Os números não vencem o preconceito
Os números das estatísticas podem servir para muita coisa. Com eles se fazem promessas eleitorais. Se vendem verdades. Se encaixotam pessoas.
O que os números não conseguem é vencer o preconceito e a discriminação: "E os homens que têm sexo com homens têm, geralmente, uma prevalência da infecção maior", continua a afirmar o presidente do IPS, Gabriel Olim.
Também não vale a pena falar-lhe das conclusões cientificas que falam em comportamentos de risco e há muito deixaram de lado o conceito de grupos de risco. O preconceito nunca se baseou em dados cientiíficos.
O que os números não conseguem é vencer o preconceito e a discriminação: "E os homens que têm sexo com homens têm, geralmente, uma prevalência da infecção maior", continua a afirmar o presidente do IPS, Gabriel Olim.
Também não vale a pena falar-lhe das conclusões cientificas que falam em comportamentos de risco e há muito deixaram de lado o conceito de grupos de risco. O preconceito nunca se baseou em dados cientiíficos.
Etiquetas: Isabel Faria
Publicado por Isabel Faria às 11:31 da manhã
5 Comentários
5Comenta Este Post
Isabel, está a argumentar pessimamente. Também sou contra esta lamentável opção do Governo (que não me surpreende vindo de quem vem), mas está a deturpar os factos e os números! É claro que há mais infecções em hetero do que em homo, mas não está a levar em conta que para cada homossexual existem 10 heterossexuais. Dentro do princípio do grupo de risco "que discordo) o que é avaliado é a prevalência DENTRO do grupo, não fora, não a percentagem do total.
Trocado por miúdos, a percentagem de seropositivos dentro dos heterossexuais é inferior à observada dentro do grupo dos homossexuais. Ainda. Mas, se formos a ver no total, é claro que há uma maior percentagem de seropositivos heterossexuais, porque SÃO MAIS.
O que há de errado neste atitude? Ja há muito que se deixou de falar de GRUPOS de risco, devendo-se falar antes de COMPORTAMENTOS de risco. Porque numa análise correcta, e apesar da prevalência ser maior nos homossexuais, ela não existe pelo simples facto de terem essa orientação sexual, mas por comportamentos de risco que possam ter. Ou seja, todos os homossexuais que não tenham comportamento de risco estão ao mesmo nível dos heterossexuais que não os tenham, e todos os homossexuais que os tenham também estariam ao nível dos heterossexuais que também os tenham.
O seu raciocínio de que "há menos prevalência entre os homosseuxais" baseando-se naquela percentagem e ignorando que existe uma proporção muito inferior de homosseuxiais no país é grave, mal feito e intelectualmente desonesto. Por estas e por outras é que seria incapaz de votar BE.
Meu caro André.
È engraçado você dizer que eu estou a argumentar pessimamente...e concordar com todos os meus argumentos.
Os único argumentos que eu uso, é que deixou há muito de fazer sentido falar em grupos de risco e aí você concorda comigo.
De resto fala-se de números (não de proporções, obviamente. Mas de números, tout court).
E depois você não discute a afirmação do Sr. (já agora nem eu...apenas a cito). Mas poderia discuti-la sim. Porque é falsa. O que tem uma prevalência maior são os casos de seropositividade em homens ou mulheres com comportamentos de risco...o sexo do parceiro não é para aqui chamado.
Claro que também não uso a argumentação de que basta mentir e/ou omitir para que tudo mude de figura, o que ainda torna o preconceito mais absurdo (e mais perigoso!).
Quanto àquela última frase e porque estou bem disposta e não me apetece vir para aqui chamar-lhe intelectualemente desonesto, só posso concluir que você está a brincar.
O meu nome é Isabel Faria.Não me chamo BE.
Mas fiquei com alguma curiosidade: vota em quem o André?
Ó Isabel! "O sexo do parceiro não é para aqui chamado?" Então que órgão do parceiro chamarias tu?!
MH
Ano após anos, em Portugal a percentagem de heterossexuais infectados tem vindo paulatinamente a aumentar enquanto que a de homossexuais tem vindo a diminuir. É uma questão de tempo até a relativização numérica apontada pelo André perder fundamento, e ele pode, finalmente, votar no BE. :)
MH
Ó André, ve-se mesmo que nao percebes nada disto!!
Quando é que a isabel disse que havia mais seropositvos entre os heterossexuais?????
tudo isto porque ha uma coisa que se chama PRECONCEITO contra os homossexuais se achas que sao mais promiscuos por serem homossexuais ESTAS MUITO ENGANADO!!
Por isso ve se nas proximas eleiçoes VOTAS BE!! VIVA
isabel nao ligues em setembro falamos
Enviar um comentário
<< Home