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sexta-feira, setembro 29, 2006

Nunca, disse ternamente...

Perguntei-lhe se ela pensava no que aconteceria quando fosse Lua Cheia...ou se quando fosse Lua Cheia se questionaria onde estaria no Quarto Minguante ou se ficava triste quando no Quarto Minguante aguardava a Lua Nova...

Olhou-me espantada e disse ternamente: Nunca. Vivo cada dia de cada vez...sei que a seguir ao Quarto Crescente virá a Lua Cheia e sei o resto. Mas nunca penso nisso...como poderia beijar o Mar se me preocupasse com essas ninharias...beijo-o sempre como se fosse a primeira e a última vez...mas não penso nisso. Sei-o. Só isso.

Quando a nuvem branca se afastou e o luar invadiu as águas, ouvi "Isabel"... não tive coragem de dizer que ela me estava a ensinar a não pensar na Lua Cheia. Nem nas outras. A viver apenas o dia.

Encontrei-a agora, de novo, ali em cima do Castelo. Sorri-lhe.

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At 9/30/2006 11:06 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

Zabelinha, depois de ler o que escreveste e ver a foto, linda, com que o ilustraste, só te posso deixar um poema:

SE CADA DIA CAI

Se cada dia cai, dentro de cada noite
há um poço
onde a claridade está presa

há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.

PABLO NERUDA
in "últimos poemas"

 
At 9/30/2006 4:28 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Ok, António fico à espera. Também lá gostaria de voltar.

O Daniel não deve ter tempo hoje para te responder. Não sou advogada de defesa do Daniel...apenas sua amiga. Não creio que a sensibiliade de alguém se possa medir desta forma...acredita, António, que no meu dia-a-dia já usei dezenas de vezes termos daqueles, aqui no Troll já coloquei fotos de "gajos bons" e já imensas vezes disse que não descuraria a companhia...e continua a adorar falar com a Lua, aprender com ela, a dar tudo para um passeio á beira mar, a fazer posts inteiros sobre o prazer de ter uma mão no ombro, ou de sentir a pele de quem amo...

Creio que a faculdade de não abdicando do que somos, ousarmos brincar com o que somos...e com o que não somos...é salutar. Nunca li a Maximen...já vi filmes daqueles fortitos e fiz muitas mais coisas...continuo a preferir olhar o Luar na companhia de alguém que queira muito...mas não vou deixar de ver filmes da PlayBoy se me apetecer.
Tenho a certeza que o que me faz é o luar...mas também tenho a certeza que não seria o que sou se não fizesse tudo o resto.
E até aqueles filmes da Playboy entram na (minha) história...Não faço ideia se acharia alguma piada à revista...possivelmente achá-la-ia monótona...como os filmes da PlayBoy...ao terceiro já se conhecem todos...por isso prefiro o Mar e a Lua. Mas continuo a estar cá para o resto.

Obrigado por teres gostado do meu post. E pelas tuas palavras bonitas.

Lindo José. Era o poema que devia vir neste post...

 
At 10/01/2006 5:19 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

António, adorei a análise dos filmes da Playboy...não sei se é o canal erótico oficial da Esquerda portuguesa...mas lá que as pobrezinhas são sempre "bem tratadas" pelos canalizadores, padreiros, carteiros, electicistas... confesso que nunca tinha feito essa análise socióliga dos ditos...não tenho Playboy senão lá teria que ir confirmar a tua análise...tou a brincar...:)))

Outro para ti.

 

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