais, sem saber bem quando o cerco se acabou de fechar e a espada nos atingiu, não é só a falência do capitalismo que nos entra casa adentro. São também caras e nomes: Soares, Cavaco, Durão Barroso, Ferro Rodrigues, Santana, Sócrates. E todos os outros rostos que têm governado este País desde 75.
Porque convém não nos esquecermos de que há diferenças entre as vítimas da crise aqui e alhures: um desempregado em Portugal não é igual a um desempregado na Dinamarca ou em França. Nem o filho de um desempregado em Portugal é igual ao filho de um desempregado na Aústria ou em Espanha. A protecção social não é a mesma. O presente e o futuro também não.
O neo-liberalismo faliu. Cá e lá. Mas, apesar de todas as semelhanças, as vitimas da sua falência não têm, sobre a sua cabeça, uma espada igual aqui e lá. E os responsáveis pela "qualidade" da nossa espada são o PS, o PSD e o PP que nos têm desgovernado.Em ano eleitoral é um dever, mais do que político, ético, não nos esquermos disso. Um dever para com os outros, para com os nosso filhos e para com a nossa própria sobrevivência.
Etiquetas: Isabel Faria
1Comenta Este Post
E ainda só vamos no começo...
Tal como dizes, é ano eleitoral.
Que a memória não encurte, como a bolsa e que saibamos dar a resposta conveniente. Os culpados, vêm todos mencionados...
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