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segunda-feira, outubro 12, 2009

Uma noite eleitoral para aprender, reflectir mas também festejar

Não tive paciência nem vontade para ver os resultados eleitorais do país com olhos de ver. Fica para uma próxima oportunidade. Mas sei de cor os resultados do meu concelho. O Seixal. Porque foi uma noite relativamente longa para termos resultados finais, pois, tal como há 4 anos, havia vários lugares em jogo dependendo dos votos das últimas mesas.
No fim perdemos uns e ganhámos outros. No fim podemos dizer que não fomos perdedores nestas eleições. No fim podemos dizer que atingimos parte dos nossos objectivos. Porque não gosto do discurso em que se ganha sempre. No Seixal há um vencedor. Ponto. A CDU. Reforçou a sua votação e ganhou as 6 freguesias, a Assembleia Municipal e a Câmara, estas duas com maioria.
O Bloco fez o que lhe competia como força com menos implenentação autárquica de todas as forças concorrentes. Lutou, fez campanha e tentou esclarecer os seus pontos de vista. No final, o saldo foi a eleição de um vereador, por um voto, "roubando" um vereador ao PSD, que nos tinha escapado por pouco nas últimas eleições, a eleição de dois representantes para a Assembleia Municipal, sendo que o 3º ficou agarrado por escassos 14 votos e de elementos para as Assembleias de Freguesia em 5 das 6 Freguesias do Concelho. Ficou a faltar a freguesia do Seixal. Muitos com estes resultados cantariam vitória. Eu não o quero fazer pelo acima explicado. Porque foi no um resultado que nos soube a pouco. Talvez porque pusemos, nós próprios, a fasquia demasiado alta, mas era a sensação que tinhamos. Que podiamos ir mais além. Não conseguimos.
Verdade que analisando os resultados a frio, mesa a mesa, há explicações. umas em que a solução não está nas nossas mãos mas outras em que nesta campanha (e por campanha entenda-se os 4 anos do anterior mandato) falhamos. Fomos "aprendizes" ao pé de outras forças políticas que souberam usar o poder que têm. Financeiro e de recursos, especialmente.
Hoje inicia-se um novo ciclo. Em que temos de corrigir erros passados e olhar em frente. Porque mesmo que não me considere um vencedor nesta noite eleitoral, não consigo considerar-me um perdedor. Perdedores foram o PS e o PSD claramente, porque perderam eleitos e votantes e é isso que é decisivo numas eleições.
Mas houve uma coisa que me deu algum gozo, tenho de vos confessar. É que depois de tantos ataques de que o Bloco, e o Seixal não foi excepção, contribuia para enfraquecer a esquerda, fomos capazes de subir nestas eleições enfraquecendo a direita. Mais uma vez somámos esquerda à esquerda. Fica sempre bem reconhecer que o BE não se engana nos seus adversários.

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8Comenta Este Post

At 10/12/2009 6:51 da tarde, Anonymous Pensar o Seixal no Século XXI escreveu...

Caro Daniel,

Como não poderia deixar de ser discordo da parte final do texto. O que é normal aliás. Afinal, sempre faço parte da terrivel direita!

Quanto ao resto. Para mim o resultado do BE foi uma desilusão em função dos últimos actos eleitorais realizados no Seixal. Estava à espera de muito mais.

Sabe, e em jeito de desabafo, o que me deixa triste nem é o resultado do PSD (partido no qual votei) mas o resultado do PCP. E sabe porquê? Porque acho que não é justo, porque acho que não tem lógica, porque acho que não é merecido...

Enfim, devem popular agora, por todo o país, pessoas a dizer o mesmo que eu a propósito de autarquias ganhas pelo PSD. É o jogo democrático que eu respeito.

Quanto a si: parabéns pela sua eleição. Espero que faça um bom mandato. Se achar que posso ajudar, estarei por aqui (pareço o Santana!!) para dar o meu contributo.

Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

 
At 10/12/2009 7:00 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Festejas tu no seixal, chora o bloco no país

 
At 10/13/2009 3:43 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Felipe, eu acho que deixei claro no texto que também eu esperava mais. É um facto e não sou eu que o vou esconder. Mas olhando para o que foi a noite eleitoral e o resultado da restante oposição acho que posso dizer que o BE foi o único partido que resitiu e ainda subiu um pouco. Olhando então para os resultados do BE no país então nem se fala.
Quanto ao contributo já falámos. Acho que podemos dar um grande contributo ao concelho.

 
At 10/13/2009 4:22 da tarde, Anonymous André escreveu...

Já se fala nos meios bloquistas da substituição do Louçã. Confirmações?

 
At 10/13/2009 4:49 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Já, claro que se fala. E vamos de caminho substituir o Luís Fazenda, o Miguel Portas, a Ana Drago, o Fernado Rosas, a Mariana Aiveca, O José Soeiro, o Teixeira Lopes e mais uns quantos. Já tá tudo previsto. Em princípio ainda vai ser até ao fim da semana e se eles não saírem a bem já há também militantes para ocuparem as sedes e fazer um golpe armado.

 
At 10/13/2009 5:35 da tarde, Anonymous André escreveu...

Não desvie, parodiando. A informação veio-me de um amigo dirigente do Bloco/Seixal. Sabe bem que não se substitui uma estrutura, mas parece-me que estão a pensar muito seriamente numa mudança de liderança.

 
At 10/13/2009 7:02 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Continuo a dizer que é verdade. Aliás ontem o BE Seixal até se reuniu para discutir isso. E a petição para a distituição vai saír daí mesmo. Do Seixal. E vamos colocar no lugar do Louçã o teu amigo que é dirigente no Seixal.
Desculpa mas há coisas que só para rir.
Vamos lá ver se nos entendemos numa coisa. O BE não tem estatutáriamente o lugar do líder, secretário geral ou presidente. tem uma direcção colegial que é a mesa Nacional de onde emana por razões operacionais uma comissão política que obviamente terá de ter um coordenador tal como a Mesa nacional tem uma coordenação. ora esse cargo de coordenador da comissão política, para ser mudado teria de haver uma convenção para que fosse eleita uma nova direcção nacional e dessa direcção fossse eleita uma nova comissão política e eu com dirigente nacional ainda não fui convocado para discutir a realização de uma nova convenção que no seu calendário normal se realizará em 2011 a menos que o BE ache por bem convocar uma antes para discutir o tema presidenciais mas que não será electiva.

Diz lá ao teu "amigo" que deixe de inventar

 
At 10/15/2009 3:46 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

“O BE em Lisboa devia pensar em Lisboa, tem de haver uma agenda local, é assim que os eleitores o vêem”, referiu, assinalando que na capital o partido passa para os 3,8 por cento, um resultado “próximo do de 2001”.

“Nessa altura o BE tinha três anos, nunca tinha concorrido a eleições autárquicas, foram as primeiras de toda a sua vida (…) agora passa de 43 para 18 eleitos nas autarquias, de cinco para três na assembleia municipal e perde o seu único vereador, é uma enorme descida que não tem paralelo no país”



Daniel Oliveira

 

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