A frase do Galeano e as paredes
Na minha terra, dizia-se que não se podia caiar na tarde de Quinta-Feira e na manhã de Sexta-Feira Santas...aconteciam coisas... Mas hoje já é Domingo de Páscoa. Mesmo para aqueles que acreditam nas coisas que acontecem às paredes se forem caiadas nestes dias, já não deve haver problema...e, depois, hoje já não se usa cal...usa-se tinta.
...
No seu último post, o Franco, sei que involuntariamente, colocou a frase que me obrigou a pegar no pincel. Em nome de nada, tenho o direito de deixar que o silêncio se me imponha. Nem do meu cansaço. Nem do resto.
Possivelmente não terei muitas coisas para dizer. Mas tenho algumas que não quero silenciar. Os maiores erros da minha vida aconteceram quando tentei silenciar sentimentos e palavras e opiniões. Não aconteceu muitas vezes, mas as suficientes. Porque, como diz Galeano, o silêncio dentro de nós, se confunde tantas vezes com estupidez...atrever-me-ia a juntar e com cobardia.
Se, quase aos 50 anos, não tiver aprendido nada com os erros dos meus silêncios...a coisa está preta.
Como aqui tinha deixado escrito as paredes serão pintadas com novas cores. Que cores? o dia-a-dia o dirá.
Sempre, desde o 1º post que escrevi, soube que escrevia para mim. Quem me lê, penso que também sabe isso. Daí, a cor das paredes...mas daí, também, e porque o branco é mesmo a única cor que associo a morte, brancas elas nunca serão. E se, um dia, me apetecer uma parede amarela berrante, paciência. Afinal é para mim que a pinto. Gostem ou não gostem, quem vier por bem, como cantava o Zeca, seja bem-vindo, nem que seja para dizer que não há cor mais foleira para uma parede que o amarelo berrante... Quem não vier por bem, continuará a encontrar as trancas da porta completamente cerradas, pois a moderação dos comentários não será NUNCA levantada.
...
Para todos um bom Domingo. Que seja de Páscoa, para quem é de Páscoas. E tenha coelhos, coelhas, amendoas e folares. Ou, para quem não é, que tenha, apenas, Sol.
No seu último post, o Franco, sei que involuntariamente, colocou a frase que me obrigou a pegar no pincel. Em nome de nada, tenho o direito de deixar que o silêncio se me imponha. Nem do meu cansaço. Nem do resto.
Possivelmente não terei muitas coisas para dizer. Mas tenho algumas que não quero silenciar. Os maiores erros da minha vida aconteceram quando tentei silenciar sentimentos e palavras e opiniões. Não aconteceu muitas vezes, mas as suficientes. Porque, como diz Galeano, o silêncio dentro de nós, se confunde tantas vezes com estupidez...atrever-me-ia a juntar e com cobardia.
Se, quase aos 50 anos, não tiver aprendido nada com os erros dos meus silêncios...a coisa está preta.
Como aqui tinha deixado escrito as paredes serão pintadas com novas cores. Que cores? o dia-a-dia o dirá.
Sempre, desde o 1º post que escrevi, soube que escrevia para mim. Quem me lê, penso que também sabe isso. Daí, a cor das paredes...mas daí, também, e porque o branco é mesmo a única cor que associo a morte, brancas elas nunca serão. E se, um dia, me apetecer uma parede amarela berrante, paciência. Afinal é para mim que a pinto. Gostem ou não gostem, quem vier por bem, como cantava o Zeca, seja bem-vindo, nem que seja para dizer que não há cor mais foleira para uma parede que o amarelo berrante... Quem não vier por bem, continuará a encontrar as trancas da porta completamente cerradas, pois a moderação dos comentários não será NUNCA levantada.
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Para todos um bom Domingo. Que seja de Páscoa, para quem é de Páscoas. E tenha coelhos, coelhas, amendoas e folares. Ou, para quem não é, que tenha, apenas, Sol.
Etiquetas: Isabel Faria
6Comenta Este Post
Bom, voltar a ver-te assim interventiva e acertiva.
Que nunca falte a tinta ou a cal, para as paredes e que elas possam sempre reflectir os nossos amores e desamores, por tudo o que se passa.
Por fim falas em Páscoa e em coelhos e só me lembro de uma coisa, melhor, de duas. A primeira era a Segunda-Feira de Páscoa, as idas para a Serra D'Ossa, vale d'Infantes, S. Gens, ou Convento, comer o borrego e viver um dia de inteira LIBERDADE!!!
A outra, referente aos "coelhos", "que bom que é, não foi?"
José, o vício é forte e também me parece que não fui mesmo talhada para desistir...vou-me cansar outras vezes, eu sei. mas se, ao longo dos anos, tivesses deixado tudo o que me cansa...olha, já não pagava ao banco e já morava debaixo da ponte, por exemplo!!
A ver vamos, como virá o ritmo.
Não tenho essas experiências com a Segunda Feira a seguir á páscoa...pelo que me lembro a Páscoa acabva ao Domingo...
Quanto aos coelhos...pensava que ias falar do Louçã!!?? LOL
Viva
Quando escrevi aquela frase do Galeano não foi nada a pensar em ti Isabel, como deves calcular. mas se isso te leva a escrever, tanto melhor.
Encontrei esta frase quando estava a tentar explicar a um amigo quem era o Jorge Luís Borges, esse ser humano tão esquecido pelo menos aqui em Portugal.
Naquela frase referia-me sobretudo aos portugueses como deves imaginar pois já me conheces um bocadinho.
Franco, mas eu sei isso. Aliás escrevi isso no post.
Fui eu que a senti assim...não tu que a deixaste para eu a sentir assi, obviamente.
Apenas serviu para me lembrar que a treta do silêncio é de ouro, é, na maioria das vezes, uma treta reaccionária, depressiva e deprimente que nos querem encucar. Silêncios só mesmo os que precisamos para crescer ou para guardar momentos inesqueciveis...não aqueles em que nos escondemos. Foi apenas isso. E obrigado ao Galeano por a escrever e a ti por a publicares.
E sim acho que nos portugueses para além de estupidez também tem uma dose qb de cobardia.
Então espero que gostes das frases do Rabindranath Tagore que hoje publiquei
Isabel, fazes falta! Bem vinda de volta!!! :) Que as paredes do troll nunca sejam brancas!**
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